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Demandas e ofertas são temas abordados na 8ª edição ADIT Share

Direto de Gramado (RS) – Caminhando para o final do primeiro dia da 8ª edição ADIT Share, o tema debatido neste painel foi a Sustentabilidade e levantou a questão: como os destinos brasileiros devem se preparar para atender às demandas provocadas pelo excesso de oferta? Quais as lições de Cancun? Os participantes foram Caio Calfat, Presidente da ADIT Brasil, Eliana Jones, Director of Marketing & Business Development do Grupo Xcaret, Esteban Arce, SR Director Business Development South America e Daniel Caporale, Sócio Diretor da SG Urbanismo Inteligente.

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Caio Calfat, foi o moderador deste painel. “Estão saindo multipropriedade em todo País. Em destinos muitas vezes desconhecidos e estão surgindo por causa da multipropriedade. Ela tem o poder de construir um destino, mas também pode destruir um se não for bem planejado”.

Como manter um destino sustentável?

Daniel Caporale, Sócio Diretor da SG Urbanismo Inteligente, comentou sobre o desenvolvimento sustentável das regiões. ”É um tema que forma Gramado e que muda um pouco a regra do jogo. A primeira coisa que é importante entender é a globalização, o hiperconsumo de objetivos, serviços e turismo. De alguma maneira está na contramão das identidades locais. Então a primeira coisa a se fazer é fortalecer sua identidade, trabalhar sua vocação de território, que é o que fizemos aqui em Gramado. A partir daí, trabalhar cada questão particular, e nesse caso podemos falar da multipropriedade. Nós acreditamos que o turismo massivo está chegando ao fim, e está chegando o turismo de outra qualidade, de valor seletivo, então os empreendimentos turísticos precisam estar atentos. Outra questão é que estamos falando de uma situação que precisa de respostas técnicas e comerciais ou de uma nova ética? Eu pergunto a todos: o modelo da multipropriedade tem uma ética responsável com os territórios? ”, questionou.

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Esteban Arce, SR Director Business Development South America (Foto: Divulgação)

Eliana Jones, Director of Marketing & Business Development do Grupo Xcaret, participando de forma virtual direto do México, comentou que. “O México traz belezas naturais, tradições que são contagiosas. Outra coisa importante, podemos cuidar do mundo com consciência, temos nossas próprias plantas, e muitos outros esforços para recursos naturais como energia solar, mas o mais importante é compartir o amor que tem pela sua terra e pelo seu destino turístico”, comenta.

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Esteban Arce, SR Director Business Development South America, opinou que. “Nossos turistas (Cancún), muitos chegam de navio, de carro, e falando do tamanho do Mercado, temos mais ou menos mil hotéis na região de Cancún e 100 mil quartos. Com isso, a ocupação é de 84%. Em 1980 tinham apenas 34 mil moradores, é menor do que qualquer outro bairro do Brasil. Outra coisa que gostaria de falar é que eles têm feito algumas coisas boas. A primeira coisa é a diversificação o mercado. Cancún tem experiências especiais, turismo histórico, mergulhar, balada, ou seja, diversificado. Mas cada vez mais trabalham para experiências memoráveis, como por exemplo para as crianças, entretenimento. Eu acho que o mercado mexicano está fazendo um grande trabalho nesse aspecto. A cultura de serviços, como a Eliana falou, os mexicanos são muito amáveis, mas mesmo assim precisam de muita preparação para atendimento dos clientes. E o que mais vejo é são as empresas se preparando para atendimento e também para áreas operativas como manutenção e cozinha”, aponta.

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Cancún, uma cidade mexicana situada na Península de Iucatã, na costa do Mar do Caribe, é conhecida por suas praias, seus vários resorts e sua vida noturna (Foto: Mariamichelle/ Pixabay)

Retomada do Turismo

Daniel Caporale foi questionado pelo público sobre a retomada do turismo. “Nós colocamos essa questão de novo cenário porque estamos na porta deste novo cenário. Não é que vai mudar de um dia para o outro, mas estamos caminhando para isso. Nesse sentido, as cidades e territórios precisam pensar de outra forma, ter planejamento de território. Não só em questão de serviço, mas manter cidades de qualidade para seus próprios habitantes, não vão conseguir ser para os turistas. O essencial é que temos destinos para viver bem. Quando isso acontece, o turista vai ter uma experiência de qualidade”, observa.

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Segunda habitação

Caio Calfat levantou a questão e reforçou a importância do proprietário de uma segunda casa. “O proprietário de uma segunda habitação, ele tem raízes na região. Quem se hóspeda num hotel, está de passagem por ali, mas quem é proprietário de uma segunda habitação seja inteira ou fracionada, ele é um morador da região, então ele tem gastos de turistas, ele consome praticamente quase tudo que um turismo consome, como transporte, lojas, presentes, restaurantes, pontos turísticos, e além disso ele consome como morador, vai ao mercado, farmácia, ele gera emprego, ele paga imposto, ele gera economia o ano todo. Aquele destino se não fosse a segunda habitação, talvez não tivesse a mesma história, exatamente pela sustentabilidade econômica. Enfim, é uma reflexão que eu venho há 20 anos tentando desenvolver junto as autoridades do País. A multipropriedade desempenha um papel até mais importante, ela proporciona saúde ao destino”, finaliza.

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