Artigo de Sérgio Ney Padilha Garcia*
Na década de 50 do século passado, a Petrobras perfurou poços em Olímpia procurando petróleo, mas só achou águas quentes. Mais tarde, já na década de 80, a Paulipetro insistiu na prospecção e novamente encontrou água aquecida. Mas um grupo de empresários da cidade viu oportunidade de negócio na falta de sorte da cruzada petrolífera e logo abriu um parque aquático, o Thermas dos Laranjais. Aos poucos, passou a atrair moradores de toda a região e, assim, nasceu o destino turístico de Olímpia. Gradativamente, surgiram hotéis e resorts, como o Hot Beach Resort e o Celebration Resort Olímpia, o segundo parque aquático da cidade, o Hot Beach Olímpia, e outros atrativos. E a cidade, que hoje tem 55 mil habitantes, viu o número de turistas aumentar ano a ano, passando de 3 milhões de visitantes em 2019. A Estância Turística de Olímpia se transformou na queridinha das famílias que buscam diversão em águas quentes, disputando mercado com tradicionais destinos brasileiros.
É um feito a ser comemorado neste 8 de Maio, Dia Nacional do Turismo. Olímpia, que saltou de 9 mil leitos de hospedagem em 2016 para 26 mil leitos em 2019, já recebe cerca de 10% dos 20 milhões turistas que visitam o Estado de São Paulo e a expectativa é aumentar esta cifra. O turismo é um dos setores econômicos mais pujantes, dinâmicos e relevantes atualmente. Dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) evidenciam que o turismo é um dos principais motores do desenvolvimento econômico contemporâneo dos países.
Em 2019, o PIB do turismo paulista atingiu mais de R$ 222,3 bilhões, de acordo com dados do CIET – Centro de Inteligência da Economia do Turismo, vinculado à Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo. O turismo paulista cresceu, em 2019, 5,3%, mais do que o dobro do País. Só o setor parques brasileiro, já em 2019, recebia 30 milhões de visitantes e movimentava mais de R$ 3 bilhões na economia por ano. Olímpia tem dois parques aquáticos – Hot Beach Olímpia e Thermas dos Laranjais – e um temático – Vale dos Dinossauros. Com o título de capital nacional do folclore, sedia, anualmente, o principal festival do gênero do Brasil, com apresentações de grupos parafolclóricos de todas as regiões do País. O turismo já responde por 55% da economia de Olímpia, gerando empregos e riquezas.
A indústria do turismo como um todo foi bastante prejudicada em 2020 e neste ano por causa da pandemia, mas o horizonte é animador: pesquisa da Associação Brasileira de Operadoras de Turismo (Braztoa) releva que, em 2020, nada menos do que 96% dos brasileiros que decidiram viajar buscaram um destino dentro do próprio país. E a perspectiva é que esse comportamento persista. É um redescobrimento do Brasil! Sem precisar de aéreo, para quem mora no Estado de São Paulo, sul de Minas Gerais, norte do Paraná e leste do Mato Grosso do Sul, Olímpia é opção vantajosa sem a necessidade de dólar, que está caro, nem visto para viajar. A indústria do turismo em Olímpia segue aquecida, com projetos como Museu de Cera, Centro de Convenções e até um aeroporto. É o destino ampliando seu leque de atrativos! Olímpia, que carinhosamente é chamada de “Orlandinho caipira”, tem tudo para atrair nova fatia de turistas, inclusive entre os que costumavam viajar para os Estados Unidos em férias para diversão em parques aquáticos e temáticos.
*Sérgio Ney Padilha Garcia, CEO do Hot Beach Parque & Resorts
