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Confraria de novos chefs irá propor ações sociais em Monte Verde (MG)

O Distrito de Monte Verde, localizado no sul de Minas Gerais, além de ser conhecido pela sua exuberante natureza, desperta agora a paixão de turistas pela nova e criativa gastronomia. Mudança de público, foco também na família e pandemia trazem novos endereços e cardápios para o destino.

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Pode-se comer muito bem na grande maioria das cidades turísticas localizadas na Serra da Mantiqueira. Em cada pedacinho da região, cidades importantes oferecem boas iniciativas gastronômicas. E uma das regiões que mais cresceu em termos de hospedagem e de novos investimentos foi o famoso e romântico distrito de Monte Verde, que fica a 170 km da capital paulista e 350 km de Belo Horizonte.

O local começou a despontar para o turismo no início da década de 80 e, atualmente, conta com mais de 200 meios de hospedagem e aproximadamente 50 restaurantes, além de bom e diversificado comércio.

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O distrito, por muito tempo se especializou no atendimento de casais que visitavam as suas majestosas montanhas para desfrutar de hotéis e pousadas para um final de semana recheado de romantismo e regado por boas trutas, bons fondues e bons vinhos. Na última década, porém, começaram a surgir novos investimentos, como parques e atrações complementares, que iniciaram um processo de ampliação ao público alvo da cidade.

Foi inaugurada a Fazenda Radical – que tem várias atrações como falcoaria, tirolesa, passeios de quadriciclo e outros atrativos ligados a natureza. Tempos depois, surgiram mais dois entretenimentos: o Ice Bar – ou Bar do Gelo – e o Parque Oschin. O Ice Bar é um espaço tematizado que representa um bar onde tudo é construído com gelo: os cenários, o próprio bar, as bebidas, onde os turistas tiram fotos imitando uma visita as montanhas gélidas do ártico.

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Já o Parque Oschin oferece trilhas, rios, cascatas, pedras e acidentes geográficos fantásticos,  reunindo uma das mais respeitadas reservas de Araucárias da região. O local oferece também um restaurante, bar e brinquedos para as crianças num ambiente ecológico cercado de muita natureza. Além de lagos, animais e uma fauna e flora riquíssima.

Monte Verde tem ainda os passeios e trilhas pelas famosas pedras, realizadas por agências credenciadas, passeios a cavalo e até patinação no gelo. Com o advento da pandemia, o local começou a perceber uma mudança radical e constante no público alvo.

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Além, é claro, dos casais apaixonados, surgem cada vez mais visitantes diversificados, como grandes famílias, pessoas da maior idade e apaixonados por pets. O local estava acostumado a receber principalmente paulistanos e ultimamente começou a ver um incremento cada vez maior de turistas de Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Paraná, Goiás, e principalmente, das capitais do nordeste.

Esse incremento levou a uma mudança completa também no cardápio e na proposta gastronômica dos restaurantes locais.  Mesmo com a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, surgiram novos investimentos na área gastronômica da cidade.

Confraria de novos chefs irá propor ações sociais em Monte Verde (MG)
A proposta é criarem em conjunto encontros, festivais, debates e promover visitas com a imprensa especializada

Um dos exemplos foi da empresária Fernanda Martins, que deixou a região do Alto Tietê para inaugurar a Confeitaria do Divino. Chegou em Monte Verde há pouco mais de um ano e meio e consolidou-se na elaboração de doces diferenciados, onde a proposta inicial é de transformar o chocolate em algo mais surpreendente.  A chef é quase autodidata e fez vários cursos de aperfeiçoamento em confeitaria, tem 36 anos, e é paulista de Itaquaquecetuba.

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Outro destaque é a Piccolo Osteria, do chef Marcelo Cardoso Lopes. Ele tem apenas 25 anos e um curriculum de dar inveja. Nascido em Camanducaia, Marcelo fez gastronomia na Universidade Metodista, com pós-graduação de Cozinha Avançada no Senac/SP. Com apenas seis meses de funcionamento, a sua casa é especializada em massas artesanais, embutidos e molhos especiais. A maioria dos produtos são orgânicos e naturais.

O sul de Minas Gerais é quase uma mini Europa, onde se produz excelentes queijos, frutas e verduras frescas, leites e derivados puríssimos, além de embutidos de altíssima qualidade.  Marcelo apoia a agricultura local e seu restaurante tenta oferecer algo bastante autoral, com a assinatura mais autêntica da nova gastronomia regional, com um toque mais contemporâneo.

Já o alagoano Isaac Macena, o chef do Wine Not, talvez seja o mais antigo dos novos. A sua casa, com cerca de três anos de funcionamento, oferece o melhor da cozinha francesa, italiana e contemporânea. O profissional tem 38 anos de idade e já comandou importantes casas. Formado em padaria e confeitaria pelo Senac, fez gastronomia na Hotec – uma das mais tradicionais escolas de gastronomia localizada no bairro de Santa Cecília – SP. A Wine Not é também representante oficial dos vinhos Mistral para a região.

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Ele afirma que o atendimento é essencial para surpreender o cliente. “Nosso cardápio é bastante flexível e atualizado para a nova gama de turistas que a cidade vem recebendo”.

Outro que desembarcou em Monte Verde recentemente foi o chef Edu Cardoso, conhecido como o Alquimista. Tem formação em Engenharia de Produção e Gestão Financeira, além de ter feito gastronomia pelo Cordon Bleu, fez diversos cursos de extensão nas áreas de gastronomia e alimentos e bebidas. Foi responsável pela abertura de sete importantes endereços gastronômicos nas cidades de São Paulo.

Edu Cardoso foi ousado e levou para Monte Verde um conceito inovador, que privilegia a arte das cores, texturas, cortes e sabor dos pratos. A mágica de elaborar pratos autorais e a coragem de implantar no destino um cardápio contemporâneo, como polvos, risotos, e carnes nobres. Além disso, as sobremesas ganham leveza e um misto de exclusividade. O cardápio sempre tem novidades e nunca para de inovar.

Esses restaurantes apresentam uma enorme diversificação de aromas e sabores, características de cada região, com preços para todos os bolsos, e onde é possível degustar a comida, as entradas e a enorme variedade de saborosas sobremesas.

Essa nova geração de chefes vem se destacando e surpreendendo a região com sua criatividade, conhecimento e paixão pela arte de cozinhar. Os quatro chefs estão criando, a partir da troca de experiências, uma confraria de novos chefs.

A proposta é criarem em conjunto encontros, festivais, debates e promover visitas com a imprensa especializada, mostrando que Monte Verde tem um cardápio cada vez mais inovador, que não se limita a trutas e fondues.

Além disso, os executivos da nova gastronomia da cidade querem realizar ações sociais, efetuar compras coletivas; e pretendem oferecer cursos de formação para garçons, atendentes e comins, além de formar novos talentos, como cozinheiros e assistentes, sem depender da política.

Cardápios focados nas famílias, no público infantil, vegano e espaços pet friendly estão entre os novos focos de trabalho

Atualmente as 4 casas oferecem cardápios veganos e pratos kids e se preocupam também com receitas elaboradas de maneira natural, sem utilização de temperos industrializados.  O objetivo central é oferecer atendimento acolhedor, preço justo, e cozinhar o que verdadeiramente o identifica e expressa a sua evolução criativa.

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