Especial

Elas estão no poder

Matéria publicada na edição 68, julho de 2008

 

Cresce a participação feminina em cargos hierárquicos mais elevados e na hotelaria não poderia ser diferente.As mulheres já conquistaram a gerência geral de renomados hotéis 5 estrelas e mostram porque conseguem dominar um hotel como dominam o seu lar

 

No mercado de trabalho mundial as mulheres já ocupam 1,2 bilhão de postos de trabalho de acordo com pesquisas divulgadas pela Organização Internacional do Trabalho. O crescimento da participação feminina em cargos de nível hierárquico mais elevados é uma tendência que já vinha sendo observada há anos em estudos e comprovado pelos índices de contratação de mulheres por empresas dos mais variados portes e perfis.
No Brasil, segundo dados da Bovespa, as mulheres são responsáveis por 50% dos investimentos na Bolsa, sendo que 40% dos clubes de investimentos são formados por mulheres. Também segundo a publicação The Economist, as mulheres respondem por 40% do PIB mundial. E as estatísticas ainda anunciam que 65% dos materiais de construção são escolhidos por mulheres assim como, 88% dos planos de saúde e 92% dos pacotes turísticos.

Um exemplo deste crescimento se vê no segmento hoteleiro. Se olharmos para a hotelaria há algumas décadas, vamos lembrar que os cargos executivos eram ocupados, na sua imensa maioria, por homens e que as mulheres tinham poucas oportunidades profissionais, ou quando tinham eram em cargos menores, como por exemplo, camareira, auxiliar de recepção e outras atividades sem muitas chances de ascensão a uma carreira profissional que vislumbrasse cargos considerados de maior relevância.
Com tanta vontade, nada mais justo do que colocar as mulheres no comando e hoje, é normal encontrá-las em posições de primeiro escalão tanto na hotelaria nacional quanto na internacional. São as jovens diretoras ou gerentes de alimentos e bebidas, eventos, marketing, financeira, recursos humanos e, principalmente as gerentes gerais, em todas as bandeiras que estão presentes no mercado. Este parece ser o momento da mulher na hotelaria. Elas estão em alta. E que perfil tem esta mulher hoteleira? Como estas mulheres atingiram um cargo de alto poder em hotéis cinco estrelas, considerado hotéis de luxo?
Na rede de hotéis Slaviero, 25% da gerência dos hotéis é composta por mulheres e uma delas tem o cargo de gerente regional, representando 33% dos profissionais deste grupo, é o que informa o diretor de desenvolvimento organizacional José L. Ditzel Gobbo. Segundo o gerente de recursos humanos da rede, Oscar José Cabral essa grande quantidade de mulheres no ramo da hotelaria não é por acaso. “Elas estão representadas em todos os setores dos hotéis e no corporativo”, comenta. Para Cabral, a hotelaria se identifica com o perfil feminino porque exige sensibilidade e organização. “No contrato com os hóspedes, é necessário ter agilidade, organização e muita delicadeza. As mulheres conquistaram o mercado de trabalho e, na hotelaria são essenciais pela versatilidade”, completa.
A rede de hotéis Deville contratou recentemente mais uma mulher para comandar o Hotel Deville, em Curitiba, no Paraná. Simone Basso, tem 18 anos de experiência na área, sendo 11 em gerência, e é a segunda gerente da rede em Curitiba, há dois anos. De acordo com a gerente de Recursos Humanos da rede, Miriam Girardi, a ascensão das mulheres na Deville e no ramo hoteleiro, de uma maneira geral, deve-se ao alto nível de qualificação que elas vêm apresentando.
Na Accor Hospitality, maior administradora hoteleira do Brasil, as mulheres também estão conquistando seu espaço no gerenciamento de hotéis. Segundo Mauricio Reis, Gerente de recursos humanos da Rede Novotel para América Latina, 40% do gerenciamento dos hotéis da rede são feito por mulheres. “Existem muitas outras em treinamento e com chances de ocupar a gerência em breve e o número tem crescido nos últimos anos”, destaca Reis. Ele enfatiza as exigências da rede para contratar um profissional ao cargo de gerente de um hotel. “As competências gerenciais exigidas são a liderança, o planejamento, a orientação para resultados, a visão do negócio, a capacidade de análise, o poder de decisão, a negociação e a flexibilidade. O profissional também deve ter uma forte identificação com nossos valores”.

 

Investimento em conhecimento

Para atingir o alto padrão e conseguir o emprego dos sonhos, não precisa simplesmente saber administrar. Pois cuidar de hotéis de uma, duas ou três estrelas é uma tarefa simples, onde as exigências são menores e conseqüentemente mais fácil de atingir os objetivos, agora chegar ao ápice do poder e gerenciar hotéis cinco estrelas não é tarefa fácil.
Hoje é preciso ter uma estratégia diferente, falar idiomas, ter na bagagem algum curso realizado no exterior, seja graduação, pós ou MBA. É com esses diferenciais que a jovem hoteleira de hoje chega ao mercado. Quanto mais atributos acadêmicos, postura e experiência internacional ela possuir, maiores serão as chances de fazer uma bela carreira no Mundo da hospitalidade, principalmente na hotelaria de luxo.
Uma prova disso é que as mulheres invadiram as universidades nos últimos 15 anos, dados do IBGE mostram que elas  são maioria nos cursos superiores, na proporção de 55,3% contra 44% dos homens. Assim, as profissionais vêm preenchendo uma carência que foi muito vinculada à mão-de-obra feminina no passado. Qualificadas, elas ganham credenciais para disputar vagas de trabalho com os homens em condições de igualdade.
No curso de Administração Hoteleira do Centro Europeu, 63% dos alunos são do sexo feminino. O curso prepara o aluno na administração e gerência de hotéis. Rogério Gobbi, supervisor acadêmico do Centro Europeu, chama a atenção para o fato do perfil do mercado ter mudado. “Antigamente, os cursos de Hotelaria e Chef de Cuisine eram procurados quase que exclusivamente por homens. Hoje o quadro mudou, e a maioria das pessoas que se formam são mulheres”, diz Gobbi.
Para Tháys Ferrão, gerente geral do Hotel Centro Europeu Tourist, a mulher está mudando o conceito de chefia dentro de um hotel. Ela acredita que um tratamento adequado, desde a hora que o hóspede chega, faz com que ele realmente se sinta em casa. “Geralmente os hóspedes andam muito por aí, de hotel em hotel, cidade em cidade. Se deixarmos o hotel com uma aparência mais próxima de uma casa, eles conseguem se identificar com o local, e sempre voltam. Então cada detalhe é importante, e um toque feminino pode ajudar bastante nesta hora”, explica Tháys.
A coordenadora do curso de Hotelaria da Faculdade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro, Isabel Giassone, comenta que a procura tem aumentado devido a oferta do mercado de trabalho e à expansão da indústria de serviços. Só na Estácio de Sá, no último semestre a faculdade teve um aumento significativo no número de alunos desde que o curso assinou a parceria internacional, obrigando a instituição a dividir os alunos em duas turmas, e as mulheres são a maioria, ocupando 70% da sala de aula desta turma formada no inicio de 2008.
No Senac São Paulo, nos cursos de Bacharelado e Tecnologia em Hotelaria, as mulheres são a maioria desde o lançamento da primeira turma, em 1989, são cerca de 300 alunas na graduação por ano. Porém Márcia Harumi Miyazaki, coordenadora da área de hotelaria, ressalta que a participação dos homens cresce a cada ano. Márcia comenta que “ao longo desses 19 anos de atuação no ensino superior, vemos o grande salto de qualidade do setor de hotelaria e sua exigência cada vez maior por profissionais qualificados”. Até 2010, segundo dados do FOHB, estão previstos a abertura de 200 empreendimentos hoteleiros no Brasil. Para Márcia Harumi, este cenário impressiona a busca por uma formação de excelência que permite ao aluno desenvolver uma carreira dentro da hotelaria.

 

Auge da carreira

Poucas mulheres no Brasil conseguiram chegar ao cargo de gerente geral de um hotel de luxo no Brasil, o que constitui para muitos o auge da carreira, pois neste segmento os homens ainda dominam por completo e grande parte deles, são estrangeiros. Sintia Gomes foi uma das primeiras mulheres da América Latina a mudar esta escrita e hoje comanda um importante hotel de uma consagrada rede internacional. Trata-se do Sheraton Barra, no Rio de Janeiro, onde está a três anos. Para chegar ao cargo, Síntia rabalhou em diversas áreas e estudou outros idiomas. “Minha carreira é inteiramente voltada para a hotelaria. Cursei Turismo com foco em Hotelaria, na faculdade CUP – Centro Unificado Profissional. Falo inglês e espanhol e ao longo de minha carreira trabalhei em diversas áreas, como recepção, reservas, grupos, vendas, six sigma, gerência executiva até conquistar a gerência geral”.
Para Isabel Giassone a hotelaria está associada ao luxo, bem estar e viagens, e esses temas mexem com a imaginação das pessoas. “Vamos pensar e analisar o nosso campo de trabalho: os hotéis estão espalhados por todo o Mundo e com isso as nossas oportunidades se multiplicam. Os jovens são atraídos pela possibilidade de conhecer o Mundo por meio do seu próprio trabalho, a carreira é ágil e o curso é envolvente. O contato humano é muito valorizado, o que faz com que as relações interpessoais sejam de grande valia, aumentando, assim, a network dos alunos, que se transforma em oportunidades futuras no mercado de trabalho”, explica Isabel.
Andréa Natal, gerencia um dos mais renomados hotéis de luxo do Mundo, o Copacabana Palace, no Rio de Janeiro e lembra de como iniciou os estudos em hotelaria e posteriormente a carreira. “Me graduei pela Faculdade Estácio de Sá, no início dos anos 80, onde a profissionalização nessa área era novidade no Brasil. Iniciei minha carreira no Meridien, onde permaneci por 10 anos. Estou no Copacabana Palace há 12 anos e fiz cursos de aperfeiçoamento em Cornell, na França e estágios em hotéis americanos e europeus”.
O Ipanema Plaza Hotel também conta com uma gerente geral feminina. Mônica Paixão estudou Relações Públicas, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro – UFRJ e também fez Economia, na Faculdade Cândido Mendes. E antes de assumir a gerência geral do Ipanema Plaza Hotel, onde está a oito anos, Mônica trabalhou durante 15 anos no Le Meridien, onde adquiriu experiência no ramo hoteleiro.
No Blue Tree Towers Morumbi, Eliana de Abulquerque, não estudou hotelaria, fez administração e em seguida pós-graduação em marketing, mas se apaixonou pela profissão quando iniciou a carreira há 20 anos como assistente de diretoria. “Meu objetivo era crescer profissionalmente e me tornar gerente do hotel, o que aconteceu um ano após ingressar na empresa. Passei por todas as áreas: chefe de recepção, governança e vendas”.
A diversidade da experiência e a sólida formação na área hoteleira deram a Rosana Okamoto a oportunidade de chegar ao cargo de gerente geral do Long Stay Marriot Executive Apartaments. Formada em Administração Hoteleira pela Hotel Mangement School Lês Roches, na Suíça, Rosana percorreu diferentes hotéis, tipos e categorias como Business, Ski Resort, Beach Resorts, Conference Hotels e em países que ficam em três continentes diferentes: Suíça, Japão e Brasil. “Preparação profissional e acadêmica são muito importantes, mas a vontade de crescer, a garra de aprender e o afinco de trabalhar longas horas se necessário for, também têm grande valor nessa trajetória”, argumenta Rosana.
Para ela gerenciar um Long Stay é muito diferente de um hotel. “Um Long Stay nos dá mais oportunidade de termos um serviço personalizado, pois passamos a conhecer a fundo as rotinas e necessidades dos nossos hóspedes, criando produtos e serviços que atendam a eles da melhor maneira possível”.
Como nesta categoria de empreendimento se atende desde executivos em missão no Brasil, até famílias que aguardam sua casa ficar pronta da reforma, o desafio da gerente geral nesta hora é mostrar um diferencial na prestação dos serviços. “Preparamos nossa equipe para atender a estas diferentes necessidades, principalmente dando a eles “emporwerment”, e treinando-os para prestarem um serviço individualizado de forma eficaz e cortês”, relata Rosana.

 

Desafios de gerenciar um hotel 5 estrelas

A formação de grandes profissionais torna o mercado cada vez mais competitivo e com isso os desafios crescem. A competição é grande já que a hotelaria mudou na última década. “O desafio é constante e a melhor forma de se chegar ao cargo pretendido e de se manter nele, é investindo em auto conhecimento e melhorando o seu cabedal de informações diariamente. Eu sempre me atualizo e freqüento cursos complementares e de pós-graduação”, comenta Rosana Okamoto, do Marriot Executive Apartaments.
Provar que é possível gerenciar um hotel cinco estrelas é um desafio a ser conquistado e que lembra tempo, mas paras estas mulheres isso é tirado de letra. “O principal desafio foi provar que eu tinha capacidade de cuidar do Ipanema Plaza e fazer com que ele se tornasse um hotel de grande sucesso no Rio de Janeiro. A minha principal iniciativa (que faço até hoje) foi cuidar dele como se fosse a minha casa”, comenta Mônica Paixão que confiou em sua estratégia de cuidar de todos os detalhes do hotel como se fosse o seu lar para assim conquistar a gerência geral. “É claro que muitos desafios surgiram, pois comecei a gerenciar um hotel novo na cidade, que precisava captar novos clientes, conquistar o mercado, garantir ocupações altas. Mas se estou aqui até hoje é porque busco todos os dias me superar para que os desafios sejam sempre alcançados”, finaliza Mônica.
As mulheres têm o desafio de equilibrar os papéis em casa e no trabalho, mas a necessidade de mostrar capacidade de executar as tarefas com eficiência e talento, além de ter espírito de liderança e confiança em sua equipe, são habilidades essenciais para qualquer gestão. “Meu maior desafio foi ter que conciliar o papel de ser mãe, esposa e ao mesmo tempo executiva, que requer muita dedicação e bastante tempo para viajar”, comenta Sintia Gomes, do Sheraton Barra.
Para Eliana Albuquerque do Blue Tree Towers Morumbi, seu grande desafio foi viver e sobreviver num ambiente que há 20 anos era um Mundo de Homens. “Com muita persistência e foco nos objetivos, disputei o espaço dentro das mesmas bases, não me deixei abater pela pressão masculina e procurei me manter no mesmo nível”, argumenta Eliana.
Para a nova gerente geral, Simone Basso, que assume o desafio de comandar, manter e melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados pelo Hotel Deville Curitiba, a mulher líder de um hotel abre mais oportunidades para que os próprios funcionários dêem sugestões. “Muitas vezes, as mulheres no comando abrem mais espaço para a aproximação dos colaboradores, gerando bem-estar entre a equipe e um maior entrosamento. Além disso, eles aprendem com elas a ficar mais atentos a detalhes, tarefa muito importante na hotelaria”, explica Simone.
Manter-se em qualquer cargo seja na hotelaria de luxo ou em outra atividade também é um desafio, ainda mais, quando a profissional, é considerada muito jovem para o cargo, como é o caso da gerente geral do Caesar Park e Business Faria Lima, em São Paulo, Cláudia Coelho. “Os principais desafios que tive que superar foram: ser muito jovem na minha primeira gerência geral que foi aos 24 anos, ocorrido no México e lidar com diferentes culturas, morar em diversas cidades, adaptar-se à diferentes tipos de hotéis, em localidades diversas, de tamanhos e segmentos diferentes”.

 

Toque feminino faz a diferença

Para estas executivas este espaço no mercado será uma rotina a partir de agora. Pois o crescimento profissional das mulheres que gerenciam hotéis cinco estrelas, já não é mais uma novidade e sim uma tendência.
Se pensarmos em vantagem ou desvantagem no gerenciamento destes tipos de empreendimentos pelas mãos femininas, vemos que não há diferença, na administração realizada por um homem ou uma mulher. Para Andréa Natal, o que há é a diferença de estilo, de forma, de interesse, de integração com as partes do todo. “Dizem que as mulheres são mais detalhistas, mas há tantos homens exigentes com os detalhes”, comenta Andréa.
Isabel Giassone, da Estácio de Sá, comenta que cada um tem as suas virtudes, e por hotelaria ser uma profissão na qual os detalhes farão grandes diferenças, pode ser que o sexo masculino tenha um pouco mais de trabalho em perceber estes detalhes. “Mas em sala de aula esta diferença é bem trabalhada”, ressalta.
No Senac, os aspectos relacionados à atenção aos detalhes, sutileza e a estética dos ambientes são trabalhados transversalmente em todo o curso, pois não há diferença entre homem e mulher na gerência de um hotel de luxo. “Quanto à dedicação, ela independe do sexo, vemos alunos e alunas igualmente dedicados e comprometidos no curso. O mesmo ocorre no mundo do trabalho, há profissionais mais ou menos dedicados, independente do sexo”, comenta Márcia Harumi, do Senac.
Para elas gerenciar um hotel é como gerenciar uma casa com vários convidados e vários empregados. Por ter algumas habilidades naturais, a mulher tende a ter mais sensibilidade que os homens. Por excelência, ela consegue visualizar pequenos detalhes, fazendo os ajustes necessários. Essas habilidades são bem vindas no meio corporativo. Assim como os homens têm a habilidade sensorial aguçada e a visão prática das coisas, o que confere a ambos vantagens para a boa manutenção do negócio. “Geralmente os homens hoteleiros são detalhistas ou desenvolvem esta habilidade, mas o olhar feminino com atenção aos detalhes é natural e influencia positivamente a gestão da mulher. O toque feminino privilegia a mulher”, comenta Cláudia Coelho, do Caesar Park & Business.
Andréa Natal comenta que teve que superar muitos desafios a fim de conseguir e se manter num cargo tão elevado. “Acredito que pelo fato de gostar muito do que faço e de minha grande dedicação, fui conquistando o meu espaço sem grandes dificuldades. Sempre trabalhei com homens que respeitam muito a minha posição”. Andréa diz nunca ter passado por nenhuma discriminação, mas percebe que em certos momentos há uma certa resistência. “Quando, em algum momento, percebi que havia alguma resistência no cumprimento de alguma instrução tratei de deixar as coisas mais claras possível. O homem aprendeu a aceitar o comando feminino. Raros os que ainda se surpreendem com isso. Mas o que eu acredito ser fundamental é saber trabalhar em equipe ouvindo e respeitando opiniões, independente do sexo”, explica.
Eliana Albuquerque, do Blue Tree Towers Morumbi, também sentiu uma resistência, mas o bom senso na hora da decisão e a quebra de paradigmas fizeram com que ela não se abatesse e conquistasse a gerência geral de um hotel de luxo. “Quando eu comecei, senti uma resistência, tanto nas tentativas de crescer dentro do ambiente hoteleiro, quanto no relacionamento interpessoal com a equipe (público interno). Mas sempre fui forte, determinada e decidida”, comenta ela, que já foi mais longe e teve a experiência de gerenciar um resort. “Gerenciar um resort é uma experiência única, marcante e enriquecedora. Esta atividade me fez crescer profissionalmente. É um público distinto, ímpar e exigente. Precisa ser encantado diariamente, tem um nível de expectativa bem maior. A equipe precisa se superar a cada dia”, relata.
Para que a mulher possa alcançar uma posição de destaque, seja em qualquer ramo de atividade, é importante além de ter apoio de todos em sua volta, é aproveitar o tempo disponível com qualidade, tentando compensar as horas ausentes com muita habilidade e sabedoria. É iniciar a carreira realizando estágios ou ser funcionária de um hotel sem pretensões de iniciar a carreira como gerente. “É necessário conhecer a operação do hotel e para isso não importa qual é a porta de entrada. A hotelaria requer muita dedicação e disponibilidade de tempo, mas é necessária a eterna atitude de serviço. A experiência internacional de estudo ou trabalho ajuda a alavancar a carreira, mas não garante promoção ou crescimento. O desenvolvimento profissional na hotelaria depende do desempenho e atitude de serviço de cada pessoa”, finaliza Cláudia Coelho.

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