Patrick Mendes apresenta posicionamento da AccorHotels no 6º Fórum de Compras
CEO da AccorHotels para as Américas e Caribe, Patrick Mendes abriu o 6º Fórum de Compras do grupo, que acontece no Novotel Center Norte, na capital paulista. O executivo apresentou dados e o posicionamento da AccorHotels no mercado para cerca de 300 participantes, entre fornecedores e membros do grupo hoteleiro.
Mendes reforçou como estão as operações da AccorHotels, para unificar os negócios com o panorama do próximo ano até 2020. O CEO mencionou a aquisição da rede Suisshotel em julho, e os planos de desenvolvimento para esta e outras marcas de luxo no Brasil e no mundo. Segundo ele, a AccorHotels dará cada vez mais importância ao segmento de A&B, que representa 30% dos negócios do grupo.
A AccorHotels está no Top 5 dos operadores hoteleiros no mundo e até 2020, a América do Sul deve representar 12% dos hotéis da Accor a nível mundial. O portfólio do grupo já conta com 17 marcas, de categoria budget até luxo. “Nossa pretensão é de aumentar nossa gama de marcas. Em dez dias, vamos inaugurar o primeiro hotel Mama Shelter da América do Sul no Rio de Janeiro, que tem um conceito diferente. Será um restaurante, bar e local de entretenimento com quartos, um local despojado e totalmente novo”, explica o CEO.
Novos investimentos
O grupo deve concluir nos próximos dias a aquisição da empresa John Paul, que fornece serviço de concierge para todos os seus clientes através de um atendimento telefônico exclusivo.
Ainda neste mês de novembro será anunciado o lançamento da Fast Booking, em que vão aceitar nas plataformas de distribuição (www.accorhotels.com e Le Club AccorHotels) a presença de hotéis ‘partner’, empreendimentos independentes de todo o País que disfrutarão de muitas vantagens, mas apenas se selecionados sob critérios pré estabelecidos, como a avaliação mínima 4 no TripAdvisor pelos usuários.
O grupo também tem dado, nos últimos três anos, maior atenção ao design, transformando seus hotéis em verdadeiras galerias de arte e design. “Até o final do ano, teremos 10 hotéis da nova marca JO&JOE, que é um conceito totalmente moderno e diferente, que também aposta neste impulso do design e identidade visual. Esta é uma das nossas tendências”, explicou Patrick Mendes.
Administração
A AccorHotels está fazendo a separação de duas atividades: propriedade hoteleira (1.100 hoteis, como Novotel Morumbi e Sofitel Copacabana) e franqueados (4.100). Serão duas empresas separadas para gerenciar cada tipo de administração. “Esta mudança é muito significativa e pode ter impacto para vocês, fornecedores. Vamos abrir capital em 50% a outros parceiros, dentro de seis meses aproximadamente”, assegura.
Em meio a tantos investimentos e inovações, de 2014 a 2016 a empresa registrou queda nos negócios no Brasil. “No período, o PIB caiu 3,2% e a inflação subiu 7,3%, ocasionando aumento de custos e queda na demanda: – 23% no Revpar. Em setembro, o desemprego atingiu 12% e a taxa Selic 14,25, que prejudica os investimentos. Ainda sim, constatamos a resiliência do grupo, mantendo o Revpar acima da concorrência em 105,6”, pontua o CEO.
Atualmente, a AccorHotels administra 248 hotéis no Brasil, sendo 23 abertos este ano e está presente em mais de 100 cidades. São 41.700 quartos, e o aumento de 11% em um ano. O pipeline até 2020 terá mais 140 hotéis em 170 cidades, um aumento de 52% com 388 hotéis e 63.200 apartamentos – 25% da oferta da rede no Brasil.
Patrick finalizou sua ministração apontando o que precisa de seus parceiros: “Buscamos inovação, criatividade e audácia. O cliente já não quer mais o clássico; quer ser surpreendido, e sozinho não temos capacidade de criar. Isso só conseguimos com parceiros, com novas ideias, em tecnologia, em softwares, e queremos que apostem na Accor para testar novas coisas. Ter expertise na inovação. Fizemos o primeiro fórum de inovação em construção recentemente, liderado pelo Paulo Mancio, e foi ótimo. É o tipo de coisa que queremos alinhar com vocês. Outra coisa é a qualidade dos serviços, que começa no atendimento mas também impacta nos produtos. Por último, precisamos ter otimização de custos (performance) e flexibilização nos prazos. Estamos comprometidos em negociar para que todos sejamos beneficiados”, concluiu.