Opinião

Artigo: Revenue Management e suas influências na RENTABILIDADE, não no faturamento

* Rui Ventura

É muito mais importante conhecer o porquê do que o como.

Em virtude das constantes postagens sobre Revenue Management (gestão de receita) e os comentários por elas originados, resolvi que estava na hora de aproveitar a oportunidade e trazer o assunto à tona principalmente até por respeito às pessoas que já adquiriram nossa apostila sobre o assunto, assim vamos ampliar um pouco os pensamentos sobre todo o sistema. Além de que, embora atualmente em Curitiba, tive oportunidade de ser contatado por hoteleiros do País inteiro talvez graças até às publicações que a “Revista Hotéis” tem feito de alguns de meus artigos sobre o assunto.

Esta seqüência de procedimentos tem me dado a entender o cada vez mais crescente interesse pelo RM. Filosofia de Gestão, altamente profissionalizante e com uma infinidade de possibilidades ainda não totalmente exploradas na maioria dos casos por falta de conhecimento, que é a nossa Gestão de Receitas ou (RM).

Eu realmente não só acredito como disso tenho experiência, que a Gestão de Receitas (RM) pode beneficiar hotéis de qualquer tamanho, desde o menor e porque não a pousada familiar, ao enorme 5 estrelas com milhares de UH e toda a gama de serviço que lhe é inerente, em qualquer lugar do Mundo e disto não tenho a menor dúvida. Pois trata-se não só de um estado de espírito, mas uma técnica baseada nas ciências exatas. E sim, como exatas, vamos dominá-la já que ela não falha quem falha somos nós e na maioria das vezes por falta de informação e ou boa prática.

A importância de conhecer “Por que”.

Há alguns anos, um de meus mentores e até acredito que mais que um não quero ser injusto disse-me que o saber o “por que” (o entendimento) alguma coisa se faz é muito mais importante do que saber “como” é feito.

Quando sabemos o “por que” dá às pessoas a capacidade de resolver futuros problemas e inovar nas soluções, nos dá a criatividade necessária para criarmos as soluções já que, como gestores, quem nos traga problemas não nos falta. Os que se satisfazem com o simples “como” estão fadados a parar frente a uma dificuldade que apenas se apresentou por um prisma diferente. Então procure sempre que possível os “por quês”.

Os Anos e altas taxas de Ocupação:

Para entender porque a indústria hoteleira Nacional inicia agora o entendimento sobre gestão de receitas, precisamos voltar aos bons tempos, e entender porque um sistema de gestão de receitas não só pode como VAI AJUDAR.

Já se foi o tempo em que a indústria hoteleira era composta de grandes hotéis bem localizados e de empreendimentos menores em periferias de cidades ou ainda que nelas não tivessem a facilidade de concorrer com os Grandes, no meu caso eu tenho que dizer: achavam que não tinham. Não tardou muito que aparecessem novos empreendimentos e até grandes redes trazendo o seu now how e os franchising.

Aconteceu então essa expansão e os “hoteleiros” pouco acostumados com a concorrência à altura passaram a sentir diretamente nos resultados o “bum” hoteleiro do momento, já que ao usuário foram dadas muitas outras opções entre qualidade e preço, levando assim a uma queda rápida nas taxas de ocupação.

Os hotéis, e seus dirigentes viram-se na necessidade de fazer algo, fazer o algo mais e como eu já disse outras vezes partiram para o que parecia se a receita certa. (MAS NÃO É) a diminuição drástica de tarifas, trata-se da conhecida “lei do menor esforço” e não de um ato administrativo positivo.

Com uma maior opção de leitos, era de se esperar que a taxa de ocupação fosse sentir esse efeito, e como reduzir preços não é de forma nenhuma um ato administrativo positivo isso logo foi entendido pelos empresários. Só que, muitos deles nem sequer entendiam o “por que”, já que quando reduzimos preços a taxa de ocupação deveria subir proporcionalmente, o que em regra não acontece. Então temos a diminuição não só de faturamento, mas principalmente, e nisto é que mora o perigo, de rentabilidade.

Nos meses em que os empresários cometeram o “pecado capital” de reduzir enormemente suas tarifas os que tiveram sorte e conseguiram vender um pouco mais de UH com estas novas tarifas, conseguiam na melhor das hipóteses empatar em receitas o que eles não tinham ainda entendido é que esta receita igual ou quase igual à anterior tinha um menor rendimento, ás vezes muito menor. Se precisar eu explico o porquê.

No entanto, é meu dever deixar claro que apenas em casos extraordinariamente excepcionais a redução de tarifas, não é muito desastrosa porque mesmo nos casos em que aparentemente a baixa de tarifa foi compensada pelo aumento de ocupação, no resultado final há com certeza uma drástica redução nos lucros.

Faz-se necessário então Gerenciar estoques e receitas de preferência os dois. Temos então aqui o uso de duas ferramentas que, quando conjugadas são a chave do sucesso incontestável. O Revenue Management (gerenciamento de receitas) é extraordinário se o conjugarmos com o Yield, torna-se um conjunto imbatível administrativamente falando.

Este processo vai criar lucro com um “tripé”: Yield (gerenciamento de stocks, E Revenue Management (Gerenciamento Receitas) Tarifas e Receitas.) 

Vamos sair na Frente e realmente sermos especialistas nesta ferramenta. http://www.ruisventura.blogspot.com/p/impostometro.html


*Rui Silveira C. Ventura é Administrador hoteleiro, atuando em consultoria plena e muito forte em Revenue Management – Contato: rui@ruiventura.com.br

 

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