Opinião

As estrelas voltam a brilhar na hotelaria brasileira

Enrico Fermi Torquato*

 

O Brasil irá sediar grandes eventos internacionais e para realizá-los com competência, em vários estados do país, os governos federal, estadual e municipal, em parceria com a iniciativa privada, vêm se preparando e investindo em diferentes áreas. Na hotelaria, um dos setores mais impactados pela realização dos eventos, não poderia ser diferente e grandes investimentos estão sendo feitos.
Entre as medidas mais importantes tomadas no setor, podemos destacar a implantação da nova classificação hoteleira. Essa ação há muito tempo pendente, foi uma demanda proporcionada pela proximidade desses grandes eventos que o país irá sediar, quando serão vendidos pacotes turísticos para o mundo inteiro. Com a padronização e classificação dos meios de hospedagem, definidos a partir de critérios internacionais, a comercialização com as agências internacionais ficou mais transparente e o relacionamento bastante facilitado.
Devemos encarar esse momento como uma grande oportunidade para que os meios de hospedagem nacionais estabeleçam um padrão formal para suas instalações e serviços, a partir de referências internacionais de avaliação. O setor de hotelaria, com essa padronização, estabeleceu um novo marco, no que se refere à qualidade e organização dos serviços de hospedagem no País.
Cabe ressaltar ainda, a maneira positiva com que foi conduzido o processo, envolvendo todas as organizações participantes, com debates e discussões técnicas e a contribuição de estudiosos e interessados no assunto. A matriz de classificação hoteleira foi resultado de um trabalho conjunto de várias entidades do setor da hotelaria e, por isso, tem hoje ampla aceitação da maioria dos empresários do setor.
A matriz de classificação – e seus sete critérios – tentou abranger todos os tipos de meios de hospedagem. Mesmo assim, aqueles que não quiserem se classificar, não sofrerão nenhum tipo de sanção a não ser poder ostentar as famosas estrelas que tanto ajudam na busca de novos mercados. Julgo importante salientar que esses estabelecimentos não estão, de forma alguma, fora do mercado, uma vez eu hoje existem inúmeras formas de aferir a qualidade de um hotel.
É preciso destacar também, além dos eventos, que sem dúvida têm enorme importância para o país, somos hoje uma nação em crescimento, com uma economia forte e elevados níveis de investimento e poupança crescente. Por isso, foram importantes e oportunas as iniciativas de estabelecer critérios claros para os meios de hospedagem; pois dessa maneira entraremos firmemente na lista dos principais destinos do turismo internacional.
Essa preparação estratégica, percebida em vários setores da economia nacional, não tem só como objetivo atender à demanda trazida pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas, mas atrair a demanda que, certamente, poderemos conquistar em decorrência da conjunção de uma série de fatores e investimentos. No caso do setor hoteleiro, tudo indica que as ações devem ter continuidade, de forma sustentável e equilibrada, para que os potenciais ganhos trazidos pelo bom momento se perpetuem e transformem num marco de qualidade para o setor.

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