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As necessidades da hotelaria brasileira

Artigo de Mario Cezar Nogales*

A administração de empresas tem, em seus pilares fundamentais, que o sucesso de qualquer empreendimento retrata muito trabalho e esforço e por isto mesmo a máxima “O segredo do sucesso é 90% de suor, 9% de planejamento e 1% de oportunidade” retrata tão bem os grandes empreendimentos e empreendedores. Ipso Facto é de que os grandes aqui mencionados não retratam quantidade, mas sim a qualidade dos meios de hospedagens e seus administradores e por este motivo é de que, em muitos casos, encontramos pequenos hotéis ou pousadas em alto grau de excelência os quais nunca perdem qualidade assim como tampouco sua rentabilidade independente de crises ou de bonanças.

Notícias de grandes investimentos e investidores que estão se apresentando no Brasil com novos empreendimentos hoteleiros, assim como excelentes marcas vem paulatinamente sendo inaugurados em terras tupiniquins e sempre é certo que no momento da implantação os ideais e costumes de marcas e anseios dos hoteleiros de ter empreendimentos com alto grau de qualidade com o tempo acabam por nivelando-se por baixo, um dos motivos disto é de que a tecnologia administrativa brasileira prefere muito mais buscar custos baixos através de insumos de baixa qualidade e/ou através de procedimentos arcaicos do que investir em qualidade atrelando seus serviços à tecnologia de ponta o que acaba não economizando em nada e aumentando seu custo. Um método que pode exemplificar muito bem a falta de tecnologia é o fato de que grande parte dos procedimentos de limpeza sequer adotam os métodos e equipamentos que, mesmo sendo do século XIX ainda assim são mais eficazes (como o esfregão com balde espremedor) que, por uma questão de “custo” e falta de treinamento, acabam sendo relevados à segundo plano ficando o método de espremer panos sujos com as mãos o padrão de “higiene”. Sendo assim, só por conta de um método tão simples que “custa mais barato” (quando de fato é mais caro) já dá para entender todos os demais procedimentos que são adotados.

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O outro lado que interfere, e muito, nas questões de turismo e hotelaria são as ações governamentais, todos sabemos que vivemos em um país inseguro, sem estrutura e sem logística o que faz do turismo interno uma mina de ouro já que o turista estrangeiro, muitas vezes, prefere outros destinos como Argentina ou Chile que tem estas questões melhores, afinal de contas, hoje é mais seguro ir a Faluja que vir ao Brasil.

O que fazer então para que o turismo no Brasil cresça de forma sustentável de forma que não exista uma “bolha” de empreendimentos sem que haja turistas na contrapartida?

Investir em Tecnologia

Não é apenas investir em equipamentos modernos ou novos softwares, o que se faz realmente necessário é investir em tecnologia de procedimentos em todos os âmbitos desde uma simples varrição, até o uso correto de inteligência na gestão dos hotéis.

Investir em Segurança

Não basta que apenas um ou outro hotel tenha uma equipe de segurança para que seus hóspedes se sintam seguros no empreendimento, devemos realizar alianças e lobbies para que os governos municipais, estaduais e federais melhorem a segurança das cidades em geral, vejam o exemplo da cidade de Nova Iorque nos Estados Unidos, na década de 80 era a cidade mais violenta do planeta e veja como é vista esta cidade hoje.

Investir em infraestrutura

Da mesma maneira que em segurança, a união fará a força. Todos sabemos que os custos de frete e transporte são caríssimos num pais de território continental e mesmo no Estado de São Paulo as estradas estão lotadas e meios como os fluviais e os ferroviários estão para lá de sucateados. Com uma infraestrutura mais eficiente com certeza teríamos melhores custos com produtos de qualidade.

Redução da Carga Tributária

Vivemos em um país com uma carga tributária aos moldes da Holanda e com serviços prestados aos moldes da Bolívia e isto até hoje só serviu para alimentar ladrões e corruptos, precisamos dar um basta no efeito cascata tributário, aliás, nunca mais se discutiu o imposto único.

Enquanto isto não acontece

Aplique em conhecimento, desde os pequenos processos e vá até sua própria gestão, com certeza você encontrará métodos que, não só lhe fará se tornar mais eficiente e eficaz como também o fará ter custos mais competitivos, não é apenas com o RevPAR que você deve se preocupar, mas sim com o foco do que é um meio de hospedagem e seu GOPPAR.

*Mario Cezar Nogales é Consultor Especializado em Hotelaria e autor de 7 obras especificas para hotéis, acesse www.snhotelaria.com.br.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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