Eduardo Giestas, novo Presidente do Conselho Administrativo do FOHB, adiantou algumas prioridades da nova gestão
O FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, promoveu na manhã desta quarta-feira, dia 10 de março, uma coletiva onde apresentou o balanço da última gestão e a nova diretoria que toma posse nessa semana para o próximo triênio.
Orlando de Souza, Presidente executivo da entidade, iniciou a apresentação ressaltando o impacto que a pandemia causou na hotelaria de negócios e a eminente vacinação que deve assegurar o retorno dos negócios de forma consistente, colocando as corporações em posição segura de colocar suas equipes em viagens novamente. “Hoje realizamos a assembleia ordinária do FOHB e essa é a complementação da que fizemos em dezembro. O tema principal dessa reunião é o fim da gestão de Alexandre Gehlen e o início da gestão de Eduardo Giestas que vai de 2021 a 2024. Temos o quadro do FOHB, presente aqui nesta reunião e eu como Presidente executivo. O novo Conselho de Administração também foi eleito e também e sua divulgação é também um dos motivos dessa reunião”.
O novo conselho é composto por Elaine Alves, da Bristol Hotéis; Manuel Gama, da Travel Inn; Otto Sarkis Soares, da Hplus Hotéis; Antonio Dias, do Royal Palm; Paulo Mélega, da Átrio Hotéis; e Thomas Dubaere, da Accor.
O Presidente eleito, Eduardo Giestas, explicou: “Quero dar total continuidade ao trabalhado iniciado pelo Gehlen. Temos um modelo de governança que tem um Presidente executivo que é o condutor do FOHB e tem uma excelente capacidade de gestão com conhecimento e time consolidado. Mais importante, é que o FOHB está muito bem representado e alinhado, o que nos dá uma perspectiva tranquila de transição. Entendo que temos desafios e estamos em uma cruzada constante. Nosso setor precisa ser melhor entendido. É um setor de várias especificidades que precisam ser atendidas. Dentro da pauta específica do FOHB temos uma bandeira que é a reforma tributária e a tributação de dividendos voltada para condo-hotéis. Estamos vivendo uma segunda onda da pandemia, mais drástica, porém com os setores mais experientes e unidos, com orientação e representação necessárias. O Governo Federal vai construir uma plataforma de retomada do setor e é através do FOHB que o setor vai participar de tudo o que vai acontecer nesse sentido”.
Sobre a sua gestão, Alexandre Gehlen detalhou: “Foram três anos de muito trabalho, mas o último ano testou o limite do FOHB como representante junto aos setores governamentais. Estamos muito felizes porque conseguimos trabalhar as medidas provisórias e a retomada, iniciada desde o ano passado. Os meses de outubro, novembro, dezembro já experimentaram o retorno dos negócios, impactado agora pela segunda onda. Porém, este ano temos o alento da vacina e posso afirmar que o CPF já retornou às viagens e o CNPJ já esboçou um retorno também, impactado agora pelo fechamento de tudo. Desejo ao Giestas que ele esteja muito presente juntamente com o Orlando em todas as questões que se apresentarão nos próximos meses”.
União
Para Orlando de Souza, a união do setor foi positiva e se tornou um legado importante para o setor durante a pandemia. Gehlen também ressaltou como destaque de sua gestão, a consolidação do FOHB como fonte de conhecimento para o mercado: “Fundamentalmente, a criação de números e a divulgação de tendências se tornou uma conquista e algo que nos orgulha porque o FOHB hoje é um grande fomentador de dados”, explicou.
Eduardo Giestas observou: “As medidas como flexibilização de contratação beneficiarão todas as cadeias do turismo. No processo de retomada, eu acho que as empresas indutoras de demanda de turismo serão essenciais. Na retomada tudo que é destinado a induzir a demanda é importante para o setor”.
Gehlen complementou: “Precisamos que o setor inteiro seja acolhido pelo Governo para voltar com segurança. Os hotéis seguem protocolos de cuidados intensos, que tornam os hóspedes mais seguros no momento da hospedagem. Mas a vacinação é o ponto mais importante para a segurança no momento”.
Reforma tributária
Segundo Giestas, “Tem um conceito na reforma tributária que apoiamos, que é a simplificação do ‘manicômio de tributos’ que vivemos no Brasil. A questão é que, o que entendemos é que existe um aumento da alíquota para o setor de serviços. Nós dos hotéis temos extrema dificuldade em passar preço pelo fato da reprimenda da demanda, vista pela pandemia. Hoje aponto uma modalidade de funding que é o condo-hotel, que foi profundamente impactado pela reforma”.
Conclusão
Alexandre Gehlen concluiu: “Se estamos de um lado com o problema da segunda onda, por outro, temos pessoas que já manifestam desejo de viajar e ganhamos expertise na forma como lidamos com a pandemia. Derrubamos o ponto de equilíbrio dos hotéis por necessidade, a tecnologia foi antecipada, outros projetos como o fim do papel, foram antecipados em função da pandemia. Gostaria de reforçar o reconhecimento de toda uma cadeia que aposta na retomada desse setor. Falamos constantemente com todos os elos dessa cadeia para continuar transmitindo segurança e principalmente, cuidado com o negócio”.
Giestas complementou: “Apoiamos como entidade o projeto Vacina para Todos. A reação da demanda está sendo acelerada e é o que esperamos para nosso País. O Brasil tem espaço para expandir, continuamos acreditando e sabemos que o setor vai retomar uma vez que atingirmos a imunidade. O legado deixado vai nos colocar em um potencial maior de retorno do investimento feito”.
