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Ocupação cresce e hotéis buscam aumento da diária, aponta estudo da HotelInvest

Depois de um período de recesso econômico que atingiu todos os setores, inclusive o hoteleiro, em 2017 os sinais de melhoria já apareceram e o PIB voltou a crescer. No ano passado, a demanda hoteleira externa e doméstica foi retomada e em todas as capitais brasileiras os hotéis já registraram aumento em relação ao ano anterior, de acordo com dados da STR na edição 2018 do Panorama da Hotelaria Sul-Americana, realizado pela HotelInvest. Com isso, os hotéis já estão traçando seus planos para garantir a sustentabilidade do negócio.

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Na média dos mercados, a ocupação cresceu 4,3%, com exceção do Rio de Janeiro e Porto Alegre. Para o Sócio da HotelInvest, Cristiano Vasques, o objetivo dos hoteleiros será subir a tarifa além da inflação em 2018, a partir da consolidação do crescimento da ocupação. “Isso será possível com a realização de ajustes tarifários nas grandes contas corporativas e com a flutuação tarifária para as tarifas públicas”, sinalizou.

Além dos mercados urbanos, resorts também têm apresentado crescimento do número de hóspedes. Todas as cidades brasileiras analisadas apresentaram aumento na demanda de lazer, principalmente no público doméstico. “Com as perspectivas de dólar em patamares altos e de recuperação do poder de compra da população, a demanda de lazer deverá continuar crescendo. Neste cenário, a viabilização de empreendimentos via timeshare e fractional se mostra boa opção aos desenvolvedores, desde que estruturados com cautela”, afirma Pedro Cypriano, sócio da HotelInvest.

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Expectativas

Para os próximos anos, não há previsões de forte aumento de oferta na maioria dos mercados. Com as barreiras impostas ao desenvolvimento de novos condo-hotéis, e a premissa de reaquecimento gradual da economia, a hotelaria nacional deve vivenciar um novo ciclo de valorização dos ativos.

De acordo com o estudo, o Timeshare e fractional seguem em expansão. Nos últimos 4 anos, a demanda por resorts cresceu mais de 20% no país. Com as perspectivas de dólar em patamares altos e de recuperação do poder de compra da população, a demanda de lazer deverá continuar a crescer. Neste cenário, a viabilização de empreendimentos via timeshare e fractional se mostra boa opção aos desenvolvedores, desde que estruturados com cautela.

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Além disso, novas formas de funding devem ser buscadas. Com as barreiras impostas ao modelo do condo-hotel, o trade estuda novas opções para se desenvolver hotéis no país. Algumas das opções em análise são os fundos de investimentos, capital privado, financiamento e CRIs. 2018 também abre oportunidades para conversões e compras. Dada a dificuldade de se desenvolver novos hotéis, as conversões se tornaram o modelo mais claro para as redes hoteleiras crescerem. Diversos movimentos de fusão e aquisição também têm sido estudados.

Confira abaixo os principais resultados de desempenho de cada cidade brasileira analisada no Panorama da Hotelaria Sul-Americana e suas perspectivas para 2018:

São Paulo

Em 2017, a variação de diária e de ocupação foi de 3,1% e 0,3%, respectivamente. São Paulo é o mercado mais cobiçado pelos investidores e desenvolvedores, com maiores oportunidades de novos projetos. Por conta de sua robustez econômica e pelo baixo crescimento recente de oferta, a cidade apresenta um cenário favorável a novos desenvolvimentos.

Rio de Janeiro

A capital fluminense registrou a maior queda de RevPAR dentre as cidades analisadas, com variação de diária e de ocupação de -34,9% e -10,4%, respectivamente. Apesar das Olimpíadas de 2016 justificarem parte da queda de diária em 2017, a crise econômica e social no estado tem afetado o setor. Com a perspectiva de recuperação do mercado do petróleo e sem novas aberturas para a cidade, espera-se que o RevPAR cresça já em 2018, impulsionado pela ocupação.

Praia da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – Foto: Bruna Prado – ACERVO RIO DE JANEIRO – TUVA EDITORA

Belo Horizonte

A ocupação cresceu 9,0%, o maior aumento entre os mercados brasileiros analisados, e a diária caiu 3,9%. Em 2017, após diversos anos com aumentos expressivos na oferta hoteleira, não houve novas aberturas. Com a diária média mais baixa de todos os mercados analisados, reforça-se a necessidade de investimentos locais em atrativos de lazer e eventos, com o intuito de acelerar o processo de recuperação da hotelaria.

Praça da Savassi, em Belo Horizonte (MG) – Foto: Pedro Vilela

Curitiba

Após um período recessivo, o crescimento da demanda, tanto corporativa quanto de lazer, permitiu aumento de 1,2% na ocupação, apesar da inauguração de três hotéis. Curitiba é hoje a cidade brasileira com o pipeline mais expressivo, com seis novos hotéis a serem inaugurados nos próximos anos, o que poderá acirrar a competição e dificultar o crescimento de diária média e taxa de ocupação.

Parque Birigui, em Curitiba – Foto: Renato Soares

Porto Alegre

Em Porto Alegre a ocupação e tarifas oscilaram -1,3% e 6,2%, respectivamente, em 2017. Com a retomada do movimento corporativo e a inserção de Porto Alegre no roteiro dos shows internacionais que vêm ao Brasil, a demanda local cresceu 1,5%. Novos hotéis deverão ser inaugurados ao longo dos próximos anos de forma espaçada. Assim, com maior pressão de demanda, haverá espaço para aumentos de ocupação e diária média acima da inflação já em 2018.

Rio Guaib, em Porto Alegre (RS) – Foto: Renato Soares

Salvador

Em 2017, a variação de ocupação e de diária foi de 7,2% e -8,0%, respectivamente. Apesar do crescimento de demanda (9,6%), ainda há ociosidade em alguns períodos, contribuindo para quedas na diária média. Com a reinauguração do Centro de Convenções em 2019 e com o reaquecimento da demanda corporativa, além da estabilidade na oferta, a tendência é de aumento da renda e dos valores dos ativos.

Praia de Itapua, Salvador (BA) – Foto: MARCIO FILHO
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