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Equipotel Conexões debate cultura e hospitalidade

A Equipotel transmitiu na tarde desta terça-feira, dia 13 de abril, o primeiro debate do ano do projeto Equipotel Conexões. A webinar que foi transmitida de forma gratuita, trouxe o tema “Do empreender ao receber: como a cultura brasileira pode proporcionar um diferencial competitivo na hospitalidade”, com moderação de Carolina Oda, da BCB – Bar Convent São Paulo e como convidados, Ana Luiza Trajano, Presidente do Instituto Brasil a Gosto; Max Jaques, Chef pesquisador do Instituto Brasil a Gosto; e Gabriela Otto, da GO Consultoria e Presidente da HSMai Brasil.

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Dando início ao debate, Daniel Pereira, Gerente de produto da Equipotel, abriu com agradecimentos ao time da Reed Exhibitions Alcântara Machado e ressaltou a importância do formato híbrido dos eventos nesse momento atípico que o mundo enfrenta. “A Equipotel Conexões foi desenvolvida no ano passado como um esforço para a criação de um hub para abrigar e abranger todas as atividades da Equipotel em ambiente digital, somando ao evento físico. A partir de agora, séries, rodadas de negócios e outros meios digitais serão transmitidos pela Equipotel Conexões”, explicou.

Daniel também ressaltou que neste ano a feira Equipotel acontecerá em formato diferente, com data marcada para novembro. “Nossa intenção é entregar um evento com segurança para os visitantes, nosso staff e expositores. Novembro é um mês muito importante para nós da Reed, e até lá teremos muitas ações digitais para apresentar ao mercado. Quero ressaltar que a Equipotel está cem por cento vendida e será com certeza, mais um sucesso de visitação e apresentação de novidades da hospitalidade”, complementou.

A Equipotel e os convidados

Ana Luiza Trajano participou direto da França e agradeceu o convite. “Estou muito feliz de participar virtualmente, afinal a Equipotel é um evento do qual sempre fiz questão de participar presencialmente”, disse. O Chef Max por sua vez, relembrou que a Equipotel foi o último dos eventos presenciais em que esteve antes da pandemia. Gabriela Otto também agradeceu o convite e reforçou a importância da iniciativa do Equipotel Conexões. “Seria um exagero motivacional dizer tudo o que eu gosto na Equipotel. Acho um orgulho termos um evento como esse no Brasil”, observou a consultora.

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Carolina Oda tomou a palavra para iniciar a mediação. “Trazer esse tema hospitalidade com o viés de cultura é essencial. Hoje acredito que não dá para separar o conceito cultura de hospitalidade. Todos estamos em casa, e este é um momento para nos prepararmos para gerar outros negócios e fomentar a hospitalidade que é gente recebendo gente. A palavra hospitalidade significa o ato de receber. O mineiro por exemplo, é conhecido por ser acolhedor. Este painel é um indício de uma mudança nos valores do mercado e hoje quero falar do jeito brasileiro no receber que é o que guia o nosso tema: falar de cultura, não só brasileira, mas regional, organizacional e interna, das empresas”, introduziu Carolina.

Equipotel Conexões debate cultura e hospitalidade
Carolina Oda mediou o debate do Equipotel Conexões

Max Jaques enumerou os muitos temas que podem ser abordados em se tratando de cultura alimentar ou de costumes em um País tão ímpar como o Brasil. “A cultura é essa entidade viva que vai se modificando, com coisas que vão entrando e outras que vão saindo. Ela traz regularidades e demonstra trajetória. A Amazônia, a cultura do milho, da mandioca, enfim, nossa riqueza está na pluralidade de culturas que existe no Brasil. Se relacione com a região e ajude a preservar elementos culturais de cada região. A cultura tem traços históricos mas se refaz a cada dia”, opinou.

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O Chef Jaques Max: “A cultura é essa entidade viva, com coisas que vão entrando e outras que vão saindo”
O jeito de ser do brasileiro

Ana Luiza Trajano também ressaltou o colorido da diversidade brasileira: “Se compararmos com a França, aqui encontramos uma infinidade de várias cozinhas, falando de biomas. Em uma região o queijo, na outra o pão, enfim existe um protocolo por trás daquilo. Esse protocolo é o mesmo no país todo. No Brasil, além da espontaneidade e estranheza para os estrangeiros, temos uma fama de criativo para os franceses. Apresentamos a mesma coisa, mas com protocolos diferentes, sutis e individuais. Cada restaurante tem a sua identidade, falando da mesma coisa. A parte sensorial faz com que vivamos essa experiência a cada minuto em diferentes lugares. Isso pode ser explicado mas sem começo, meio e fim. Sabemos apenas que daremos conta de entregar”, pontuou.

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Ana Luiza Trajano participou por áudio direto da França: “Cada restaurante tem a sua identidade falando a mesma coisa”

Para Gabriela Otto, o turismo essencialmente é a experiência do lugar. “É uma coisa abstrata, não palpável, apesar da compras e dos amenities dos hotéis. O turismo é um intercâmbio de pessoas que podem inclusive, contribuir ou não com a cultura local. Tive um trabalho com umas cidades da estrada real de Minas, e algumas ninguém lembra que existem. E eu ouvia dos habitantes que não queriam turistas ali!. Sem a comunidade junto, você não consegue. O lucro não pode se sobrepor a identidade do lugar. Todos nós já fomos em um destino onde esperamos encontrar uma imersão de cultura e acontece o contrário. O Ouro Minas, em BH, me ofereceu um pote de doce de leite com uma colher e uma fita e o mais importante foi a explicação, em um cartão, da importância daquele doce para o destino. Eu saí com uma cultura a mais e senti que aquilo agregou para mim. Temos de pensar como fazer para manter a preservação dessas identidades e transformar os turistas em fãs dessas cidades. O turismo consciente e o resident traveller são conceitos que estão ganhando cada vez mais evidência justamente por essas razões”, afirmou Gabriela.

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Para o Chef, as regionalidades a que Gabriela se referiu, são essenciais para o entendimento das culturas de cada destino do Brasil. “Temos apenas oito itens registrados como patrimônio agro-alimentar no Brasil. Isso é preocupante. Não se trata de pegar os lençóis brancos e trocar por lencóis de chita, é se envolver com a comunidade. Hoje vemos o surgimento de negócios sociais, que cumprem papel de chegar mais perto das comunidades, sem apenas usufruir daquela cultura. De que maneira essas empresas podem ajudar? Investigando o patrimônio alimentar dessas culturas é um começo”, afirmou Jaques.

Menos é mais

Ana Luiza afirmou que a formalidade distancia. “Tive a possibilidade de, antes da pandemia, vivenciar atendimentos próximos, daqueles que você se torna amigo dos profissionais. Essas equipes se divertem, são cozinhas pequenas, mesas grudadas, informalidade que aproxima. Tudo que é não formal nos aproxima da experiência genuína da casa de alguém. Não precisamos as vezes saber se estamos errando no uso dos talheres. Se sentarmos em uma mesa juntos e fizermos um relatório, encontraremos nuances diferentes. O mais importante de uma experiência é fazer feliz. Somos seres sociais e sem o social, como estamos vivendo, nos deprime e mostra o quanto precisamos disso para viver. Espero sairmos da pandemia com os setores mais valorizados. A questão da educação, com nossos professores se desdobrando para proporcionar uma experiência única sem a presença, tudo isso merece ser mais valorizado no pós-pandemia”, disse Ana Luiza.

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A consultora Gabriela Otto: “O empreendedor no Brasil é um guerreiro”

Gabriela Otto opinou que o empreendedor no Brasil é um “guerreiro”. “É como se ele pegasse um facão e fosse abrindo caminho para o seu Santo Graal. Quando falamos da cultura do nosso País, falamos de natureza, corpo, cultura e psicológicos. Quando se fala que é brasileiro no exterior sempre se encontra um sorriso como reação. Temos uma coisa que outras culturas não têm, que é o sorriso espontâneo. Existem processos a serem trabalhados e os treinamentos comportamentais são mais necessários. A questão de pessoas é mais mentalidade de líderes no foco comportamental e não apenas no técnico. O espontâneo que é o mais importante, já temos”, concluiu.

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