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3º Adit Share debate tempo compartilhado para pequenos empreendimentos

Direto de Campinas (SP) – Com a participação de Fernando Martinelli, da Interval International; José Odécio, do Girassóis Lagoa e Resort (RN) e Clóvis Meloque, da CLM Consultoria, mais um painel foi concluído no 3º Adit Share que segue sendo realizado no Real Palm Resorts, em Campinas (SP).  Sob a moderação da executiva da RCI, Anna Karla Azevedo, os especialistas esclareceram diversas possibilidades de implantação do timeshare, não necessariamente para grandes empreendimentos.

Meloque iniciou o painel esclarecendo os argumentos utilizados para convencer o empresário a entrar no negócio de timeshare, tendo como principal o aumento da taxa de ocupação em 30 pontos percentuais na média. Segundo ele, há vários aspectos a serem analisados,

José Odécio comentou sobre sua experiência com o timeshare, que conheceu há alguns anos com o case do diRoma, com números ‘gigantescos’. “Visitamos diversos empreendimentos em Caldas Novas, inclusive conhecemos o Rio Quente Resorts e vimos números que para nós, eram inatingíveis. Tivemos muitas consultorias e começamos a pensar em como captar os clientes. Sou muito conservador, eu não queria começar algo que não fosse continuar, então, eu tinha um desafio que era amadurecer as possibilidades, prós e contras, para ter um momento de decisão de que seria benéfico, e não traria problemas”, comenta.

Odécio conta que iniciou a operação em alta temporada, o que gerou alguns percalços. “Lá sofremos com a sazonalidade, então o timeshare motivou a trazer um hóspede que fique durante a semana.”

O Diretor Executivo da Interval no Brasil, Fernando Martinelli,  conta que boa parte dos empreendimentos hoteleiros são de médio e pequeno porte, como o caso do Girassóis Lagoa, que são administrados pelo próprio proprietário. Estes, possuem uma característica específica de pessoalidade, e o timeshare pode alavancar exatamente o período de baixa, já que não conta com a estrutura para diversos nichos como um megaempreendimento.

Segundo Martinelli, “poucos são aqueles que se identificam com este tipo de venda. Este processo de abordagem é diferente, e o pequeno empreendimento deve identificar o perfil de seu cliente e o que ele vê como valor. A estrutura de venda para o cliente é fundamental para o sucesso do negócio, e jamais pode ser maior que o próprio empreendimento. Entender a peculiaridade do negócio é essencial, além de dar atenção às mídias sociais e distribuição digital, que ainda não têm recebido a devida importância”, analisou o Diretor Executivo.

Odécio comenta ainda sobre a importância de uma consultoria especializada, para que faça a implantação e gestão do projeto. “Os passos seguintes são o encontro da equipe local com a do timeshare, fazendo com que todos se voltem para o mesmo negócio.  O tempo compartilhado é uma forma de vendas, então não deve criar conflito entre equipes, dinamizando o processo. A presença do dono também é muito importante, já que existe a possibilidade de divergências nas opiniões e o controle da operação pode se perder’’, explica o diretor do hotel no Rio Grande do Norte, que oferece como brindes aos aderentes do timeshare vouchers, combos de piscina, jantares e almoços.

Segundo Meloque, os brindes não devem ultrapassar 30% dos custos, pois além deles vêm os impostos, e assim, o hotel possa contar com a diária média para cobrir. Os primeiros passos, de acordo com o consultor, são implantar um plano de negócios, onde o Marketing terá cerca de cinco canais par chegar ao cliente; apoio de caixa, para desenvolvimento inicial do projeto e previsão de caixa.

Também cabe ao empreendedor que adere ao sistema de timeshare usar da criatividade nas atividades oferecidas ao cliente. Para Fernando Martinelli, se o hotel se limitar a oferecer apenas um restaurante e piscina para seu hóspede, certamente o perderá. “É preciso oferecer todo tipo de atrativos para o cliente, para que ele fique no empreendimento. Hotelaria é serviço, então, oferecemos muitas opções para o cliente. Você pode ser pequeno e oferecer facilidades que te aproximam do cliente”, comenta, citando como exemplo de serviços de baixo custo o aluguel de bicicletas, pranchas de surfe e stand-up paddle, arvorismo, slackline, tirolesa, brinquedos na piscina para crianças, entre outros.

Por fim, Martinelli comentou ainda sobre a segurança aos hóspedes e também ao hotel em relação as atividades oferecidas. Na Interval, no momento da afiliação é exigido um seguro civil no valor de 950 mil reais, um investimento considerado necessário para evitar processos em casos de acidentes. “Ter enfermeiros, seguranças é uma obrigação legal. Sugiro que tenha todos os alvarás, certificados dos bombeiros de seguranças, para proteger o hoteleiro em qualquer situação”, afirma Fernando.

A equipe da Revista Hotéis a convite da ADIT Brasil se hospede no Royal Palm Plaza Resort em Campinas, onde acontece o 3º Adit Share.

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