Aconteceu

52º CONOTEL supera expectativas

Na avaliação da ABIH Nacional, este foi o melhor CONOTEL da história da entidade e reuniu representantes de 23 estados e recorde no número de inscrições

Entre os dias 17, 18 e 19 de agosto, o Centro de Convenções Sul América, na cidade do Rio de Janeiro foi palco do 52º  CONOTEL — Congresso Nacional de Hotéis que superou todas as expectativas ao receber o número recorde de 1.038 inscrições durante os três dias, contra 700 inscrições em 2009 com representantes de 23 associados regionais. O Congresso teve como tema “O Brasil é a bola da vez”, com foco na “Sustentabilidade Negocial da Hotelaria Brasileira” e o assunto foi escolhido em função da movimentação do setor, aquecido pela realização da Copa do Mundo, em 2014, e pela Olimpíada de 2016.
Cerca de 500 profissionais da hotelaria e do trade em geral estiveram prestigiando a abertura do evento que demonstrou o prestígio que a ABIH Nacional — Associação Brasileira da Indústria de Hotéis possui e contou com uma presença maciça de autoridades políticas e da hotelaria nacional, entre elas estavam: Álvaro Bezerra de Mello, Presidente da ABIH Nacional, o Ministro do Turismo, Luiz Barretto, Alexandre Sampaio, Presidente da Federação Nacional de Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares, Rafael Guaspari, Presidente do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, Rubens Régis, Presidente da Resorts Brasil, Evandro Peçanha, Superintendente do SEBRAE/ RJ, Márcia Lins, Secretária de Turismo, Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro, Antônio Pedro, Secretário Municipal de Turismo do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, Prefeito da cidade do Rio de Janeiro, o senador fluminense, Francisco Dornelles, Otávio Leite, Deputado federal fluminense, entre outros.
Os discursos da solenidade de abertura tiveram muitos pontos em comuns, como o grande momento que a economia brasileira está vivendo que possibilitou o Brasil captar de forma inédita os dois eventos esportivos mais importantes do mundo. O potencial turístico que o país apresenta e os grandes investimentos estrangeiros que estão mudando o cenário turístico hoteleiro no Brasil também foram abordados. “Devemos estar atentos às estas oportunidades e, independente das iniciativas do setor público, nós da iniciativa privada temos que dar nossa contribuição para fazer bonito na Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016”, destacou Álvaro Bezerra de Mello em seu discurso.
Durante a solenidade de abertura do Conotel 2010, o Ministro Luiz Barretto foi homenageado pelo Presidente da ABIH Nacional, Álvaro Bezerra de Mello, com o título de Excelência da Hospitalidade. “Nos próximos anos, o mundo inteiro estará voltado para o País. Por isso, precisamos nos preparar e o Bem Receber Copa vai ao encontro dessa necessidade. É a nossa hora, não podemos perder essa chance e a hotelaria tem um grande desafio pela frente e um papel importante a ser desenvolvido. Temos 12% dos trabalhadores do turismo atuando na hotelaria, o que representa quase um milhão de pessoas”, afirmou Barretto.

Brasil é a bola da vez
Após a solenidade de abertura e o almoço, teve início a plenária dos debates e o primeiro foi “O Brasil é a bola da vez” que contou com a palestra de Carlos Langoni, Diretor do Centro de Economia Mundial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e como debatedores, Eliseu Barros, da ABIH-CE — Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do estado do Ceará, Eraldo Alves da Cruz, da CNC — Confederação Nacional do Comércio, Francisco Neto, do Rio Quente Resorts, e Roberto Rotter, Diretor do FOHB — Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil.  Nos debates ficou clara a preocupação em relação ao futuro da hotelaria e se o País está preparado para o crescimento projetado. Langoni ressaltou o bom momento econômico que o Brasil está vivendo, mas lembrou dos grandes desafios econômicos que terá que enfrentar para a realização da Copa 2014 e Olimpíadas 2016, como melhorar a mobilidade urbana das cidades sedes e a infraestrutura aeroportuária. A redução da carga tributária e a queda dos juros reais na economia do País para facilitar novos investimentos no setor hoteleiro foram enfatizados por Langoni, assim como a capacitação da mão-de-obra e a necessidade do Brasil ser um bom anfitrião dos eventos que estão por vir, pois o mundo inteiro estará de olho no País e isto poderá deixar um grande legado.
A sustentabilidade e certificação dos meios de hospedagens foi o tema de debate da segunda plenária que contou com a participação da proprietária das pousadas La Fogêt e Ville La Plage de Búzios, Beatriz Martins, de Dival Schmidt Filho, Superintendente do Sebrae/RJ, Marcos Borges do Inmetro que é Coordenador do programa brasileiro de etiquetagem do Inmetro. Segundo ele, muitas medidas foram criadas para a melhoria nos serviços prestados pelos empreendimentos hoteleiros no Brasil e os custos de implementação destas normas são bem baixas e se traduz no implemento da lucratividade. Beatriz Martins, revelou que encontrou certa dificuldade na implementação das regras e dos requisitos de sustentabilidade no seu negócio, sendo necessário contratar uma consultoria para adequação correta das normas. Hoje suas pousadas possuem uma redução no consumo de água e de energia, existe uma coleta seletiva de lixo e muitos desperdícios foram eliminados o que aumentou a rentabilidade e principalmente a satisfação dos clientes.
Neste dia, o Ministro Luis Barretto assinou em conjunto com o Superintendente da Área Industrial do BNDES — Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Júlio César Ramundo, os dois primeiros financiamentos da linha ProCopa Turismo que garantem R$ 157,6 milhões para a rede hoteleira do Rio de Janeiro. A reforma do Hotel Glória, do Grupo EBX, custará R$ 146 milhões. As obras incluem a restauração da fachada, com a recuperação do desenho original. O segundo contrato, de R$ 11,6 milhões, é destinado à construção do Ibis Copacabana, da Rede Accor. Ele terá 122 quartos, distribuídos em oito andares, e 5 mil m2 de área construída.

Experiências da Copa do Mundo na África do Sul são debatidas
O tema Impacto da Copa de 2014 na hotelaria abriu a plenária do segundo dia e contou com a presença de Eddy Khosa, Presidente da Associação de Hotéis Sul Africana, o Secretário do Ministério do Turismo, Mário Moysés, Paul Whelan, da Match AG, empresa responsável pelo gerenciamento de acomodações, ingressos e hospitalidade para todos os eventos da FIFA, Dival Schmidt Filho, Superintendente do Sebrae/RJ, Júlio Mariz da empresa Trafic e o Professor Luís Gustavo Barbosa da Fundação Getúlio Vargas que traçaram algumas perspectivas e oportunidades da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O discurso que mais chamou à atenção foi de Eddy Khosa que afirmou que se tivesse uma segunda chance de rever os procedimentos para atender ao evento da Copa do Mundo de Futebol que acaba de acontecer na África do Sul, certamente começaria pelo treinamento da mão-de-obra na hotelaria, pois isto é de vital importância para um País que sedia um grande evento internacional. “É muito importante investir em treinamento de pessoal. Os colaboradores precisam falar vários idiomas, pois virão pessoas de diversas nacionalidades diferentes e é preciso ter ao menos uma comunicação básica com eles. O Brasil necessita se mobilizar rapidamente, pois o tempo é muito curto”, explicou ele. Khosa também destacou que a imagem que o País passará para as pessoas durante o evento, será marcante para que os resultados para o turismo e a hotelaria sejam realmente de longo prazo. Outro ponto destacado pelo executivo africano foi à necessidade de certificação dos hotéis e alertou sobre questões envolvendo o pagamento de reservas.
Após um coffe-break, o consultor da HVS Brasil, Cristiano Vasques fez uma palestra sobre “Vale a pena renovar meu hotel?” que contou com a participação de Fernando Chabert, superintendente da rede Othon, Marcus Vinicius lves, do BNDES  e Nelson Rabello, da HPM Engenharia. Vasques apresentou algumas razões para renovação dos hotéis e segundo ele, existem cinco passos para a viabilidade da renovação: definir como estão os hotéis concorrentes, projetar o desempenho  mercadológico e financeiro, calcular o valor presente do seu hotel da forma que ele está, estimar os custos da renovação, projetar e calcular o desempenho do hotel renovado. “Em média deve ser feito o investimento de R$ 60 mil por acomodação para disputar outra divisão do mercado e estrutura de receita”, enfatizou Vasques.
Para Chabert, o reposicionamento deve ser feito de acordo com o perfil do mercado, que apresenta mudanças e lembrou que o mercado corporativo na cidade do Rio de Janeiro apresenta uma alta taxa de ocupação nos hotéis e aos poucos está substituindo o lazer. Para ele, no reposicionamento assim como renovação, é necessário fazer estudo do mercado, como localização, preço, qualidade, produto e marca. Como exemplo ele citou o investimento de R$ 6,9 milhões feitos entre 2006 e 2007 no Leme Othon em 2006-2007 que possibilitou um incremento na ocupação, que passou de 57% em 2005 para 83% em 2009-2010, assim como o aumento na diária média praticada. Já Rabello destacou que uma inspeção técnica no hotel avalia o que é importante mudar e conceituar o produto para a intenção de ser o melhor da categoria ou elevar.

Faça seu destino trabalhar
para o seu hotel
Outro debate importante que aconteceu neste segundo dia do Conotel foi a importância de atrativos em um destino turístico para o setor hoteleiro, com o tema “Faça seu destino trabalhar para o seu hotel”. Representantes regionais do setor – governamentais, privados e sociedade – se reuniram para criar alternativas inovadoras e atrair um número maior de turistas a um destino turístico. Estiveram debatendo o assunto Ana Clévia Guerreiro, do Ministério do Turismo, Ernani Pettinati, do Instituto de Turismo de Itacaré (BA) e Felipe Peccin, do Hotel Casa da Montanha (RS), que demonstraram a importância da atuação conjunta do poder público com a iniciativa privada para estruturar, promover e comercializar um destino. “Não basta apenas ter um hotel. É necessário ter uma série de atrativos que mantenha o turista na cidade por mais dias e faça com que ele volte mais vezes”, explicou Ana Clévia, coordenadora de Regionalização do Ministério do Turismo. Ana está à frente do Programa de Regionalização, que faz parte do Plano Nacional de Turismo 2007-2010 e pretende estruturar 65 destinos com padrão de qualidade internacional. Em sua apresentação, Ana Clévia falou sobre a metodologia do programa e da importância da criação de grupos gestores locais, que contribuam para o futuro do turismo nas regiões e disse que vários grupos gestores criados com apoio do Ministério do Turismo têm obtido sucesso e já tem resultados muito positivos. “Não dá para pensar em um equipamento turístico isoladamente, é preciso pensar nele como um todo. Como o seu destino estará posicionado no mercado daqui a dez anos?”, exemplificou a Coordenadora.
Outras palestras se seguiram durante o segundo dia como a “Gestão de Recursos Humanos em um mercado hoteleiro aquecido”, “Cruzeiro rodoviário”, “Qualidade na hotelaria”, “Programa de qualificação para pequenos meios de hospedagens”, “Gestão estratégica do investimento hoteleiro”, “Criando valor com A&B de seu hotel” e “Programa de desenvolvimento empresarial Sebrae”. O debate do programa de qualidade para pequenos meios de hospedagens contou com a participação de Chieko Aoki, Presidente do Conselho de administração da Blue Tree Hotéis. Segundo ela, um empreendimento de pequeno porte exige maior dedicação dos proprietários, pois o número de funcionários é naturalmente menor, mas independente do tamanho do meio de hospedagem, o importante é sempre o bem-estar do cliente. “O hóspede cansou de ser tratado como um número e exige do prestador de serviço um tratamento personalizado”, destacou Aoki. Para encerrar comv chave de ouro o segundo dia do Conotel, houve uma festa de confraternização no MAM — Museu de Arte Moderna que atraiu muitos hoteleiros de diversas partes do Brasil.

Investment Day
Abrindo o terceiro e último dia do Conotel, o Presidente da ABIH Nacional, Álvaro Bezerra de Mello, defendeu em seu discurso a criação de uma frente parlamentar para encaminhar os pleitos do turismo e agradeceu a participação da HVS na organização das plenárias e palestras, foi iniciada a programação do dia, chamado de Investment Day. Com temática voltada para a questão de investimentos em novos hotéis, as primeiras palestras foram de dois executivos da HVS: Diogo Canteras, do Brasil, e Russell Kett, de Londres. Os Diretores falaram sobre as tendências do setor hoteleiro nos dois referidos países e no mundo. Embora o Brasil apresente um grande potencial, segundo eles, encontra-se em uma posição ainda tímida em relação a países como França e Espanha no que diz respeito ao número de entradas de turistas no País. Kett que mostrou uma pesquisa sobre os números do turismo mundial, do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) e do Brasil mais especificamente. “O Brasil é um País com grande potencial por várias razões, mas seus indicadores econômicos ainda são os piores entre o grupo dos quatro países”, explicou Kett.
Em seguida, Canteras, apresentou projeções e pesquisas realizadas pela empresa, junto com o FOHB — Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil sobre a demanda hoteleira em 2015 contando com o apoio do Senac São Paulo e deverá ser um parâmetro para que os investidores possam realizar o investimento de forma segura. “Este embasamento técnico é muito importante para nosso setor que necessitava de dados confiáveis para mensurar oferta e demanda. Agora com o apoio do Ministério do Turismo, inclusive com aporte de recursos financeiros, certamente teremos condições de ampliar este estudo fazendo uma verdadeira radiografia do setor”, revela Rafael Guaspari, Presidente do FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil. Segundo Canteras, para a elaboração deste estudo foram utilizados os seguintes parâmetros: Projeção do cenário econômico; Mensuração e segmentação da oferta; Projeção da oferta até janeiro de 2015; Mensuração e segmentação da demanda; Elasticidade da demanda com a hospedagem e o PIB Nacional. Em resumo, este estudo prevê que o Brasil deverá crescer 7% este ano, o PIB terá uma projeção de crescimento de 4,5% até 2015, o câmbio deverá ficar estável com a cotação do dólar a R$ 1,80 e a inflação a 4,5% até 2015.
Em relação ao número de novas unidades habitacionais até 2015, o estudo apontou: não haverá a demanda para a cidade de São Paulo que hoje tem cerca de 40 mil unidades habitacionais. A cidade do Rio de Janeiro terá 2.430; Belo Horizonte 1.391; Curitiba 250, Porto Alegre 1.156; Salvador 1.350; Recife 524; Natal 792, Brasília 129; Cuiabá 779 e Manaus 1.139. Na cidade de Fortaleza não estão previstos novas UH’s hoteleiras até 2015 e Canteras fez a ressalva que logo após o fechamento deste estudo a rede Estanplaza anunciou que irá implantar três novas unidades da marca Estanconfor na cidade de São Paulo.
Em relação a categoria dos hotéis, 48% são econômico, 37% midscale (superior) e apenas 15% são upscale (luxo) e o restante do percentual do mercado ainda não foi definido a categoria. Destes novos empreendimentos, 67% serão de propriedades não pulverizadas entre os investidores e 37% serão de recursos captados no mercado de investidores. Em relação a taxa média de ocupação, o estudo revela um crescimento acentuado até 2015 em quase todas as cidades sedes da Copa do Mundo de 2014.  São Paulo terá 84%, Rio de Janeiro 85%, Belo Horizonte 78%, Curitiba 80%, Porto Alegre 79%, Salvador 66%, Recife 79%, Natal 83%, Fortaleza 84%, Brasília 73%, Cuiabá 55% e Manaus 70%. As cidades de Manaus, Cuiabá, Salvador e Belo Horizonte entram neste estudo como preocupantes em relação a super oferta hoteleira. “Vivemos o melhor momento da hotelaria brasileira nos últimos anos, mas é um momento propício para o mercado criar regras para evitar que aconteça novamente a especulação imobiliária que ocorreu no início da década de 2000 e que até hoje muitos mercados ainda não se recuperaram totalmente. Expectativa de alta ocupação não quer dizer necessariamente viabilidade de mercado. O lucro imobiliário não pode prevalecer sobre o resultado operacional dos hotéis”, conclui Canteras.

Desafios para a
construção de hotéis
Após um rápido coffee-break começou a segunda plenária do dia com o tema “Desafios para a construção de hotéis” que contou com os seguintes palestrantes: Ricardo Dunin, Diretor da Flager Group, Hugo Marques da Rosa, Diretor presidente da Método Engenharia, Luiz Laurent Bloch, Secretário Municipal de Urbanização da cidade de São Paulo, Marcos Dubeux, Diretor da Construtora Moura Dubeux e Maurício Bernardino, Presidente da ABIH – SP. Os temas mais discutidos por eles foram: custo dos terrenos e a política imobiliária, falta de planejamento estruturado para o setor, falta de investimentos de empresas públicas e privadas e a política cambial.
Finalizando a primeira parte das atividades, aconteceu a palestra “Estratégias de Funding para Hotéis” que teve como debatedores Alexandre Chade da Ascet Investimentos, Luciane Fernandes do BNDES, Pieter Vade, Presidente da BHG e Romeu Pasquantonio, Diretor da Brazilian Finance & Real Estate. Hoje, a principal instituição de financiamento para construção de hotéis no Brasil é o BNDES. Luciane Fernades fez uma breve apresentação do BNDES e suas ações em favor do micro, pequeno e médio empresário do setor hoteleiro no País. Em 2009 foram investidos por esta instituição pública uma média de R$ 10 milhões no Turismo. Contudo, em 2010 criou-se o ProCopa Turismo, um programa do BNDES que está investindo no financiamento para construção, reforma, ampliação e modernização de hotéis no Brasil. Outra iniciativa desta instituição é o Cartão BNDES que financia a qualificação de prestadores de serviço no setor de hotelaria e turismo. Os demais palestrantes destacaram a importância dos financiamentos do BNDES e comentaram sobre a falta de maiores investimentos por parte de empresas privadas e públicas para a construção de hotéis, já que este é um investimento à longo prazo.
Após o almoço, lideranças do setor hoteleiro discutiram as perspectivas do setor com mediação do Vice-presidente da Rede Bourbon, Alceu Vezozzo Filho. A mesa que contou com a presença de Rubens Régis, Presidente da Resorts Brasil, Philip Carruthers, da Orient Express, Alínio Azevedo, Diretor da rede Four Seasons, Roland de Bonadona, CEO da rede Accor e Ricardo Mader, Diretor da Jones Lang La Salle que discutiram o perfil atual da rede hoteleira e, sobretudo, o segmento de resorts e as perspectivas deste nicho no Brasil. Os palestrantes apontaram para o desafio do turismo que o Brasil vem enfrentando que é a opção dos brasileiros pelos roteiros internacionais em detrimento da política cambial, que torna dispendiosos os roteiros brasileiros para estrangeiros. Sendo assim, o setor turístico tem suas atividades no Brasil engessadas. Informação que complementa as primeiras palestras do dia, destacaram a política cambial como um fator de desafio que, segundo Alceu Vezozzo, pode ser superado pela estimulação do público interno brasileiro através de políticas de marketing e valorização dos serviços turísticos.
Após um rápido coffee-break, teve início a última plenária do Conotel abordando o tema “Grandes projetos e suas oportunidades de investimentos” que contou com a participação de Abel Castro, Diretor de desenvolvimento da rede Accor, Alexandre Gehlen, Diretor da rede InterCity, Frederico Silva da Costa, representante do Ministério do Turismo, Luciana Paixão, representante da Infraero, Marcelo Haddad, da agência Rio Negócios e Enrico Fermi, Presidente da ABIH/RN. Foram discutidos os projetos mais importantes para o Brasil, tendo em vista o aprimoramento dos serviços para o setor business.
Luciano Paixão da Infraero falou do projeto previsto para os aeroportos brasileiros que vai além da revitalização da estrutura física. A partir de setembro será aberta a licitação para a construção de hotel nas regiões próximas aos aeroportos de Brasília e do Galeão.  Afinal, o movimento de passageiros usuários do transporte aéreo tem aumentado significativamente. Em nove anos (2000 a 2009) o fluxo de pessoas aumentou 87%. Com a conquista dos Jogos Olímpicos de 2016 foi criada a agência Rio Negócios, para promover e captar investimentos para o Rio de Janeiro. Haddad destacou o projeto Porto Maravilha, que visa a revitalização da Zona Portuária, atraindo e incentivando empreendimentos business para a cidade. Frederico Costa destacou o interesse de empresas estrangeiras de investirem no Brasil. Algumas  já contrataram consultorias especializadas para pesquisar tudo sobre o nosso País para assim confirmar que vale a pena o investimento no Brasil.

Confira a seguir alguns profissionais
da hotelaria que estiveram Participando
do Conotel 2010

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