Direto de Florianópolis (SC) – Após o intervalo do almoço, o 33º ENCATHO & EXPROTEL, evento realizado pela ABIH-SC – Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Santa Catarina, com a Revista Hotéis como mídia oficial, retomou a sua programação de conteúdos técnicos com a palestra “O Verde na Hotelaria: O Paisagismo na Experiência do Cliente”, ministrada por Ana Trevisan, especialista em espaços vivos.
Para começar, Ana abordou os novos hábitos adquiridos durante a pandemia e dados como a permanência nos lobbies dos hotéis que exploram o verde e a biofilia com 36% na preferência dos hóspedes. “Todos queremos que nossos hotéis sejam mais verdes, com mais natureza. No entanto, quem se hospeda em um hotel urbano tem perfil diferente de um hóspede que procura um empreendimento que se conecta mais com a natureza. Porém, no hotel urbano, podemos trabalhar ambientes como rooftops. No hotel de campo, pode-se potencializar a natureza do entorno ou uma paisagem construíkda com responsabilidade social, inserida no mesmo ecossistema onde o empreendimento está construído”, explica.
Certificados verdes
A importância dos certificados verdes, segundo Ana, é atrelado ao comportamento. “Não se pode mais usar apenas o discurso sustentável, ele deve estar aplicado nos empreendimentos. Todos se sentem bem perto da natureza e o design biofílico está diretamente conectado a esse bem-estar. Vi recentemente uma notícia de hotéis que já recebem plantas junto com pessoas. Acho que temos que começar a abrir a mente para coisas diferentes. Áreas externas como espaços para meditação, yoga, fogo de chão, pergolados, entre outros, são muito importantes. A prática do bem-estar deve ser cada vez mais valorizada dentro da experiência dos hóspedes nos hotéis”.
Ana Trevisan explicou o porquê da decisão de se contratar um projeto de paisagismo para hotéis. “O investimento fará toda a diferença no acabamento final da obra. Trata-se de um projeto diferenciado que traz mais beleza para o empreendimento. Atende também a inovação, que é uma das premissas mais importantes da hotelaria. Não adiante impermeabilizar todo o solo e não deixar nem uma área de verde para as pessoas interagirem. Hoje, como já mencionado, o bem-estar deve ganhar cada vez mais espaço na experiência do hóspede. Acreditamos muito nos espaços vivos como vetores de qualidade de vida para as pessoas”, comenta a executiva.
Espaços vivos ativam as fachadas
Para concluir sua apresentação, Ana Trevisan mostrou exemplos de espaços vivos aplicados em fachadas de edifícios e empresas. “Isso faz com que as pessoas já criem uma energia no lugar e também a criar lembranças mais especiais. Espaços de ambiência podem ser feitos em vasos, no mobiliário. Espelhos d’água com bancos onde as pessoas podem interagir, relaxar, fumar está meio fora de moda, mas também, podem até servir como espaço para fumantes”.
A especialista também mostrou o case do Hard Rock na Palhoça, no qual sua empresa assinou o paisagismo. “Pode-se criar várias possibilidades, espaços cobertos ou abertos, há possibilidade de vegetação para ambos. Nada impede. Também destaco os pergolados. Há um hotel no Marrocos na qual se realiza uma experiência gastronômica, com o hóspede colhendo os ingredientes e a refeição sendo servida abaixo do pergolado. Espaços de lareira, espaços de piscinas, com mobiliário, ambientação especificada. Proporcionar café da manhã em um espaço que estimula o bem-estar também se apresenta como um atrativo a mais”, observa.
Ana também mostrou espaços de lazer para crianças e para o público em geral. “Existem espaços com balanços e outros equipamentos para todas as idades”, conclui.
A reportagem da Revista Hotéis viajou a convite da ABIH-SC e hospedou-se no Iate Hotel.
