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“Terra à vista!” – Santa Cruz Cabrália (BA), um destino para se redescobrir

Situada na Costa do Descobrimento, no litoral norte do extremo sul do estado da Bahia, a cidade de Santa Cruz Cabrália começou a sua história já em 1500, quando os portugueses chegaram ao Brasil e começaram a dominar território. Hoje, o local é muito frequentado por turistas do mundo todo, especialmente da Alemanha, por conta de a seleção alemã de futebol ter escolhido o destino como sua “residência oficial” durante os jogos da Copa do Mundo de Futebol, que sagraram a equipe alemã como a vencedora do mundial.

Uma feirinha de artesanato, localizada no calçadão da Praia da Coroa Vermelha,  com peças produzidas pelos índios Pataxós pode ser uma opção de passeio (Foto: Tayse Argôlo – Setur-BA)
Uma feirinha de artesanato, localizada no calçadão da Praia da Coroa Vermelha,
com peças produzidas pelos índios Pataxós pode ser uma opção de passeio (Foto: Tayse Argôlo – Setur-BA)

Se foram os ares baianos que trouxeram tamanho êxito à equipe alemã na competição não podemos afirmar, mas podemos notar que as praias desertas e paradisíacas, de onde Pedro Álvares Cabral aportou suas caravelas em 1500, conquistaram e encantaram os jogadores. De acordo com o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a cidade de Santa Cruz Cabrália possui 36.800 habitantes.

Em um breve relato histórico do local, antes da chegada dos colonizadores portugueses, a região era habitada em sua faixa litorânea por índios da etnia Tupiniquim do tronco linguístico Tupi-Guarani e no interior pelos grupos Macro-Jé: Botuco, Maxakalí, Kamakã, Purí, Pataxó, entre outros. Em janeiro de 1981, Santa Cruz Cabrália foi tombada pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, como um destino paisagístico, cultural e histórico. O município também é marcado por ter recebido a primeira missa celebrada no Brasil pelo Frei Henrique Soares, de Coimbra, por ocasião do desembarque da esquadra de Pedro Álvares Cabral, ocasião que foi registrada na carta histórica escrita por Pero Vaz de Caminha.

A cidade, que em 2015 completou 515 anos de história, dispõe de boas opções de hotéis, pousadas, restaurantes, áreas para camping, agências de turismo entre outras. O local corresponde atualmente a área da Reserva Indígena da Tribo Pataxó, sediada na Coroa Vermelha, região icônica da Costa do Descobrimento.

Praça da Cruz, local onde foi rezada a primeira missa no Brasil (Foto: Tayse Argôlo – Setur-BA)
Praça da Cruz, local onde foi rezada a primeira missa no Brasil (Foto: Tayse Argôlo – Setur-BA)

De acordo com Fernando Oliveira, secretário de turismo da cidade, nesse verão, a ocupação hoteleira foi a mais alta dos últimos oito anos. “Cabrália vem conquistando cada vez mais turistas que usufruem e promovem a cidade pois entendem que este sossego, a beleza das praias semi virgens, o prazer de estar em uma vasta área de proteção ambiental, com passeios no rio e no mar, hospedagem para todos os bolsos, com hotel 5 estrelas e camping, merece ser perpetuado”, elogia.

De clima úmido com temperatura média de 26°, os turistas que decidirem conhecer esse destino poderão se encantar com feiras de artesanato com peças de arte indígena, principalmente confeccionadas com madeira, casca de coco, sementes e penas; e por sua gastronomia rica em peixes e frutos do mar, com receitas que vão de moquecas à ensopados, assim como o seu tradicional bolo de tapioca com coco.

Em dezembro de 2015, mais de 15 mil passageiros embarcaram em escunas e chalanas no cais de Cabrália para passeios pelo rio e mar. Dentre os destinos percorridos estão: Coroa Alta, um banco de areia no mar, a Ilha do Sol no rio e a Vila de Santo André, no encontro entre o rio e o mar. A cidade histórica também atrai grande público, onde pode ser visitado o prédio da antiga Câmara e Cadeia e a Matriz de Nossa Senhora da Conceição, construção de 300 anos, de onde se descortina uma vista da terra mãe do Brasil.

O destino fica à 752 km da capital soteropolitana e o aeroporto mais próximo, para quem deseja ir de avião, é o de Porto Seguro. Existem opções de ônibus que partem do Terminal Rodoviário de Porto Seguro e de Salvador.

Protegida por faixas de corais, a Praia de Coroa Vermelha é tranquila e tem águas rasas. (Foto: Tayse Argôlo – Setur-BA)
Protegida por faixas de corais, a Praia de Coroa Vermelha é tranquila e tem águas rasas. (Foto: Tayse Argôlo – Setur-BA)
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