Mercado

Linhas de financiamento para a hotelaria é tema de palestra no SECOVI/SP

“A linha de crédito do BNDES para desenvolver ou modernizar novos hotéis não é a melhor opção do mercado, assim como não é a única”. Isto é o que afirmou o Consultor e diretor da Aktro Developers, Paulo Bezerra de Mello agora à pouco num almoço no SECOVI em São Paulo, durante a reunião mensal do Núcleo Imobiliário Turístico Hoteleiro. Mello que tem uma grande experiência na hotelaria, tendo presidido a rede de Hotéis Othon, e com sua experiência em consultoria de linhas de crédito, fez uma palestra abordando as ferramentas financeiras para construção e retrofit para hotéis, com casos de sucesso no Rio de Janeiro.
Segundo ele, a liberação de linha de crédito no BNDES é bem complexa e além de garantias que muitas vezes inviabiliza o negócio para um pequeno investidor, o Banco exige ainda uma auditoria de acompanhamento da obra e até mesmo na compra de materiais, o que não acontece nos outros bancos privados. Mello relatou que já obteve com sucesso linhas de crédito alternativas no mercado com bancos privados, ou até mesmo públicos, para viabilizar a reforma de propriedades hoteleiras no Rio de Janeiro como o Glória Garden Macaé, Leme Othon Palace, Rio Othon Palace e o Olinda Othon Classic, em Pernambuco. “Intermediamos também a aquisição pela rede Windsor da unidade na Barra da Tijuca junto ao FUNCEF utilizando partes dos recursos através de uma linha de crédito com juros bem acessíveis e um bom prazo para pagamento e carência, até mesmo na construção deste hotel que hoje é um grande sucesso de operação e deverá ser ampliado em breve. O retrofit que passa o Windsor Atlântico (antigo Le Meridien Rio de Janeiro) também contou com nossa consultoria para intermediar a liberação de uma linha de crédito, também em condições muito boas. Hoje os bancos privados estão mais dispostos a emprestarem dinheiro e no mercado existem muitas garantias para se evitar o calote como certificado de recebíveis imobiliários, operações com carteiras hipotecárias, assim como outros pacotes de garantias e recebíveis até mesmo com futuras receitas de cartões de crédito. Outras boas alternativas que estão no mercado são o funding ou mesmo o sistema brasileiro de poupança, mas quem regula a viabilidade do negócio muitas vezes não são as instituições financeiras, mas sim o próprio mercado que dependendo da cidade pode inviabilizar uma determinada operação”, assegura Mello.
Segundo ele, um bom exemplo acontece na cidade do Rio de Janeiro onde a legislação e o próprio mercado não permite que se utilize o conceito de aparthotel ou vendas fracionadas como alternativa para viabilizar novos empreendimentos, assim como aconteceu na cidade de São Paulo. “Para equacionar a questão estão sendo concedidos incentivos municipais para se construir empreendimentos hoteleiros, que podem ter vendas fracionadas se forem implantados na região portuária, próxima a linha amarela e ao estádio do Engenhão. Já na região da Barra da Tijuca o aumento do gabarito fez com que muitos projetos que já estavam aprovados fossem refeitos para melhor ocupação e viabilidade do negócio”, concluiu Mello.

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