Financiamento dos Fundos Constitucionais é prorrogado na hotelaria

A hotelaria nacional teve uma grande conquista ontem a noite e com isso, ganhou um fôlego para renegociar dívidas contraídas com o Governo Federal. O Conselho Monetário Nacional publicou a resolução 4.908, assinada pelo Presidente do Banco Central do Brasil, Roberto de Oliveira Campos Neto que autoriza a prorrogação de parcelas dos financiamentos realizados com recursos do: FNO – Fundo Constitucional de Financiamento do Norte, do FNE – Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste e do FCO – Fundo Constitucional de Financiamento do Centro- Oeste para atender os setores e atividades mais afetados pela pandemia da COVID-19, como a hotelaria.
Prorrogação por 12 meses
Com essa decisão do Conselho será possível prorrogar por até 12 meses as parcelas com vencimento entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2021 da hotelaria. Isso inclui as vencidas e vincendas, das operações de crédito não rural contratadas com recursos desses fundos até 31 de dezembro de 2020, por mutuários cuja atividade, como a hotelaria, tenha sido prejudicada em decorrência das medidas de distanciamento social adotadas para mitigar os impactos da pandemia provocada pela COVID-19, mantidas as demais condições contratuais.

Conquista do setor
Essa linha de crédito é muito utilizada pela hotelaria e se não fosse essa renegociação, muitos meios de hospedagem corriam o risco de encerrar as operações. Por isso, essa notícia está sendo comemorada pelos representantes das entidades da hotelaria, pois desde o início do ano eles estavam negociando a prorrogação dessas parcelas. Entre o apoio nessa aprovação, esteve o empenho do Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho e equipe do Ministério da Economia.
Segundo Manoel Cardoso Linhares, Presidente da ABIH Nacional – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, a prorrogação dos prazos de pagamento é fundamental, pois caso ela não acontecesse, traria consequências que poderiam agravar ainda mais a situação financeira do setor hoteleiro que vive um momento muito difícil, praticamente sem nenhuma receita desde março do ano passado. “Obtivemos uma vitória importante, pois essa linha de crédito foi muito utilizada pela hotelaria e seu pagamento teria que ter voltado em janeiro desse ano, mas o setor ainda não apresenta índices de recuperação e de faturamento para que possa fazer frente a essas despesas. Com essa resolução, conseguimos salvar muitas empresas e empregos”, comemorou o representante da hotelaria nacional.