Opinião

A hotelaria, os eventos, a ocupação e o room tax

Por Toni Sando*


 O SPCVB – São Paulo Convention & Visitors Bureau, com um intenso e permanente trabalho, identifica mais de dois mil eventos por ano no site www.visitesaopaulo.com.br , apoia e capta mais de 300 eventos ao ano, capacita profissionais ligados ao turismo, além de disseminar a divulgação do destino São Paulo. Outras associações setoriais seguem a mesma trilha, muitas vezes em parceria com a entidade, investindo em ações para dinamizar este setor tão estratégico para a economia nacional.

Resultado: impulso à ocupação hoteleira, aumento dos espaços de eventos e a economia da cidade mais vigorosa. E o principal, todos ganham motivos para comemorar. Mas de onde vêm os recursos para viabilizar essas iniciativas? É aí que entram os gestores de viagens, agencias corporativas, organizadores de eventos e hoteleiros,  como personagens essenciais.

O room tax representa grande parte da receita destinada aos convention bureaux. A contribuição facultativa aplicada aos hóspedes de hotéis respalda financeiramente ações dos convention bureaux brasileiros. Com mais divulgação, a própria infraestrutura turística das cidades é beneficiada. E quem ganha são bares, restaurantes, espaços de entretenimento e os próprios hotéis, que figuram entre os 52 segmentos favorecidos direta ou indiretamente pelo turismo.

Com o room tax, produzimos mais materiais de divulgação do destino, entre CDs, vídeos, displays,  panfletos, cupons de dicas e descontos. Participamos dos  principais eventos do país, adquirimos mais ferramentas para captar mais eventos e ainda treinamos profissionais para atender melhor aos visitantes. Isto significa gerar mais conforto ao visitante, que pode aproveitar melhor sua estada.

Neste contexto, o papel dos profissionais envolvidos, desde a inclusão no orçamento até o  pagamento e o repasse desta contribuição  é primordial. São eles os responsáveis por estimular seus clientes a deixar esta retribuição (não é uma cobrança). Da próxima vez em que estiver em São Paulo, o visitante encontrará uma cidade ainda mais estruturada, revertendo em resultados imediatos para a própria hotelaria. E certamente, ele voltará mais e mais vezes.

Com esta mobilização, quem chega a uma cidade pode usufruir infraestrutura de qualidade, curtir inúmeras opções gastronômicas, culturais e de serviços, e ainda receber uma série de informações. E quando os gestores de viagem, as agências de viagem, os próprios hoteleiros, os organizadores de eventos e todos os demais players do mercado se unem para incentivar os clientes, os benefícios são revertidos para todos.

Quando a sociedade civil organizada,  mantém uma entidade para promover o destino, demonstra ter um mercado maduro e seguro, que pode funcionar sem depender exclusivamente dos recursos públicos. Nunca devemos nos acomodar. A cadeia produtiva do turismo em São Paulo, em seus destinos parceiros e em todo o país, só tem a perder quando por algum motivo, não inclui o  room tax nas propostas e/ou  no Check out.  Mas se lutarmos juntos e convencidos de sua importância, vamos atrair mais visitantes, mais eventos e mais recursos. Não custa nada.

  

* Toni Sando é Diretor-superintendente do

SPCVB – São Paulo Convention & Visitors Bureau

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