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Hotel Transamérica São Paulo promove Fórum de Gestão e Segurança Hoteleira

O empreendimento hoteleiro localizado na zona Sul paulistana está promovendo no dia de hoje o Fórum de Gestão de Segurança Hoteleira. O objetivo é promover um amplo debate com os colaboradores através de palestras com renomados profissionais. E quem abriu o evento foi Heber Garrido, Diretor de marketing e vendas da rede Transamérica e ele destacou que: “A segurança tem que ser uma obsessão e nós estamos muito preocupados com este tema. Temos que garantir a segurança dos quase um milhão de hóspedes ao ano que recebemos em nossas unidades e por isto, temos que estar bem preparados. A nova geração procura vivenciar experiência inovadoras em sua hospedagem, mas a primazia é que esta hospedagem tenha segurança. A hotelaria por estar de portas abertas 24 horas, recebe hóspedes, freqüentadores de eventos e nos restaurantes. Com isto ficamos muito expostos, pois recebemos gente, cuidamos de gente, de reputação e devemos estar preocupados e investindo sempre em segurança”, destacou Garrido.

Heber Garrido: “Segurança é uma das grandes preocupações dos hotéis Transamerica”

Em seguida, Otávio Novo começou sua palestra. Ele é Advogado e profissional de Gestão de Riscos e Crises, atuando, desde o ano 2000, em empresas líderes nos setores de serviços, educação e hospitalidade. Durante seis anos foi responsável pelo Departamento de Segurança e Riscos da AccorHotels para cerca de 300 hotéis e 15 mil colaboradores em nove países da América Latina. Atualmente é consultor, desenvolvedor de materiais acadêmicos e facilitador na formação de profissionais e na organização de empresas do setor do turismo e hospitalidade. É criador e responsável pelo projeto Novo8,  iniciativa mencionada pela OMT/ONU  – Organização Mundial de Turismo como uma das ações alinhadas aos princípios do Ano Internacional de Sustentabilidade no Turismo para o Desenvolvimento.

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Gestão de segurança e risco

Otavio Novo começou sua palestra abordando a gestão de segurança e risco na hotelaria e no turismo e lembrou que 2017 é o ano internacional do desenvolvimento do turismo sustentável. Ele já participou de cerca de 80 situações de crise potencial e disse que segurança é uma preocupação desde os primórdios da humanidade e nos dias atuais não é diferente. “Riscos são possibilidades de acontecimentos com potencialidade de impacto para uma estrutura. No dia temos que assumir riscos, independente de qual seja a profissão, mas estes riscos necessitam ser calculados”, destacou.

A sala São Paulo, onde acontece o Fórum está recebendo um bom público

Ele definiu crise como ocorrências e situações que trazem grandes impactos negativos e recomendou aos presentes o livro “A Lógica do Cisne Negro” do autor sírio Nassim Nicholas Taieb. Ele fez uma analogia entre os cisnes negros e os riscos que podem acontecer. “Antigamente ninguém sabia da existência dos Cisnes Negros, assim como possíveis ataques terroristas como o que aconteceu recentemente em Barcelona que matou pessoas inocentes de 35 países diferentes. Os riscos estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano e por mais prevenção que exista, granes tragédias podem acontecer”, revela Novo.

Os riscos da hotelaria apontados por Otávio Novo em sua palestra

Segundo ele, incêndio hoje é o grande risco da hotelaria e citou um exemplo de um incêndio provocado por um jogador em Manila que resolveu colocar fogo nas mesas de um cassino ao perder uma quantia substancial. Houve muitos mortos e feridos e colocou em xeque a segurança da hotelaria. “A onda agora é a intolerância contra os turistas e alguns locais da Europa, eles já começam a ser perseguidos e não são bem vindos. Esta é uma triste fase dos Cisnes Negros”. 

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Riscos da informação

Outra situação que Otávio Novo destacou em sua palestra que agrava riscos são vídeos e informações viralizados na internet, independente de ser verdadeira ou falsa. Ele mencionou um vídeo de uma hóspede que postou nas mídias sociais alegando que todos os cofres de hotéis podem ser abertos com seis dígitos determinados. “Este é o tipo de coisa que causa diversos problemas, desencadeando até a desconfiança dos clientes em relação aos meios de hospedagem, fazendo profissionais do setor redigirem artigos, explicarem técnicas e formas que desmentissem a informação”, disse.

Os cybers ataques que os hackers provocaram recentemente também foi lembrado por Otávio Novo e disse que esta é uma grande preocupação nos dias atuais. “Hotéis são alvos fáceis e alguns dos principais riscos incluem roubos, terrorismo, furtos internos, ciberataques, incêndios, e demais problemas que podem ser evitados ou minimizados se forem geridos pessoas e reputação. Temos a tendência de se precipitar aos outros, e agindo assim, transforma-se uma situação sob controle para uma grande crise. Será que estamos cuidando bem dos arquivos, como os considerados mortos? Como está a proteção dos dados dos hóspedes, como os recolhidos nos cartões? A prevenção depende da informação: ela é muito importante para evitar até acidentes fatais”, enfatizou Novo.

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Doutrina e engajamento

Para ele, muitas vezes a insegurança de um hotel pode estar num simples ralo de uma piscina que custa apenas R$ 50,00, mas se não existir, pode levar a óbito crianças, como recentemente acontecido. E uma das explicações no ponto de vista de Novo, é que muitas vezes os hotéis não têm espaço para ouvir as pessoas que estão envolvidas no processo de hospedagem, como camareiras e técnicos de manutenção. É preciso doutrinar e engajar as pessoas para que eles sejam os olheiros. A informação dessas pessoas podem evitar casos fatais que podem acontecer até mesmo por percevejos que causam processos milionários nos Estados Unidos.

O palestrante Otavio deixou algumas dicas preciosas em sua palestra como: Numa gestão de crise é necessário ter certeza que ela acabou mesmo. Os colaboradores devem saber como lidar com uma crise e aprender com os problemas. É necessário analisar, usar históricos do setor e localidade, criar prevenção e procedimento para gestão de ocorrências.  Ter procedimentos de emergência simples, estabelecer estratégias, centralizar informações, decisão, normalidade e aprendizado são os principais pilares da gestão de riscos. “Cada dia a hotelaria fica mais vulnerável, pois hoje em dia é possível que o hóspede faça check-in e check-out sem passar pela recepção”, finalizou.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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