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Economia Colaborativa na Hotelaria é tema de painel no Conotel 2016

O Impacto da Economia Colaborativa na Hotelaria e a Regulamentação do Setor foi discutido a pouco durante um painel do 58º Conotel – Congresso Nacional de Hotéis, evento promovido pela ABIH Nacional – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, no Centro de Eventos Pro Magno, na capital paulista,

O painel foi moderado pelo presidente da ABIH-Nacional, Dilson Jatahy Fonseca, e contou com a participação do Depurado Federal Herculano Passos (Presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados), Paulo Michel (Vice-Presidente ABIH-RJ), Edmar Augusto Bull (Presidente da ABAV-Nacional), Rubens Schwartzmann (Presidente da ABRACORP), Luigi Rotunno (Presidente da Associação Brasileira de Resorts), o deputado federal Otávio Leite e Manuel Gama (Presidente do FOHB).

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Atualmente a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Turismo defende alguns pleitos como a legalização dos hotéis cassino no Brasil, fim da exigibilidade de visto para turistas estrangeiros, fretamento turístico, fim da cobrança dos direitos autorais aos hotéis, entre outros.

No início do painel, o deputado Passos citou algumas das vitórias que a frente a qual preside na câmara, conquistou nos últimos meses, como a aprovação da lei do turismo rural, a ampliação do número de estâncias turísticas no estado de São Paulo, lei to fretamento, entre outras. “Em época de crise nós temos que ter criatividade e fazermos coisas inovadoras”.

O Deputado federal Herculano Passos discursando no Conotel destacando os projetos do turismo no Brasil
O Deputado federal Herculano Passos discursando no Conotel destacando os projetos do turismo no Brasil

Paulo Michel, vice-presidente da ABIH-RJ, iniciou sua explanação afirmando que não se deve evitar a Economia Compartilhada. “Isso é uma tendência que deveremos conviver e saber trabalhar com ela. É preciso que tenhamos apenas uma concorrência leal. É preciso regulamentar esse setor”.

Michel também falou sobre o site Airbnb, “Quando o Rio de Janeiro foi se candidatar para as Olimpíadas, prometeu ampliar a oferta de leitos hoteleiros. A expectativa será alcançar 60 mil quartos até 2017. Porém o comitê organizador, nas vésperas das olimpíadas anunciou que por conta de um novo patrocinador, alguns leitos deveriam ser devolvidos, pois o novo patrocinador iria oferecer através de uma plataforma tecnológica 20 mil quartos. O Air Bnb pegou um mercado desorganizado, e através de sua plataforma o organizou. A hotelaria precisa se organizar”

Na opinião de Edmar Bull, presidente da ABAV Nacional, sites como o Airbnb poderão conviver com a hotelaria, desde que sejam regulamentados e tributados da mesma maneira que a hotelaria.

Rubens Schwartzmann frisou que a economia colaborativa já é uma realidade, onde os empresários hoteleiros deverão conviver com o Airbnb. “Eu acredito que há espaço para todo mundo. Existem níveis de hóspedes totalmente diferentes, onde cada um escolherá qual experiência sentir”, afirmou.

Dilson Jatahy, comentou sobre o início do Airbnb, “Ele foi criado em um grupo de jovens que não conseguiam pagar o aluguel e que alugaram um de seus apartamentos através do site. Hoje, metade dos hoteleiros do Brasil é que não conseguem pagar o aluguel.  Tecnologia é uma coisa, pagar imposto é outra. É necessário que tenha uma lei federal que tribute esse tipo de serviço”, polemizou.

Luigi Rottunno falou que esse novo modelo de economia é como uma nova tendência. O executivo defende que é preciso que a hotelaria saiba inovar e que não bata de frente com esses modelos de economia colaborativa. “Através da inovação a hotelaria irá vencer a concorrência desleal com sites de hospedagem como o Airbnb”.

Manuel Gama, presidente do FOHB, trouxe para a mesa a reflexão de quanto de imposto representa a junção de todos os hotéis brasileiros para a economia brasileira, e que a hotelaria está sendo muito impactada pela atual situação político econômica do Brasil. “Fomos surpreendidos ao saber que o Airbnb é o meio de hospedagem oficial dos Jogos Olímpicos. Isso é um absurdo. Muitos hotéis foram construídos, muitos investimentos foram feitos, isso está errado. É preciso fazer alguma coisa. A Lei Geral do Turismo determina que todos que vendem diárias devem contribuir e ser cadastrados via cadastur. Por que então, o Airbnb não deve ser?”.

Gama frisou que esse fenômeno faz com que a hotelaria seja amplamente desvalorizada, pois para entrar em operação os hotéis precisam ter alvará de funcionamento, laudo de vistoria do Corpo de Bombeiros, entre outros. De acordo com ele, os hóspedes do Airbnb são correm riscos, pois nenhum dos apartamentos não são regulamentados, apresentando riscos. “Nós temos que tomar uma posição séria quanto a isso”, alertou.

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