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Encatho & Exprotel: Painel alerta sobre gestão de riscos e crises para hotéis

Direto de Florianópolis (SC) – Evitar perdas e gerar renda são dois grandes objetivos de um meio de hospedagem. Para falar sobre a gestão de riscos e crises na hotelaria, o Encatho & Exprotel – Encontro Catarinense de Hoteleiros -, que se encerra hoje (10) no CentroSul, recebeu Peter Kutuchian, Publisher do site Hotêlier News; Inbal Blanc, Founder e CEO da Segur Hotel e Otávio Novo, Profissional de Gestão de Riscos e crises.

Peter deu início ao painel destacando a importância de se modernizar na hotelaria, considerando que 80% da hotelaria nacional é formada por hotéis independentes, segundo a ABIH, onde a concorrência é cada vez maior. “O mundo está em constante mudança e a hotelaria também. Hoje abrir um hotel é muito fácil, mas distribuí-lo é o grande desafio. Todos estão em uma vitrine, pousada e hotéis 5 estrelas. Por isso, precisamos de experiências o tempo todo”, afirmou.

O dono do portal especializado em notícias da hotelaria apontou também o RM (Revenue Management) como um ponto fundamental para o empreendimento hoteleiro se manter competitivo, onde se gerencia as receitas e se adequa as condições do mercado. Para Kutuchian, marketing digital e mobile também são grandes entradas para atingir o público e manter a ocupação em alta.

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Ele destacou alguns pilares da hotelaria: Vendas e RM, manutenção, RH, gastronomia e segurança. “Não adianta ter um produto bonito e moderno, se não há capacitação adequada de profissionais”, completou. “É muito importante a segurança ser considerada um pilar nos serviços hoteleiros, então não adianta terceirizar e passar adiante a responsabilidade. Criamos um curso para conscientizar e instruir os colaboradores e envolvidos da importância da segurança neste setor. Com isso pode-se evitar muitos riscos e até processos”, alertou Peter.

Em seguida, Inbal Blanc, reiterou a importância da segurança e mostrou um vídeo de uma reportagem que mostrou um hóspede suspeito, que com um comportamento trivial, mostrou ser um terrorista que acionou uma bomba e matou cinco pessoas.

“O turismo perde muito com um cenário de violência”, apontou Inbal Blanc

Ele citou Paris como exemplo, que teve prejuízo de 780 milhões de euros no turismo com os casos recentes de terrorismo. O setor tem sofrido com a violência e falta de segurança em todo o mundo, com ocorrências famosas inclusive no Brasil. “Casos como esses representam a gravidade da situação para a reputação do destino, uma perda de dinheiro direta. O Prefeito do Rio de Janeiro, por exemplo, que é o destino número 1 do Brasil, defende que o turista assaltado na cidade seja ressarcido, o que não é a solução. A situação da cidade causou até o bloqueio de andares em muitos hotéis, e isso é alarmante”, apontou Blanc.

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O especialista mostrou ainda dados que mostram a realidade no sul, onde a violência tem aumentado gradualmente, e que pode chegar na situação do Rio de Janeiro a qualquer momento. “Precisamos parar de negar esse cenário. Mas é possíivel se prevenir, com pequenos procedimentos operacionais de segurança, com manual implantado no hotel. Aliado a isso, o uso da tecnologia é essencial, colocando ferramentas que vejam o que é necessário”, completou.

Por fim, Otávio Novo, especializado em gestão de riscos e crises, mostrou que a segurança e proteção é o desejo inerente a todo viajante, que são dezenas de milhares em todo o mundo, o tempo todo. “Há muitos casos que são difíceis de prevenir, mas outros que podem ser evitados como incêndios e acidentes em piscinas, com ralos que podem sugar o cabelo ou até crianças, levando a morte”.

Segundo ele, a exigência dos clientes   demanda uma atenção mais minuciosa na gestão de segurança, por perde-se negócios pelo fato do hotel não poder comportar um determinado número de pessoas, por exemplo. A ONU estabeleceu 2017 como o ano internacional do turismo sustentável para desenvolvimento, representando uma estratégia e tendência mundial.

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”Existe um ciclo de gestão de riscos, e o mundo pede que sejamos agressivos na medida certa e arrisquemos. Por isso fazemos análise de riscos, criamos procedimentos, desenvolvemos engajamento e então, promovemos a gestão de crises e garantimos um aprendizado”, destacou. Para o Otávio, é ideal que o hotel saiba se posicionar profissionalmente, e nunca duvidar da vítima quando ela relata um acidente.

Empresas que não possuem procedimentos de gestão de riscos sofre perdas de negócios, apresenta despreparo e potencializa os impactos. “A empresa que tem tais procedimentos se antecipa, faz a prevenção e sabe reagir em qualquer crise. Quem faz gestão de riscos também preserva sua imagem, e se prepara para qualquer medida jurídica e cobrança que venha posteriormente”.

A redação da Revista Hotéis viaja a convite da ABIH-SC e se hospeda nos Hotéis Valerim Plaza e Faial Suites.

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