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Da ameaça, a reação

Artigo de Rhaxwell Santos*

Estamos em meio às maiores transformações mundiais vividas neste século, e talvez em toda a história, salvo as guerras (falando apenas das realmente bélicas) onde, sem entrar no mérito do que as motivaram, as mortes naquelas situações eram justificadas por uma “causa”, mas a atual pandemia nos coloca em um lugar comum. O mundo hoje, incrédulo, enterra seus mortos vitimados por um inimigo invisível, que não tem bandeira, religião ou cor. Aqui, lamento informar, ideologias não fazem a menor diferença.

É fato também que esse cenário traz consigo as consequências amargas e cruéis dos períodos mais hostis da humanidade. Viver a nova “normalidade” é um drama com dores e consequências bem pautadas, os abraços, os contatos, as relações já não são físicas e a interação com o mundo agora é prioritariamente cibernética. Home office, teletrabalho, vídeo-aula, compras on line, “lives” e visitas virtuais, tudo parte de uma realidade que nos foi antecipada. Hoje evitamos o símbolo máximo das relações humanas, que é o aperto de mão.

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Parafraseando Charles Darwin, quando disse: ”o vencedor não será o mais forte, o vencedor será o que melhor se adaptar”, entendemos que adaptação é a palavra-chave do momento e acrescentamos que os emocionalmente fortes terão alguma vantagem nesse processo. Levando em conta que para “sobreviver” à essa mudança teremos que nos adaptar rapidamente, acreditamos que a inteligência emocional será o caminho mais eficaz e importante, perante a real necessidade de desenvolver e construir novas habilidades.

O “exclusivismo” na entrega dos serviços tem sido uma cruel obrigatoriedade. Pessoas atendidas individualmente, lojas quase vazias, restaurantes com acesso restrito, museus, teatros e tudo mais com lugares minimamente marcados como se fossem áreas “VIP às avessas”, pois o falso privilégio não é sinal de prestígio, trata-se mais de medo do que de atenção. A impessoalidade quase anônima é regra básica (máscaras, álcool gel e don´t touch, please!).

Essas mudanças são tão impactantes que muitos modelos de negócios estão sendo redesenhados, alguns extintos e outros tantos criados, todos eles baseados na diminuição ou extinção da presença e do contato físico. Mas, como em toda regra existe a exceção, enquanto uns choram, outros vendem lenços.

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Como exemplo, citamos casos de empresas consolidadas (algumas com centenas de funcionários) que decidiram encerrar seus contratos de locação ou mesmo vender seus prédios, pois, diante da necessidade de continuar em atividade, se reinventaram digitalmente. Percebendo que o “business” ou o novo formato “on stay” é uma ousadia viável e os custos físicos já não fazem tanto sentido assim, justificam esse novo modelo. Porém, essa não é uma realidade para todos tipos de negócio, mas grande parte do mercado pode e deve se beneficiar desse momento. Para ilustrar, podemos entender que um hotel, mesmo não se enquadrando estruturalmente em 100% nesse conceito “on stay”, pode aplicar esse modelo em alguns dos seus setores, como áreas administrativas, comercial, financeiro etc, que podem muito bem funcionar remotamente.

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No entanto, esse fenômeno não pode apenas ser consolidado de forma natural, tranquila, usando o tempo como aliado, sem esforço ou dor. Nada acontece pela vontade sem ação, como uma chave que vira e faz a máquina funcionar. Planejamento, sensibilização e suporte ao grupo de gestores e colaboradores, acima de tudo muita estratégia envolvida e aplicada.

Assim, salientamos que os mais preparados quadros farão toda a diferença e podemos até asseverar que os negócios e o mercado dependem da performance destes. Não se trata de uma “nova onda” romanticamente idealizada, pois é a mais pura realidade. Mais do que nunca, entender o seu negócio será o desafio a ser batido, mas ter pessoas que conjuntamente “entendam de gente”, das pessoas envolvidas nesse processo, colaboradores, parceiros e clientes e que estejam capacitadas para dar continuidade a essas e outras mudanças que ainda virão, será fundamental.

Entender que a ameaça é real, mas que o nosso poder de reação será o que nos manterá no páreo.

*Rhaxwell Santos é CEO da Estrela do Sucesso, Fundador da Constellation Story , Developer em fundos de investimentos no Brasil e Portugal, Gestor, Hoteleiro, Professor universitário e formador de equipes vencedoras. rhaxwell@estreladosucesso.com

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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