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A hora é agora!

Artigo de Rhaxwell Santos*

O tão esperado ano de 2020 ficará marcado na história como divisor de águas. A pandemia que assola o mundo traz consigo a necessidade de usarmos outro prisma para entendermos a vida, nossos semelhantes e o rumo que a civilização irá tomar.

Deparamo-nos com o maior dos pesadelos, a “incerteza”, somada a ela o medo da perda. Nenhum de nós está imune às mudanças que essa pandemia traz. Quem pensar que passará por isso impune, sem sentir na pele a dor da transformação, quem acreditar que seus valores não precisarão ser revistos, dilemas repensados, conceitos revisitados e modelos de negócios redesenhados, está completamente enganado e talvez faça parte da segunda onda, não menos letal, de vítimas do famigerado COVID-19.

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Não se trata de um problema isolado: o mundo, chocado, sangra perplexo. Cada um de nós, seja em que quadrante geográfico viver, está acuado, isolado e isolando. Nunca o outro foi tão determinante em nossas vidas. Estamos aquartelados, sem a certeza de quanto tempo será necessário para nos protegermos e evitarmos que os “nossos” corram perigo. Apertos de mãos já não são bem-vindos, contatos pessoais devem ser evitados e o tão falado “distanciamento social” deve ser mantido a todo custo. Viver já não é seguro.

Enquanto isso, as nossas responsabilidades não esperam, e mais, as necessidades básicas gritam. Para uns, pode ser que o simples fato de não poder ir ao restaurante da moda seja o que mais afeta, mas a realidade da grande maioria das pessoas é bem outra: a incerteza de que terá o almoço de amanhã para sua família desola e talvez mate mais rápido que o próprio vírus.

Negócios parados, empresas em risco, bolsas em queda, câmbio nas alturas, empregos ameaçados, uma minoria tem reserva econômica que possa garantir uma quarentena total e tranquila. A situação é crítica e se faz necessário dar as mãos, olhar para o outro e enxergar ali “alguém”. Quem é empregado não sabe se se mantem; quem trabalha na informalidade corre esse risco dobrado, mas também o empresário com a possibilidade de não conseguir se manter precisa ser desonerado pelo governo e apoiado para não quebrar a cadeia econômico- social, que pode vir a ser o estopim para a “desobediência civil”. Os governos têm que desempenhar seu papel de provedor, criar linhas de crédito e repensar os custos das obrigações sociais e fiscais do empregador, sem falar nas políticas de assistência social e, acima de tudo, é a hora de criar ferramentas que viabilizem liquidez na sociedade, no mercado e na economia.

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Criar medidas a fim de garantir o emprego, dar condições ecológicas de manutenção do mercado informal, manter o sistema financeiro saudável viabilizando empréstimos e subsídios, são ações fundamentais e diminuirão os impactos econômicos. O governo tem sim que fazer seu papel, mas o que emerge são necessidades básicas do dia-a-dia daquele que não tem outra opção, a não ser acreditar. A comida no prato é a medida da saúde mental e empresta o mínimo de dignidade ao indivíduo e suas famílias.

Nesse momento pouco importa seu discurso, suas tendências, estatísticas, previsões, seu posicionamento político, religião ou time de futebol. Para quem tem fome, pouco interessa a cor do feijão ou quem tem razão – até porque para a razão não faltar é preciso se alimentar. A hora agora é de somar, se engajar, resolver. Hora de fazer.

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Tem surgido vários movimentos de apoio e solidariedade aos necessitados em decorrência da “paralisação” do mercado e, consequentemente, da economia. Dar um pouco a quem não tem nada, nesse momento crucial, é fundamental. Podemos nos juntar a esses movimentos e/ou agir individualmente, o importante é cada um fazer alguma coisa em prol de quem mais precisa.

A hora agora é de a mão estender ao próximo e dar o que se tem no coração. A mudança esperada é a crescente solidariedade, afinal o problema é de todos e também de cada um. Se você mudar agora, com a mudança do mundo, tudo terá valido a pena.

*Rhaxwell Santos é CEO da Estrela do Sucesso, Developer em fundos de investimentos no Brasil e Portugal, Hoteleiro, Professor universitário e formador de equipes vencedoras. rhaxwell@estreladosucesso.com

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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