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Elisa Prado falou sobre acessibilidade em edificações no 32º Encatho & Exprotel

Direto de Florianópolis (SC) – Dando prosseguimento à programação técnica do 32º Encatho & Exprotel, a arquiteta e urbanista Elisa Prado apresentou a palestra “Novas diretrizes de acessibilidade em edificações de hospedagem”.

Segundo Elisa, o tema acessibilidade para hotéis está atualmente em evidência na indústria da hotelaria. “É um benefício trabalhoso mas que com certeza gera mais benefícios ainda, seja em termos de reputação ou ocupação”, afirmou. “Nossa apresentação é uma parceria da organização do evento com a Prodecore, que está com estande no Exprotel. O principal objetivo da palestra é explicar a legislação das novas diretrizes. Esse tema está sendo debatido desde 2004, mas o novo decreto levantou outras dúvidas e ao mesmo tempo motivação para os hotéis, que querem estar adaptados para essa nova realidade”, explicou.

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Segundo Elisa, a história toda começa em 2015 com a nova Lei de Inclusão. “Até então, existia as normas técnicas que tinham foco no atendimento de pessoas com cadeiras de rodas. O novo decreto previa a observação do desenho universal, além da adoção de todos as exigências de acessibilidade já conhecidas. Para entendermos esses termos eu trouxe a definição de acessibilidade e de desenho universal”, declarou.

Acessibilidade e desenho universal estão alinhadas, segundo a arquiteta. “A limitação é sempre do ambiente e não da pessoa. Quando permitimos que as barreiras existam, essas impedem a utilização das pessoas de um modo ou outro. É importante que se eliminem essas barreiras”, ensinou a palestrante.

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O desenho universal é tão somente um ambiente em que todos – pessoas com deficiência ou não – podem fazer uso, ou seja, adequados para qualquer perfil de usuário. “O conceito de desenho universal é formado por sete princípios, ou diretrizes, que podem ser aplicadas para qualquer área da vida. O primeiro é o uso equitativo, ou seja, um propiciar o mesmo significado de uso para todos; eliminar uma possível segregação e estigmatização; e promover o uso com privacidade, segurança e conforto, sem deixar de ser um ambiente atraente ao usuário”, detalhou Elisa.

O segundo princípio é o uso flexível. Ele compreende diferentes maneiras de uso, possibilita o uso para destros e canhotos; facilita a precisão e destreza do usuário e possibilita o uso de pessoas com diferentes tempos de reação à estímulos. O terceiro é o uso simples e intuitivo, com fácil compreensão, dispensando conhecimento, habilidades linguísticas ou o grande nível de concentração por parte das pessoas. No quarto princípio é a informação pereptível, com diferentes maneiras de apresentação, sejam visuais, verbais ou táteis; a legibilidade da informação maximizada e destinada para pessoas com diferentes habilidades (cegos, surdos, analfabetos, entre outros). A quinta diretriz é a tolerância ao erro, ou seja, prevenir riscos e acidentes, empregando avisos de risco ou erro; fornecer opções de minimização de falhas; e evitar ações inconscientes em tarefas que requeiram vigilância.

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Elisa destacou o sexto princípio – baixo esforço físico – minimizando ações repetidas e esforço físico. “Exemplos disso são banheiros com equipamentos que não requeiram muito esforço para serem acionados. A vida de uma pessoa com deficiência é cercada de esforços. Esse é um ponto no qual devemos estar atentos”, ressaltou. O sétimo princípio, fala sobre a dimensão e espaço para aproximação e uso. “Quando pensamos em acessibilidade, pensamos em espaços nos quais cadeiras de rodas possam circular, banheiros maiores, ou dimensões que estão na norma. A norma está pautada nisso, ela já especifica as medidas. No desenho universal, são orientações para pensar no funcionamento de um modo geral. Por isso ele é tão importante, e o seu conceito já existe antes da Lei de Inclusão”, destacou a palestrante.

Na sua apresentação, Elisa também citou boas práticas para a utilização do desenho universal, mostrou exemplos e reservou parte do tempo para perguntas da platéia.

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O 32º Encatho & Exprotel é uma realização da ABIH-SC, com a Revista Hotéis como mídia oficial. A reportagem viajou a Florianópolis a convite da ABIH-SC e hospedou-se no Hotel Faial Prime Suites, um dos empreeendimentos parceiros da entidade no evento.

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