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Mapie divulga pesquisa sobre a hotelaria em tempos de Airbnb

A empresa de consultoria Mapie e o blog de tendências Disque9 divulgaram recentemente uma pesquisa a qual realiza uma abordagem sobre o futuro da hotelaria em tempos de Airbnb, site de locação de quartos que tem crescido no mundo todo.

O levantamento apontou que os meios de hospedagem tradicionais estão perdendo força e dando lugar a espaços coletivos e integrados. Como resultado, a pesquisa mostra que para os hóspedes de hoje, o que mais importa é o serviço de qualidade e a entrega impecável do básico, como cama, wifi, ducha e café da manhã. A consequência é o crescimento dos serviços de aluguel de temporada que, apesar de existir há muito tempo, têm caído cada vez mais no gosto das pessoas, impactando a indústria da hospitalidade.

A pesquisa indicou o crescimento da adesão dos millennials pela economia compartilhada ou colaborativa – tendência que tem mudado os hábitos de consumidores ao permitir o compartilhamento de serviços e produtos e que hoje é uma realidade que tem trazido consequências ao setor do turismo.

O sucesso do Airbnb e até mesmo de serviços similares no Brasil e no exterior são comprovados na pesquisa da Mapie. Dos entrevistados, 31,45% afirmaram utilizar o serviço como opção de hospedagem em viagens a lazer. Já 12,66% disseram utilizar para viagens a trabalho. O último dado indica uma nova tendência e merece atenção de hoteleiros urbanos e de negócios. No final de 2015, o Airbnb lançou uma plataforma corporativa e está priorizando este segmento na sua estratégia atual.

A pesquisa da Mapie trouxe vários questionamentos de como será a hotelaria do futuro, mas aponta algumas ideias e possibilidades, a exemplo da administração, por parte de redes hoteleiras, de apartamentos espalhados com garantias de conforto e serviço, oferecendo espaços comuns, tecnologia para desburocratizar os serviços, ofertando alimentos e bebidas saudáveis e sustentáveis, entre outros “A hotelaria do futuro deve estar mais conectada com as transformações geracionais, adaptar-se de forma muito mais rápida e estar aberta para novos formatos, como o de múltiplos apartamentos espalhados na cidade”, aponta Carolina Sass de Haro, sócia diretora da Mapie.

Futuro da Hotelaria

O que querem os viajantes?

De acordo com a pesquisa os hotéis confortáveis são a primeira opção para a maioria das viagens, seja ela a trabalho ou a lazer. A justificativa é que esse tipo de hospedagem atende as necessidades e desejos de uma forma mais completa, sem exageros. Hotéis econômicos e de luxo são opções seguintes.

A localização é outro fator importante para os dois tipos de viajantes identificados no levantamento: os que viajam a trabalho e a lazer. A segurança, a qualidade do serviço, a facilidade na reserva/compra e experiências positivas anteriores aparecem logo depois como importantes para se fechar o negócio, para ambos os perfis de viajantes. Em relação à estrutura, design moderno e atraente e ser ambientalmente sustentável são os mais importantes.

Outro dado relevante diz respeito aos serviços mais importantes prestados por um meio de hospedagem, segundo a preferência dos entrevistados. Tanto nas viagens a trabalho quando nas de lazer, internet wifi de alta qualidade está em primeiro lugar, seguida por wifi gratuita. Café da manhã incluído na diária e café da manhã de qualidade vêm logo a seguir na lista.

Sobre os itens mais importantes no apartamento, para os dois viajantes – trabalho e lazer – cama grande e confortável é o principal, seguida de apartamento silencioso, ducha de alta pressão, abundância de tomadas e enxoval de alta qualidade.

Conclusões

De acordo com as sócias da Mapie, Carolina Sass de Haro e Trícia Neves, nas próximas décadas, a hotelaria será uma composição de hotéis para millennials (como o novo padrão) e meios de hospedagens tecnológicos e basicamente impecáveis (como querem os centennials). Para as executivas, as redes hoteleiras podem passar a administrar apartamentos espalhados pela cidade, com garantia de cama confortável, ducha potente, wifi veloz e serviço de limpeza. Os espaços comuns devem reunir café, co-working, cozinha comunitária, galeria de arte e áreas coletivas e integradas.

O levantamento indicou que a tecnologia é a principal responsável pelas interações. Check in, check out e pedidos podem ser feitos via aplicativos, sem obrigação da interação humana. Hotéis padronizados poderão sobreviver por muito tempo, mas como condição, devem ter estrutura atualizada e bem-mantida, segurança e atender a todos os critérios tidos como básicos.

O estudo foi realizado de setembro de 2015 a janeiro de 2016 com 880 respondentes de todas as regiões do país, com alto nível educacional, faixa etária de 26 a 60 anos, perfis e gerações diferentes, que viajam com frequência e concentrados nas classes A e B.

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