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FOHB inaugura série de webinars sobre hotelaria

Projeto Trilhas do Conhecimento do FOHB é composto de uma série de webinars que culminarão na realização do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil em novembro

Dentro do projeto Trilhas do Conhecimento – Tendências, o FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, apresentou por meio de transmissão digital, o webinar “A Oferta Cresce, Mas e a Demanda? Oportunidades e Desafios dos Hotéis no Brasil”, na manhã desta quarta-feira, dia 28 de abril. O projeto é composto de seis webinars transmitidos ao longo do ano e que culminarão no Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil, em novembro. Com apresentação de Aiana Freitas, Editora-chefe do Mercado & Consumo, o debate contou com a participação de Pedro Cypriano, da HotelInvest; e Orlando de Souza, Presidente do FOHB.

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Desbravador

Orlando de Souza abriu os trabalhos e agradeceu a presença virtual dos participantes e da audiência. “Quero agradecer a produção deste conteúdo, que é possível graças aos mantenedores, que ajudam a entidade a promover suas ações: CVC Corp, ELO, Equipotel, R1, Omnibees e VEGA I.T. E também aos patrocinadores: RCI e Novotel Morumbi, onde o estúdio foi instalado. Um agradecimento também aos apoiadores do Grupo G8, que reúne oito entidades que de alguma forma estão envolvidas com a hospitalidade: ADIBRA, BLTA, FBHA, Resorts Brasil, SINDEPAT, UNEDESTINOS e ABIH”.

Desafios da hotelaria são abordados em webinar do FOHB
Eduardo Giestas, Presidente do Conselho Administrativo do FOHB

Eduardo Giestas, Presidente da Atlantica Hotels e do Conselho Administrativo do FOHB, deu as boas-vindas a audiência. “Como Presidente do FOHB é uma honra assistir o primeiro webinar com um tema tão pulsante e relevante para o setor em todo o Brasil. Quero ressaltar que desde a sua criação, o FOHB se move por três eixos, sendo o primeiro a representação, o segundo é o conteúdo, e o eixo da informação, que proporciona visibilidade e entendimento a todo o setor, ajudando o mercado nos processos decisivos e difundindo novidades e tendências. Espero que este primeiro debate seja enriquecedor”, observou Giestas.

Pedro Cypriano iniciou a sua apresentação, baseada em highlights do estudo do FOHB que dá nome ao webinar. “Temos aqui um universo bastante representativo em três áreas: nova oferta, perspectiva de desempenho e por fim, insights e perspectivas de futuro para o setor. Em relação a nova oferta, no ano passado existiam 169 hotéis em desenvolvimento. Este pipeline se mantém constante, sem mudanças. Desses hotéis, 46 foram cancelados por conta da pandemia, 24 foram inaugurados e 48 foram novas assinaturas, resultando no número de 147 hotéis em desenvolvimento para o panorama 2021. Do ponto de vista de curva de desempenho, a abertura prevista é bem parecida, com um pequeno atraso médio de catorze meses. Em relação a divisão da pizza de investimentos, 7% das UHs em desenvolvimento é referente a categoria upscale ou luxo, com 11 hotéis de seis marcas fortes, na sua maioria localizadas em São Paulo”, detalhou.

Desafios da hotelaria são abordados em webinar do FOHB
Fonte: FOHB

Corte relevante do estudo, os condo-hotéis que outrora representaram a maior parte de desenvolvimento de hotéis no País, hoje registra uma perda de participação no mercado no Brasil, o que motiva a pergunta se este modelo deve continuar existindo. As franquias, no entanto, ganharam incremento. Houve também ganho de participação de marcas internacionais, sobretudo nas regiões sul e sudeste. “Hotéis menores com até 200 apartamentos são predominantes, com franquias sobressaindo, que são comuns a este tipo de projeto. As marcas internacionais têm uma ligeira predominância. A perspectiva de crescimento da nova oferta é de 4,7% até 2025, com São Paulo saindo na frente. A economia reage e algumas cidades têm perspectivas mais acentuadas. Ainda estamos confiantes da reação do mercado que trará novas propostas de valor. O crescimento da nova oferta em 2021 é de 2,1%. Para além da hotelaria tradicional, os residenciais com serviços hoteleiros estão chegando e devem sim impactar um pouco o setor”, apontou Cypriano.

Desempenho

Segundo Cypriano, “a queda da demanda caiu 47% em 2020. A grande questão é, quando vemos as capitais caindo mais, como Rio de Janeiro e Vitória, vemos que outras capitais caíram mais em razão da dependência de grandes eventos e demanda estrangeira, que sumiu nos últimos meses, por razões óbvias. O interior performou mais, com taxa de ocupação de 12 pontos percentuais. De uma maneira macro, o interior performou melhor e as capitais de forma mais modesta”.

Desafios da hotelaria são abordados em webinar do FOHB
Fonte: FOHB

Os movimentos dos últimos períodos são vistos com mais preocupação, que segundo Cypriano, devem ser entendidos. “Na média, algumas regiões caíram 3% em valores reais e outras com mais intensidade, como o Rio Grande do Sul e o interior do Paraná. Parte dessa informação traz uma visão de futuro para os próximos meses. A intensificação das quedas no último trimestre, em relação ao ano passado, se acentuou em algumas praças como em Porto Alegre. Temos visto uma renegociação em algumas praças das tarifas para baixo”.

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Por fim, do ponto de vista de desempenho, alguns mercados conseguiram estabilizar a tarifa e até aumentar em alguns casos. “Evidentemente, existem guerras de preços que tendem a resultados mais negativos a longo período, devido a essas estratégias que se espalham pelo País. A luz no fim do túnel aparece com os Estados Unidos que tinha um volume diário enorme de casos de contágio. Com a contenção, a ocupação reagiu em meados de fevereiro, sem a vacina como protagonista, e sim com a prevenção arrefecendo o mercado. No Oriente Médio, a ocupação no início do ano oscilou entre 50% e 60% sem a presença da vacina, somente com a contenção dos casos. Isso demonstra que o mercado mostra recuperação com a contenção dos contágios. Em julho e agosto, a hotelaria e oferta aérea estava na casa dos 20%, e em novembro tivemos uma recuperação que foi atingida pela segunda onda. O segundo semestre de 2021 terá uma recuperação mais clara. Não quero ser leviano e afirmar que se trata de uma tendência irrefutável, afinal de contas existe o risco das variantes, mas com vacinações mais expressivas, teremos sim uma recuperação em curso ascendente”, afirmou Cypriano.

Economia

Cypriano afirmou que a expectativa de performance atual não é tão diferente da registrada em 2019. “Em termos de repercussão na economia, temos indicadores sólidos que aguardam a abertura do mercado para um crescimento rápido daqui para frente. O lazer deve começar esse processo, seguido pelos mercados secundários e terciários do País e também as capitais”, pontuou.

Viajantes de negócios

Orlando de Souza explicou que os hotéis de negócios estão atrelados ao processo de vacinação. “A quantidade de vacinação traz segurança para os viajantes de companhias e essas têm responsabilidade ao permitir que seus quadros participem de reuniões e congressos. Segundo os especialistas, com 70% da população vacinada, haverá a evolução de um cenário em que as viagens corporativas já podem começar a aquecer novamente. Com o lazer esse processo será mais rápido”.

Para Cypriano, o controle sanitário também é importante para a reação do mercado hoteleiro, assim como a economia, que traz oportunidades de negócios. “Além da vacinação é preciso que haja controle sanitário que propicie um cenário favorável. Quando olhamos para os Estados Unidos, vemos um volume de vacinação avançado e o mercado hoteleiro atingindo números ascendentes. Temos que perceber o número de leitos e o volume de casos. Com a queda de novos casos, os hospitais ficam vazios e o mercado reage de forma mais clara. A partir do segundo semestre é esperado que o mercado reaja, segundo a previsão de vacinação do Governo Federal. Sou otimista em relação ao segundo semestre e o desempenho dos centros urbanos”.

Recuperação de hotéis de lazer e clube de férias

Pedro Cypriano explicou que em relação ao lazer, a velocidade de recuperação é maior, com o público ansioso para voltar a consumir. “O redirecionamento dos gastos no exterior para viagens domésticas servirá como uma ‘compensação’ das perdas sofridas pela crise da pandemia. Já estamos vendo os resorts com ocupações significativas e preços sendo lançados para cima. O mercado de lazer deve se recuperar e o timeshare tem ganho destaque e perspectiva de crescimento e isso desde quando o País não crescia economicamente”, afirmou.

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Orlando de Souza corroborou a visão de Cypriano e ressaltou: “A velocidade da vacinação nesse sentido tem um impacto interessante. As pessoas vão voltar a sentir o entusiasmo em viajar e a hotelaria está bem preparada para receber, com protocolos e regras que devem ser observadas. Acredito que a hotelaria de lazer vai se destacar com o terceiro trimestre sendo até surpreendente para este nicho”, finalizou.

Desafios da hotelaria são abordados em webinar do FOHB
Orlando de Souza e Aiana Freitas recebem Raffaele Cecere para o encerramento
Tecnologia

Raffaele Cecere, CEO da R1, encerrou o evento e ressaltou a importância dos eventos híbridos e da tecnologia como vetora da mudança de comportamento da indústria, com mais segurança e eficiência na prevenção do contágio da COVID-19. “No novo momento que vivemos, o espaço de fato ficou em segundo plano. Minha dica para os hoteleiros é que analisem isso e preparem seus hotéis para esta nova demanda. Agradeço a todos os envolvidos nesse evento e ressalto que a R1 nunca parou, estamos sempre apoiando e trazendo estrutura e tecnologia para a realização de eventos como esse, tão importantes para o setor”.

O próximo webinar do projeto Trilhas do Conhecimento do FOHB acontecerá no dia 26 de maio.

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