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Desafios da implantação hoteleira regem Talk Show no GRI 2016

Em formato de Talk Show, o segundo dia do GRI Hotéis 2016 – Global Real Estate Institute, que acontece no hotel Pullman São Paulo Ibirapuera e tem a Revista Hotéis como Mídia Oficial, começou abordando o tema “Hotéis no Brasil – Como fazer um negócio dar certo em um país incerto?”.

Ministrado por Ricardo Mader, Diretor da JLL Hotéis, falaram sobre o assunto o CEO da Iron House Real Estate, Ruy Rego; o Presidente da STX Desenvolvimento Imobiliário Marcelo Conde e Antonio Setin, Presidente da Setin Incorporadora.

Ruy Rego iniciou o painel falando sobre a incorporação dos hotéis Four Seasons, que teve São Paulo como um grande case de demanda para este empreendimento que será aberto na capital. Em seguida, Antonio Setin falou um pouco sobre empreender no Brasil e de sua parceria com Roland de Bonanona, quando deu inicio às suas incorporações no País. “Geralmente, para hotelaria, são disponíveis os piores terrenos. Entao o grande erro de alguns investidores é não aproveitar o terreno e a falta de funding, a falta de planejamento e perspectiva, e é quando partimos para condo-hotéis e outros modelos”, comenta.

Marcelo Conde deu continuidade mencionando os hotéis Sheraton Barra como case que teve experiência de incorporação. “Tivemos dificuldades com a questão de unidades de tamanho fora do padrão, por conta das diferenças de bandeiras. Decidimos então desenvolver uma bandeira de low budget e tivemos uma experiência enriquecedora. Funding sempre foi um desafio, e temos que ter cuidados com os picos, já que hotéis são investimentos a longo prazo”, conta.

Um bom público esteve reunido nesta primeira palestra que abriu o segundo dia do GRI Hotéis 2016
Um bom público esteve reunido nesta primeira palestra que abriu o segundo dia do GRI Hotéis 2016

Conde afirma ainda que o País ainda tem um número baixo de turistas, se comparado com outros países como a Tailândia, por exemplo. “No Rio de Janeiro, há algumas carências como um Centro de Convenções, mas foram registrados incrementos em investimentos em outras regiões da cidade”, comenta.

Sobre a oportunidade de incorporar o primeiro Four Seasons do Brasil, Ruy Rego falou sobre as estratégias de investimento e vendas, onde já possuem capital para construção e marketing, sem aplicar diretamente em publicidade. “Temos alguns públicos alvos, e o principal é o que permeia a região que conta com diversas multinacionais. Também existe uma demanda reprimida de serviços residenciais. Você não tem oferta neste sentido, com exceção de uns e outros. Mas nenhuma oferta compatível para este tipo de público”, declara Rego.

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Ele diz ainda que o Brasil sempre esteve fora de uma rota institucional, porque até 2007, todos se retraíram. Depois, a busca de investimento voltou em 2011 – quando a empresa voltou a trabalhar neste sentido junto a um grande investidor. “No pós crise, esses investidores decidiram diversificar dos gestores e decidiram fazer investimentos diretos. Então, isto é muito recente. Esta fonte de capital tem um espaço enorme e com bastante interesse no Brasil, principalmente neste momento econômico”, explica.

Setin dá continuidade ao painel falando que “o problema não está em funding ou outra forma de negócio. Está em uma taxa de juros decente e um governo sério. Não tenho certeza do futuro e é difícil trabalhar com esta incerteza. Aqui não se respeita contrato. Enquanto nós, empresários, não interferirmos nas autoridades e não fazer valer aquilo que a gente combina, como vamos contar com fundo? Precisamos de planejamento”.

O empresário afirmou ainda que tem sido difícil vender, ao ‘competir com uma taxa Celic de 14%’. “Quem compra nosso produto é o pequeno investidor, e isso é prejudicial para o negócio. Mas acredito que isso ainda possa melhorar”, finaliza.

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