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Turismo de férias eleva expectativas do setor aéreo

Dados da Abear – Associação Brasileira das Empresas Aéreas revelam que tanto a oferta quanto a demanda dos voos diminuíram consideravelmente nos últimos meses. Diante disso, as companhias apostam suas fichas na época de maior demanda turística no Brasil – as férias de verão – para reverter o quadro desfavorável e alavancar as vendas.

Muitas já estão se programando e estimam atender um número alto de passageiros durante a alta temporada. O período do recesso escolar, somado às festas de fim de ano, movimenta o setor entre dezembro e fevereiro e impulsiona um grande número de turistas a cada ano. Mesmo num momento de crise muitas famílias ainda viajam para rever os parentes, celebrar o Natal e Réveillon ou até mesmo por lazer, tornando assim o fluxo de passageiros muito maior que o habitual e estimulando as vendas das companhias aéreas.

Ano de retração

Indicadores apontam que as operadoras que realizam voos domésticos tiveram juntas uma queda de quase dois pontos percentuais no número de passageiros no último ano. Segundo a Anac – Agência Nacional de Aviação Civil, somente no primeiro semestre do ano a venda de assentos caiu cerca de 18% – foram 4,7 milhões de assentos a menos em comparação com 2015.

A demanda por voos nacionais acumulou 14 meses de retração no terceiro trimestre desse ano, segundo dados da Abear, e a procura por viagens internacionais nas companhias brasileiras também vem recuando nos últimos meses. A crise econômica, inflação e alta do dólar são fatores que fazem com que os brasileiros viajem menos e as companhias se veem obrigadas a reduzir a oferta de assentos.

Para Francisco Lobo, especialista no setor de milhas aéreas, o enxugamento dos voos levou, consequentemente, ao aumento das tarifas, que se mantiveram acima da média esse ano: “A baixa demanda e redução da oferta elevam os custos e inviabilizam, muitas vezes, o resgate dos pontos, fazendo com que o passageiro opte por outros meios ou adie um pouco mais a viagem”, explica o Diretor da empresa Cash Milhas.

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Segmento turístico no Brasil

Dados da OMT (Organização Mundial de Turismo) apontam que o Brasil apresenta crescimento de cerca de 9% na receita interna gerada com a chegada de turistas durante os três primeiros trimestres do ano e as previsões se mantém otimistas para os últimos meses de 2016, porém o número não é muito expressivo em relação a outros países como o Chile, por exemplo, que explora melhor o setor. Em escala global os indicadores brasileiros não apenas são baixos como também correm o risco de fechar o ano com retração.

Apesar do país dispor de diversas opções de destinos, que atraem não só o público nacional, mas também pessoas do mundo inteiro, especialistas afirmam que o segmento ainda está abalado pela crise política que o país vem atravessando e também por um macro ambiente pouco explorado, no qual as pessoas não conseguem extrair todo o potencial da região.

Preferência nacional

Com crise ou não, um fato inegável é que o que o brasileiro mais gosta, quando se trata de viajar – especialmente no verão – é a praia. Estudos comprovam que esse é o destino de férias preferido para quase 50% das pessoas. Evidentemente que o setor aéreo já conhece essa tendência e, justamente por isso, dedica seus esforços a rotas litorâneas que contemplam as praias mais atrativas do Brasil.

Para o consumidor, que pretende viajar nos próximos meses, isso ainda não é sinônimo de economia. Lobo afirma que a expectativa de recuperar as perdas acumuladas durante o ano aumenta nessa época e as companhias aéreas, muitas vezes, elevam o valor das passagens. “Para evitar os preços altos é fundamental se planejar com antecedência e, se possível, usar o programa de milhagem que, em boa parte dos casos apresenta um bom custo-benefício para o consumidor que tem pontos acumulados”, finaliza o especialista.

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