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Gabriela Otto palestrou no IX Encontro Hoteleiro sobre ocupação no Pós-Copa

Foi encerrada há pouco a palestra de Gabriela Otto, da GO Consultoria, especializada no desenvolvimento de pessoas, planejamento estratégico e gestão de marketing, no IX Encontro Gerencial Hoteleiro. O evento segue acontecendo no Hotel Matsubara, na zona sul da capital paulista, e recebe representantes de hotéis da região, como rede Meliá, Accor, Feller Hotéis, Rede Atlântica, entre outros.

Gabriela Otto iniciou a palestra falando os números da hotelaria nos últimos três países que receberam a Copa do Mundo antes do Brasil. Primeiramente, a consultora falou sobre os números da Copa na França, ocorrida em 1998 e da Alemanha, em 2006, considerada a Copa do Mundo mais rentável da história como resultado de um grande planejamento antecipado. No país, foi destacado aumento em números no quesito cultural, econômico e social de 2005 para 2006.

Depois, ela falou dos números obtidos na Copa da África do Sul, em 2010, onde houve diversos problemas, entre eles a ocupação, que de 70% alcançados em 2006, chegou a apenas 53% em 2010, e até então ainda não se recuperou, com 62% em 2014. De acordo com a consultora, a economia e a forte desconfiança sobre o país influenciaram para esta queda na ocupação africana, além dos altos preços praticados no período da competição. No Brasil, a consultora diz que, comercialmente, o país está extremamente atrasado.

Segundo ela, os hoteleiros devem selecionar bem os dados que são divulgados em relação à Copa, para não serem ludibriados com dados aparentemente positivos. “O grande gap do hoteleiro é saber olhar para o mercado, investir em tecnologia, ter um olhar mais crítico e poder pensar sobre isso através dos meios de comunicação especializados”, apontou.  Em São Paulo, a previsão da FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil quanto a oferta de hotéis é de crescimento de 23% em 2 anos.

Para finalizar, a consultora apresentou alguns aspectos que devem ser aplicados pelos hoteleiros como estratégias de preço com base em dados, como vender seu inventário online, identificar canais mais rentáveis, personalizar estratégias de acordo com a dinâmica do mercado, utilizar a alta demanda pára aumentar a rentabilidade (RM – Revenue Management), análise do custo na conquista do cliente.

Ela também pontuou a importância do mix adequado de canais regionais e globais, investindo em clientes internacionais sem se esquecer dos nacionais; definição de canais globais e nacionais; personalização de serviços, entre outros. Para a consultora, o empreendimento deve investir em múltiplas tecnologias para lidar com vendas de terceiros, motores de reservas, um RM focado na estratégia, e em Meta-Search (TripAdvisor, Google Hotel Finder, Trivago) para impulsionar reservas diretas.

E por último, integrar o canal online mobile como estratégia de marketing.  “A primeira coisa que se deve investir é em um excelente site e em um motor de reserva, apostando no público jovem”, afirma. A consultora também apontou o que não deve ser feito pelo hoteleiro. “Não seja muito ‘ganancioso’, aumentando demais tarifas; não subestime o poder das redes sociais, interaja e aposte em conteúdo visual; não ignore sua reputação online e comentários com classificação e não comprometa a ‘Marca Brasil’, aplicando boa tarifa versus mix de inventário. Isso será essencial em 2016”, finalizou a consultora.

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