Investimentos

Diária média na hotelaria brasileira cresceu pelo sétimo semestre consecutivo

Isto é o que aponta um estudo da empresa Hotel Invest elaborado pelos consultores Gustavo Moura e Natália Cheung sobre o Panorama da Hotelaria Brasileira: prévia do 2º trimestre de 2011

O levantamento preliminar do desempenho da hotelaria brasileira no 2º trimestre de 2011 revela que a boa fase da economia nacional continua estimulando o crescimento da demanda e da receita em todos os mercados acompanhados. Como na comparação trimestral anterior, o principal direcionador do aumento de receita foi a diária média, que apresentou aceleração pelo sétimo semestre consecutivo. A ocupação surpreendeu ao apresentar aceleração, após quatro trimestres de desaceleração (decorrentes do nível de ocupação bastante elevado). Essa inversão de tendência sinaliza que períodos tipicamente ociosos estão sendo mais ocupados, devido à indisponibilidade nos períodos de maior demanda. A receita manteve a tendência de aceleração retomada na comparação trimestral anterior.
Comparando o segundo trimestre de 2011 com o mesmo período do ano anterior, a amostra analisada* apresentou expansão de 24,8% na RevPAR, 19,3% na diária média e 4,6% na taxa de ocupação. Houve variação na oferta (1,6%) devido à inauguração de hotéis no Rio de Janeiro e em Porto Alegre. O aumento de demanda e receita total foi de 6,4% e 26,8%, respectivamente. 
No Rio de Janeiro, houve forte elevação de RevPAR (29,0%), decorrente de incremento de diária média (16,4%) e ocupação (10,8%). A ocupação, que havia caído na comparação trimestral anterior, cresceu de maneira expressiva, possivelmente refletindo absorção, pela nova oferta, de demanda anteriormente não acomodada, além de maior ocupação de quartos em períodos tipicamente menos demandados. A pressão de demanda permitiu aumento da diária, que se manteve em aceleração pelo sexto trimestre consecutivo. Como resultado, registrou-se o segundo maior aumento de RevPAR dentre os mercados analisados.
São Paulo continuou apresentando expressivo crescimento de diária média (24,1%), mas perdeu o posto de mercado com maior aumento de diária e RevPar dentre os mercados estudados, após nove trimestres de liderança. Apesar disso, as diárias continuam se acelerando e se aproximando das do Rio de Janeiro. A ocupação se expandiu (3,0%) e apresentou uma inesperada aceleração, resultando em elevação da RevPAR (27,8%), que também manteve a tendência de aceleração.
Salvador manteve o movimento de recuperação, tendo apresentado pequena melhoria em relação à comparação trimestral anterior. A cidade apresentou o segundo maior crescimento de ocupação (8,2%), mas também o menor aumento de diária (9,3%) dentre os mercados analisados. Apesar disso, a RevPAR teve elevação (18,2%) e pequena aceleração, decorrente de suave aceleração de ocupação e leve desaceleração da diária. Espera-se aceleração da ocupação por mais um trimestre, a partir de quando a ocupação se aproximará do limite do mercado e passará a apresentar variações menores. Salvador ainda surpreende por demonstrar uma evolução relativamente modesta, mas deverá obter desempenho crescente até o início da abertura dos hotéis atualmente em construção na cidade.
Curitiba apresentou a maior elevação de RevPAR (30,5%) e diária (27,2%) dentre os mercados acompanhados, além de aceleração nos dois indicadores. A ocupação apresentou crescimento baixo (2,6%) e forte desaceleração, decorrente da aproximação ao limite sazonal do mercado. Os dados sinalizam um processo de intensa recuperação que deve se prolongar ao longo dos próximos trimestres. A partir de agora, o ajuste de diárias deverá se manter como fator mais relevante na evolução de RevPAR.
Porto Alegre apresentou a única estabilização de ocupação (-0,3%) e a segunda menor elevação de diária média (10,7%), resultando no menor crescimento de RevPAR (10,4%) dentre os mercados analisados pelo segundo trimestre consecutivo. A relativa estabilidade da ocupação sugere que esta já se encontra em nível relativamente elevado para os padrões sazonais da cidade. Isso tem permitido a aceleração das diárias, mas não em nível comparável a outros mercados em igual situação. Para os próximos trimestres, espera-se estabilidade ou pequena evolução de ocupação, além de manutenção da tendência de aceleração da diária média, resultante de pressão crescente de demanda.

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