FBHA alerta para os impactos negativos da exigência de visto

Brasil retoma exigência de visto para cidadãos dos Estados Unidos, Canadá e Austrália

A partir desta quinta-feira, 10 de abril, o Brasil voltará a exigir visto de entrada para turistas provenientes dos Estados Unidos, Canadá e Austrália — uma decisão que reacende debates no setor de turismo nacional. Para a FBHA – Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, a medida representa um retrocesso e pode afetar diretamente o fluxo de visitantes internacionais, prejudicando a economia do setor.

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A isenção, que havia sido implementada em 2019, buscava impulsionar a vinda de estrangeiros desses países, facilitando o acesso ao Brasil como destino turístico. Agora, com a retomada da exigência de visto, a FBHA teme uma queda na competitividade do país em relação a outros destinos latino-americanos.

Para Presidente da entidade, Alexandre Sampaio, o momento exige estímulos ao turismo, e não barreiras. “A imposição de vistos a turistas de países emissores importantes como Estados Unidos, Canadá e Austrália pode ser um tiro no pé”, comenta. “Estamos indo na contramão de uma política global que visa a facilitação de viagens e o fortalecimento do setor de serviços”, afirma.

FBHA alerta para os impactos negativos da exigência de visto
Alexandre Sampaio, Presidente da FBHA – Marcelo Freire.
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Segundo a entidade, os impactos negativos do decreto do Poder Executivo podem ser sentidos de forma imediata em áreas como hospedagem, alimentação, transporte e comércio local, especialmente em cidades cuja economia depende fortemente do turismo internacional.

Diante do fato, a federação propõe três caminhos para mitigar os efeitos da decisão:

  1. Negociação bilateral com foco no turismo – Estabelecer acordos diplomáticos que visem a reciprocidade facilitada, com processos de visto mais rápidos e acessíveis, especialmente para turistas com intenção comprovada de viagem de lazer ou negócios.
  2. Criação de vistos eletrônicos simplificados – Adotar sistemas digitais que agilizem o processo de solicitação, com menos burocracia, tempo de espera reduzido e taxas menores, tornando a entrada mais atrativa.
  3. Campanhas internacionais de promoção turística – Investir em campanhas nos mercados afetados para reforçar a imagem do Brasil como um destino desejável, seguro e acolhedor, compensando possíveis entraves criados pela exigência do visto.
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Enquanto o setor turístico luta diariamente para se manter ativo, a FBHA defende que o momento exige políticas de estímulo, e não de restrição. Para a entidade, a retomada da obrigatoriedade do visto é mais um obstáculo num momento em que o País deveria estar apostando no turismo como motor de crescimento econômico e geração de empregos.

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João Bernardes

João Bernardes é Repórter da Revista Hotéis

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