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Painel do Encontro Nacional de Governantas destaca Tendências do mercado

O primeiro painel do 2º Encontro Nacional de Governantas e Profissionais da Hotelaria abordou tendências de mercado, tecnologia, oportunidades e o novo perfil do profissional que as empresas hoteleiras buscam. O evento, organizado pela ABG – Associação Brasileira de Governantas e Profissionais da Hotelaria, acontece hoje (18) e amanhã no hotel Maksoud Plaza, na região da Avenida Paulista.

Javier Chabot, Diretor de Hospitalidade da Governança.com fez uma apresentação inicial do tema, falando sobre o papel da governanta e as práticas ideais de trabalho como tendências. Dar senso de lealdade à equipe, mostrando interesse em seu trabalho, desenvolvendo e incentivando, são alguns dos cuidados citados pelo executivo que devem ser seguidos pelo profissional deste setor. “É preciso manter um padrão de trabalho, ter um controle de custos sem comprometer a qualidade, e acima de tudo, manter o membro da equipe sempre motivado, pois o salário nem sempre é tudo”, explica.

Javier Chabot
Javier Chabot

O executivo falou ainda sobre a necessidade constante de atualização, principalmente para otimizar o trabalho com novas tecnologias. “Os maiores desafios do profissional da hotelaria envolvem a experiência do hóspede e seu costume com serviços de boa qualidade, visando atendê-lo a altura. É preciso saber se, como gestor, estou contribuindo para a sustentabilidade da minha empresa”, comenta.

Em seguida, a Presidente da ABG Maria José Dantas tocou no assunto de capacitação e como as universidades estão preparando os profissionais do mercado. O outro participante do painel, Marcelo Monsú, Mestre em Turismo e Coordenador Acadêmico da Castelli, contou um pouco sobre sua trajetória acadêmica, e que fez parte da primeira turma de bacharelado de hotelaria do País. “Em 1980, quando iniciei a carreira, vi que não havia uma governanta no hotel, mas uma camareira chefe. Eu mesmo capacitei, e elas foram evoluindo. Por isso, reservem um tempo para capacitar sua equipe para que não fiquem parados no tempo”, afirmou.

Parte do público presente no encontro
Parte do público presente no encontro

Maria José pontuou que historicamente, o estudante de hotelaria não tem muito desejo de atuar na área de governança – vide experiência própria durante sua trajetória em um hotel. “Para ser um bom hoteleiro, é preciso passar por todas áreas do hotel, e a governança é a principal delas.  Em um projeto de receber alunos da área, fizemos com que passassem por todos os setores do hotel, e só assim, entendiam o que era de fato a operação desta função”, conta.

Segundo ela, muitos alunos e até profissionais já formados pensam que a governanta só mexe com lixo, limpeza de banheiros e serviços operacionais, contudo, “um hotel com uma governança ruim atrapalha todas as áreas do hotel. O profissional hoteleiro deve no mínimo saber como tudo funciona para ser um bom gestor”, afirma. Maria José Dantas fala ainda que o ideal é que as universidades aumentem a carga horária específica para este setor, para que conheçam de fato o ‘coração do hotel’.

Monsú, destaca que a governança é uma indústria, e seu principal produto é o apartamento. “Sua principal característica é a instantaneidade, já que é a área que pode modificar seu produto constantemente. Vocês são prestadores de serviço, e o profissional que não sabe disso, é melhor que atue em outra área”. Maria José complementou que a gestão desta área é muito complicada, e um dos grandes desafios é conscientizar as camareiras de que a operação no hotel é diferente da que é feita em casa.

Marcelo Monsu
Marcelo Monsu

Chabot complementou o assunto falando sobre três pilares da gestão da área: medir, definir e entender. “Já fiz um treinamento com camareiras de um hotel do interior de Goiás a fim de desconstruir velhos hábitos de limpeza e atuação, como uso de água sanitária. Levei um grupo para três grandes resorts de luxo na Bahia para verem e vivenciarem a operação naqueles empreendimentos, e o resultado foi enriquecedor”, conta.

Maria José Dantas, pontua ainda que a capacitação também depende do próprio profissional. “Treinar sim, mas não sem ter um compromisso, padrão e ferramentas para medir se o conhecimento está sendo aplicado. O custo não está na correção, mas na admissão incorreta. A auditoria não é feita com a camareira, mas com a supervisora”.

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