Desoneração de impostos para desenvolvimento da hotelaria é debatido no 55º Conotel
Aconteceu agora há pouco a primeira palestra do último dia do ciclo de debates do 55º Conotel – Congresso Nacional de Hotéis, que ocorre em paralelo a feira Food Hospitality World, no Transamérica Expo Center, localizado na zona Sul de São Paulo. O congresso termina hoje (27/03) juntamente com a feira.
A palestra abordou o tema da inclusão do setor hoteleiro no Plano Brasil Maior elaborado pelo governo federal para desoneração de impostos de acordo com o segmento, que contou como palestrante Rubens Régis, da Resorts Brasil e da debatedora Flávia Buiati, do Rio Quente Resorts.
No início da palestra Régis mostrou uma panorama da hotelaria atual e perspectivas para os próximos com a conquista da desoneração de impostos para os hotéis, onde foram contemplados com a eliminação da contribuição patronal ao INSS, de 20%, que será substituída pela alíquota de 2% sobre o faturamento das empresas.
Segundo o executivo a indústria hoteleira é muito importante para economia nacional, pois é uma grande consumidora de equipamentos e mercadorias de outros setores, como têxteis, construção, mobiliário, lazer, alimentos, gerador de quase 1 milhão de empregos indiretos e diretos, criação de renda regional em sua distribuição em torno da localização do resort, promove o desenvolvimento do destino. “Além disso, a hotelaria é geradora de investimentos em infraestrutura, treina a comunidade local e fortalece a imagem do Brasil no exterior. Com isso, merecemos uma maior atenção de todas as esferas no governo e ter mais incentivos para atrair novos investidores”, complementa.
Régis completa dizendo que nos próximos anos o segmento hoteleiro ganhará 30 mil novos apartamentos, gerando 100 mil novos empregos. “Isto significa que temos um setor pujante e receberá muitos investimentos e movimentará ainda mais a economia e melhorando a competitividade do setor. Precisamos baixar o custo Brasil para tornar a hotelaria mais competitiva perante aos hotéis do Caribe, Europa e dos Estados Unidos”, frisou.
Flávia explicou que os setores foram efetivamente beneficiado com o Plano Brasil Maior, são os hotéis e resorts com receita exclusiva de venda de hospedagem e adotam o sistema all inclusive. “Porém, as receitas do setor que não foram incluídas na desoneração foram hotéis administrados, atividades extras como restaurantes, bares, spas e etc, e empreendimentos que têm time-share como parte da receita. Isto mostra que precisamos mudar alguns pontos do Plano Brasil Maior para a hotelaria”, observou.
Ao final Flávia enalteceu que o plano precisa ficar mais especifico e é necessário a correção de alguns pontos, para conseguir atender outros tipos de empreendimentos para incentivar ainda mais o setor a se modernizar e investir na construção de novos hotéis. “Mudança de 2% sobre a receita para 1% aumentando em 100% o ganho de desoneração. Alterar o texto da lei atual fazendo referência à lei geral do turismo em substituição ao CNAE”, pontuou.
Na tarde de hoje será apresentada a palestra “Mercado potencial na nova classe média e o fortalecimento das políticas institucionais, que contará como palestrante o consultor Stephen Kanitz e debatedores Paulo Solmucci Junior da Abrasel, Enrico Fermi, presidente da ABIH Nacional, Ricardo Domingues, Diretor executivo da Resorts Brasil e José Manuel Garrido, presidente da ABIH-BA.
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