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Fórum de Segurança Hoteleira Revista Hotéis aborda segurança da informação

O ciclo de painéis da manhã do Fórum de Segurança Hoteleira foi encerrado com o painel “Segurança da informação”. O evento, que reúne hoteleiros e demais profissionais do segmento acontece nesta quarta-feira (23) no Club Homs, na Avenida Paulista. A parte de multimídia está sendo feita pela R1 Soluções Audiovisuais.

Maurício Razi, assessor especial do Ministério do Turismo e delegado de polícia; Dionisio Campos, administrador e especialista em gestão de perdas e segurança corporativa e Euler Firmo, formado em gestão de segurança foram os debatedores deste tema, moderado pelo Diretor editorial da Revista Hotéis, Edgar José de Oliveira.

Dionísio falou sobre a importância de um sistema de segurança eficaz para os dados do hotel, evitando vírus e ransomwares que podem gerar perdas consideráveis. O profissional trabalhou durante as Olimpíadas como Gestor de Segurança pela AccorHotels para garantir a segurança dos milhares de turistas que passaram pela rede, incluindo grandes atletas e personalidades internacionais que poderiam ser alvo de ataques e gerar uma grande repercussão negativa em caso de problemas.

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Em seguida, Euler Firmo citou um case de segurança no qual um ‘cracker’ invadiu o sistema de dados do hotel para saber os gastos do hóspede, o que foi gasto, e outras informações. “Nesta situação, o budget foi todo voltado para segurança da informação, com a contratação de uma empresa que fez o controle de crises na área cibernética. A parte de informática era extremamente vulnerável, e as pessoas que trabalhavam não eram capacitadas para identificar este tipo de invasão”, disse.

Para ele, é preciso expor esta necessidade aos diretores e gestores do empreendimento, para que saibam a extrema importância em se investir nesta área. “Hoje trabalho com esta consultoria para relembrar dos riscos de um sistema vulnerável. Ter uma empresa confiável que faça auditorias constantes e mantenham a segurança das informações é muito importante”.

Dionísio mencionou ainda as ações praticadas pela rede AccorHotels durante as Olimpíadas, que traçaram um plano seis meses antes para o evento. Segundo ele, só se consegue mostrar a importância da segurança para os diretores mostrando o prejuízo que eles podem ter caso algo dê errado. “Fizemos uma operação especial, junto à Polícia Federal, e ainda que não tenhamos uma ameaça terrorista no nosso País, foi um evento internacional onde temos procedimentos padrão para toda a rede no mundo”, defendeu Campos.

Ele citou também um case em que houve um ataque cibernético pelo wi-fi, que geralmente não é colocada uma proteção para isso.

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Maurício Rasi apontou que o Ministério é ciente que aspectos de violência de algumas cidades, como o Rio de Janeiro por exemplo, podem afetar nos resultados do turismo. “Não podemos ter as forças de segurança por um tempo determinado e não ter ações permanentes. Temos ciência de que é preciso haver uma junção e sensibilização destas frentes públicas com a iniciativa privada. Não é possível dissociar um sistema de segurança sem a participação de todos. Não temos condições de fazer filtros específicos, mas sonho em ter um voltado para os nossos turistas”, argumentou Maurício.

Razi defendeu ainda que existem outras preocupações que estão sendo trabalhadas que envolvem a vulnerabilidade da sociedade e que também afetam o turismo. “O Ministério do Turismo abominou há muito tempo a expressão ‘turismo sexual’, que é um grande problema que acontece e está sendo combatido. As secretarias da justiça é quem atua nesta parte mas todos estão envolvidos. Isso tudo é uma questão de segurança pública, não apenas no turismo”.

“Entendo que precisa ser criado no sistema de hotéis, dentro de uma união das redes, um gabinete de segurança com um contato direto com as forças de seguranças para que vocês não sejam o último a saber das crises. Isso precisa ser conversado com as instituições civis mas principalmente ter esta ligação com entidades de segurança pública”, sugeriu o assessor do Ministério do Turismo.

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Dionísio complementou que a crise afeta a imagem e todas as pessoas do hotel. “O que temos hoje é uma insegurança pública. O aumento que teve de ataques e riscos não é tão significativo como a queda na ocupação como acontece no Rio de Janeiro. Acabamos focando lá, por diversos motivos, mas em outras cidades brasileiras que também devem ser trabalhadas como destino turístico, em ações governamentais de fomentar o setor. Mas a segurança pública é cerne desta questão”, disse.

Euler Firmo levantou um alerta também em relação a senhas para funcionários novos. “Tem um tipo de ‘cracker’ que vai pegar a informação do hotel para vender. Já tive situações de laboratório onde conseguimos identificar, mas muitas vezes o hotel não sabe que está sendo invadido”, lembrou o profissional. Acreditar em todos os funcionários com dados do hotel e acesso a programas sem supervisão pode gerar riscos.

A moderação do painel foi feita por Edgar J. Oliveira, Diretor Editorial da Revista Hotéis
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