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Encontro Resorts Brasil: Especialistas debatem o Cenário Macro-Econômico brasileiro

Apresentando expectativas econômicas para o País nos próximos anos, Caio Megale, economista do Banco Itaú e o colunista José Paulo Kupfer apresentaram o painel com a pesquisa macroeconômica do Itaú Unibanco, Guilherme Martino, da Costa do Sauípe foi o mediador do debate.

De acordo com Megale, a economia por uma fase de valorização do dólar, e não uma depreciação do real. Não é só o Brasil que está crescendo menos, Chile, Argentina, Venezuela, Chile e outros países da América Latina também estão com a economia desacelerada, o que justifica a taxa de câmbio estar tão baixa.


Em 2014, o crescimento da economia brasileira foi baixo, e a recuperação também deverá ser lenta em 2015, segundo o economista. “A confiança do consumidor e do empresário está afetada. As pessoas estão muito pessimistas e receosos em relação ao futuro, já que esta desaceleração esfria o mercado de trabalho. A criação de empregos diminui, o crédito diminui, e o ciclo permanece”, explica o executivo.


De 2010 a 2013, houve também o descolamento entre a indústria e o consumo, onde os salários ficaram estagnados mas o padrão de vida permaneceu subindo. Este fenômeno teve como conseqüências o déficit em conta corrente; o endividamento do consumidor; a inflação e os subsídios fiscais com superávit em campo negativo. “Acredito que em 2015 estes desequilíbrios começarão a desacelerar. A recessão deste ano deverá continuar, mas a inflação vai baixar, o endividamento do cliente também vai diminuir e o crédito também será melhorado”, prevê Caio Megale. O mercado brasileiro ainda é o mais favorável do mundo para negócios, com números transparentes e democracia consolidada, o que facilita, segundo o especialista, o desenvolvimento do País.


Para melhorar a questão do empreendedorismo no Brasil, Megale aponta a infraestrutura, legislação e carga tributária, corrupção,  impostos, burocracia governamental, qualificação de mão de obra, instabilidade política, entre outros. Na América Latina, o Brasil está a frente apenas da Argentina no ranking dos melhores países para se fazer negócios. “O reparo desta situação pede que o PIB cresça pouco, os juros ainda subam e os impostos também. Faz parte do ajuste”, explicou.

José Paulo Kupfer, colunista dos jornais O Globo e Estado de S. Paulo, também dissertou sobre o cenário do próximo ano, com baixo crescimento, inflação alta, dólar mais valorizado, ajuste fiscal gradual, desemprego baixo, endividamento contido, espada do grau de investimento e dificuldades políticas.

“A espada do grau de investimento é uma conseqüência de todos estes fatores. Ainda que o novo governo, que é o velho governo, consiga separar-se da crise geral institucional,  a gestão da economia via congresso vai ser muito complicada. Acho que a situação é difícil, a economia vai passar mais de um ano em um ciclo de baixa, que é exatamente o período de ajuste”, apontou o jornalista.

Para o ano que vem, os EUA estarão em uma tendência de crescimento, com altos e baixos, além da inflação baixa; na Europa, o crescimento e inflação são baixos; na China, o crescimento é contido e no Japão, o crescimento é baixo, por diversos motivos como a faixa de idade média daquele país. O Desafio Fiscal, segundo Kupfer, é apresentar transparência nos gastos, fazer ajustes graduais, onde ‘minha renda é o seu gasto’, e cortar gastos, a partir do aumento de tributos com reduções nas desonerações.

No Brasil, a economia se movimenta em ciclos, onde há sempre oportunidades em meio às crises, com nichos dinâmicos e estratégias adequadas como diferencial, de acordo com o colunista. 

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