14º ADIT Invest detalha o funcionamento dos fundos imobiliários
Carlos Ferrari, sócio-fundador da NFA Advogados retornou ao palco do 14º ADIT Invest, no Espaço Milenium Centro de Convenções, localizado na sede do SECOVI-SP, para mediar o painel “Fundos Imobiliários: como funcionam e como podem contribuir para o financiamento de projetos?”, que conta com a participação de Arthur Vieira Moraes, do Blog dos Fundos Imobiliários da Infomoney e Caio Castro, sócio da RBR Asset Management.
O primeiro a responder a pergunta foi Caio Castro. “Na RBR minha experiência foi com incorporadora, temos uma visão muito próxima deles. Hoje, na RBR, além das operações tradicionais, investimos em financiamento de terrenos e operações onde o incorporador tinha um estoque muito alto, operações de estoque para equilíbrio da saúde financeira das empresas. São várias vertentes e as novas onde os fundos imobiliários vão concorrer com os bancos é no financiamento com juros baixos”, afirmou Castro.
Moraes afirmou que o Fundo Imobiliário pode ajudar na profissionalização das empresas. “Isso ajuda no financiamento dos próximos projetos e não apenas do atual. Assim como o mercado imobiliário é amplo, o investidor também. Entregar o produto certo para o perfil certo também é essencial. Isso gera um motor de financiamento contínuo”, observou.
Castro explicou que “Nosso olhar na RBR é de equity do produto. Se eu tiver um problema, como posso vender aquele ativo? Temos de ter pra quem vender rapidamente. Nosso olhar é de parceria, e nesse sentido a decisão é mais rápida”. Segundo ele, para empresas como a RBR, entender a operação é mais fácil do que para os bancos. “Nossa visão é como parceiro do incorporador”, complementou Caio. “Os bancos emprestam o guarda-chuva enquanto está sol”, afirmou Moraes sobre o tema.
Carlos Ferrari pontuou que o Fundo Imobiliário é uma tendência da qual não há volta. Castro concordou: “Os fundos crescem porque são mais agéis e são mais baratos. Muitas vezes o empresário acha que vai receber o crédito e depois de 70 dias, recebe um não. É uma coisa sem volta e os juros baixos vão consolidar os Fundos Imobiliários cada vez mais”.
Investidor instruído
Ferrari também questionou como é a atuação do investidor – cada vez mais instruído – em uma operação de negócios. Moraes exaltou a importância da transparência e o relacionamento com os cotistas de um projeto como a melhor forma de garantir boas operações. “Falo para o pessoal do mercado imobiliário que esse produto é diferente dos outros. Há elogios, mas também há uma participação que outros produtos não têm. É preciso ter cuidado, pois estamos no Brasil, um mercado difícil”, afirmou.
