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Cassino: Quem aposta?

A discussão sobre o tema da liberação dos cassinos não é nova, tampouco exclusiva do Brasil. Joga-se e aposta-se em todos os níveis de legalidade em praticamente todo o mundo

Artigo de Rhaxwell Santos*

A discussão sobre o tema da liberação dos cassinos não é nova, tampouco exclusiva do Brasil. Joga-se e aposta-se em todos os níveis de legalidade em praticamente todo o mundo. O que podemos perceber é que, quanto mais controle, profissionalismo e transparência se dá a esse negócio, mais retorno econômico-social ele pode proporcionar.

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Dos 20 países mais ricos do mundo, 18 tem cassinos regulamentados, que geram impostos milionários, alto valor agregado ao turismo e desenvolvimento em toda cadeia da hospitalidade, impactando de forma positiva e definitiva em vários outros segmentos, sem falar na farta oferta de empregos que essa atividade proporciona.

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No Brasil tem sido pauta de ampla discussão a regulamentação da liberação dos cassinos que, no primeiro momento, fala-se em investimentos na casa de R$ 50 bilhões, gerando mais de 300 mil empregos em todo o país, trazendo anualmente cerca de R$ 20 bilhões, só em arrecadação tributária. Mas essa temática não é nova. Para falar a verdade, existe desde a época do Império, quando foram instituídos e liberados, para serem proibidos pela primeira vez na República, em 1917, e novamente legalizados em 1934 por Getúlio Vargas, período áureo que teve duração até 1946, sendo novamente proibido pelo então presidente General Eurico Gaspar que, reza a lenda, decidiu atender um capricho de cunho religioso de sua esposa. Essa decisão gerou imediatamente o desemprego de aproximadamente 40 mil trabalhadores. O impacto no turismo foi brutal e a economia dos setores “transversais” foi abalada muito fortemente, ou seja, a economia sentiu seus reflexos e a sociedade seu impacto. Verdadeiramente – e desde aquela época – quem menos “sofre” com essa proibição são os “apostadores” que, em grande parte, tem poder aquisitivo alto e podem “fazer turismo” em outros pontos do mundo, propícios a atender suas expectativas e interesses.

Cassino: Quem aposta?
Dos 20 países mais ricos do mundo, 18 tem cassinos regulamentados – Foto: divulgação

Analisando pela ótica do mercado de trabalho, o negócio dos cassinos é gigantesco, considerando a demanda por profissionais de todos os níveis hierárquicos para atender um mercado que “não dorme”. Em Las Vegas, nos Estados Unidos, os principais resorts tem facilmente 5.000 quartos e, quem é da área sabe, o contingente necessário para manter um empreendimento dessa magnitude funcionando 24 horas por dia, são colaboradores aos milhares. Literalmente, uma fábrica de postos de trabalho, que se exige muito e paga-se bem.

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Na Europa, a realidade não é diferente. Os países que tem cassinos agregam, além do fluxo turístico convencional, uma gama de clientes que busca o luxo e estão dispostos a pagar por isso. Em Portugal, onde também atuamos, tivemos a oportunidade de redesenhar a operação de um restaurante, visando melhoria da performance. Esse empreendimento faz parte de um grupo parceiro que atua nesse segmento e, embora localizado em uma cidade relativamente pequena, impressiona pelo impacto sócio econômico positivo em toda aquela região. Com essa experiência, podemos afirmar que esse negócio representa uma enorme fatia no contexto local, sendo responsável por impulsionar as demais.

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Ao redor do mundo os cassinos movimentam milhões de turistas, de vários nichos e segmentos sociais. Consequentemente, milhares de dólares seguem esse fluxo. O impacto da “indústria do entretenimento” traz em seu escopo bem mais que hotéis, resorts e restaurantes. Alinhados a eles, imediatamente seguem outros negócios, como o show business, locadoras de carros, agências de viagens e lojas de suvenires, sem contar aqueles que são impulsionados paralelamente: dos shopping centers ao mercado imobiliário, das gráficas aos campos de golfe. Assim, afirmamos que o “jogo” propriamente dito chega a ser um detalhe nesse mercado. Convenções, shows e exposições atraem a esses destinos tanto ou mais que os “dados”.

*Rhaxwell Santos é CEO da Estrela do Sucesso, Developer em fundos de investimentos no Brasil e Portugal, Hoteleiro, Professor universitário e formador de equipes vencedoras. Contato – E-mail rhaxwell@estreladosucesso.com

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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