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Booking.com é acusada de abuso de poder econômico

A hotelaria carioca negocia a redução temporária dos comissionamentos praticados pelas OTAs – agências de viagens online. Conversas e reuniões foram realizadas com os principais players do mercado, incluindo Expedia, Hotel Urbano e Decolar.com, que foram sensíveis ao cenário e negociam melhores taxas para a retomada. A relação colaborativa, porém, não é consenso. “Uma das maiores OTAs, a Booking.com, tem se recusado a dialogar, levando a hotelaria a questionar se a postura não caracterizaria abuso de poder econômico”, diz um comunicado da Hotéis Rio. O tema tem sido discutido incansavelmente nos encontros comerciais da hotelaria carioca e foi encaminhado para parecer da assessoria jurídica da entidade.

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O Presidente do Fórum Comercial do sindicato, José Domingo Bouzon, defende que não há alternativa para a preservação dos milhares de empregos em risco em período de ocupação perto de zero, senão o corte de custos. “Estamos preparando campanhas promocionais e uma ampla divulgação do destino para mostrar que o Rio está preparado para a retomada, e quando esta demanda mostrar os primeiros sinais de aquecimento, vamos precisar contar com o entendimento destes parceiros de que as taxas exorbitantes, até então praticadas, não se aplicam no novo cenário”, conta Bouzon.

O Presidente do Hotéis Rio, Alfredo Lopes, lembra que para alguns hotéis, como os de pequeno porte, as OTAs são os principais canais de reservas, se não os únicos, o que fez com que muitos desses hotéis enxugassem as equipes. “Se o cenário está posto e os atuantes no setor não trabalham em consonância, ficamos reféns dos grandes players?”, questiona Lopes.

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O Vice-Presidente do Hotéis Rio, Ronnie Arosa, comenta que “neste momento, é importante que o consumidor final tenha um entendimento claro sobre o papel que uma OTA possui, o custo que os hotéis pagam por cada reserva, e como eles poderiam ajudar na manutenção desses empregos de milhares de famílias que dependem do turismo. Neste momento, a união do setor é tão necessária, não entendemos porque algumas empresas se comportam desta forma, totalmente na contramão”.

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Claudio Schapochnik

Cláudio Schapochnik - Repórter

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