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Crise hídrica obriga hotéis a criarem soluções sustentáveis

A água é um bem natural necessário a todo o ser humano. Não apenas ao corpo, é também fundamental para o funcionamento de diversos segmentos da indústria, como a agropecuária, automobilística, e inclusive o setor hoteleiro. Seja em favor do meio ambiente ou para atrair clientes, muitos empreendimentos já exercem ações sustentáveis que incluem economia de água e energia, como a inserção de mensagens para a troca de toalhas nos apartamentos. Porém, esta informação a qual solicita a conscientização dos hóspedes no reuso das toalhas de banho, por vezes, tem apenas o intuito de redução de custos operacionais dos hotéis. Algumas redes insistem em utilizar isto como ferramenta de marketing para dizer que são sustentáveis, mas na maioria das vezes a sustentabilidade se resume apenas a isto.

A gestão de nossos cursos d’água e mananciais é regida pela Lei Federal nº 9.433/1997- Política Nacional de Recursos Hídricos, que introduziu no território nacional um conceito de inspiração francesa, de administração por Bacia Hidrográfica, sendo cada bacia considerada uma unidade de planejamento relativamente autônoma. Três anos após sua entrada em vigor, contudo, o marco foi alterado pela Lei Federal nº 9.984/2000- que criou uma agência reguladora de âmbito nacional para todo o sistema, a ANA – Agência Nacional de Águas. Há um ano figura nos principais noticiários a crise hídrica que está abalando diversas regiões brasileiras. Por conta deste atual cenário, muitas empresas estão se preocupando com a crise de abastecimento e estão reforçando ainda mais ações de economia e implantando novos hábitos para não deixarem que as torneiras sequem. De acordo com a Companhia Vale do Rio Doce em sua Cartilha sobre a Água, o Brasil possui o maior volume de água doce do mundo, sendo 12% do total disponível. Destes, 60% é usado na agricultura; 17% no consumo industrial e 9% no consumo doméstico. Ainda assim, o País sofre com a escassez da água e a capital paulista vive a maior crise hídrica de sua história, mesmo com estudos alertando sobre este fenômeno realizados dez anos atrás por diferentes entidades do setor hídrico. As autoridades públicas confiaram na sorte que não seria investir na captação de água de novos mananciais e agora jogam a culpa em “São Pedro”.

No caso dos hotéis, a situação chega a ser muito preocupante, pois como receber um hóspede sem água? Mas soluções existem, o que não existe é a vontade de muitos hoteleiros fazerem investimentos na captação de água. É comum andar na cidade de São Paulo e ver milhares de litros de água do lençol freático que ficam embaixo da fundação da edificação ser bombeado e jogado fora. Esta água poderia ser perfeitamente utilizada para limpeza de áreas externas ou mesmo para dar descarga nos vasos sanitários. Ou que tal a captação da água que cai na cobertura da edificação através de calhas para armazená-la? Soluções existem, mas enquanto vários hotéis não se preocupam com isto e fazem a famosa economia burra, são afetados em suas despesas com o gasto excessivo de água por alguns hóspedes.  Muitos acham que, por não estarem em sua casa, “não pagam pela conta”, e demoram até quatro vezes mais tempo no banho, sem se dar conta que trata-se de um recurso natural limitado.

Uma recente pesquisa chamada  “O uso e o consumo da água no Estado de São Paulo”, realizada pelo CPDEC – Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Educação Continuada, aponta que 78% do volume de água consumido por hotéis provém da companhia de abastecimento regional; 17% de poços artesianos e 5% de caminhões pipa. Foram entrevistados 16 representantes de hotéis, de pequeno, médio e grande porte, de 13 a 340 apartamentos. Cerca de 56% dos hotéis afirmaram ter um plano de contingência, que contempla apenas recorrer ao abastecimento por caminhão pipa. Já 81,25% dos estabelecimentos não têm sistema de reuso. Entre os que reutilizam água (18,75%), apenas 6,25% souberam informar o volume reutilizado. Com todos estes dados, paira no ar a dúvida: Será que os hotéis estão de fato preparados para a escassez de água?

Empresa sustentável?
Quando começamos a abordar o assunto ‘sustentabilidade’, logo nos vem à mente ações ligadas ao meio ambiente. Porém, o conceito de sustentabilidade vai muito mais a fundo, englobando não somente o meio ambiente, mas a administração de determinado negócio, de maneira que ele tenha sustento, ou, seja sustentável. Este conceito engloba três pilares, sendo o ambiental, sociocultural e econômico. Ações sustentáveis em um empreendimento hoteleiro vão desde manter o bairro em condições para atrair turistas, cobrar segurança pública, entre outras, até mesmo ter e manter fornecedores de qualidade e o ambiente de trabalho adequado.

Na opinião do consultor hoteleiro Mario Cezar Nogales, a empresa que pretende ser sustentável deve pensar em diversos aspectos e colocá-los em prática para ser denominada como tal. Para ele, muitos hotéis solicitam aos hóspedes para que eles reutilizem as toalhas de banho e lençóis por mais de uma vez, porém, os empreendimentos estão visando apenas a redução de custos operacionais. “Nenhum hotel se limita em solicitar aos seus hóspedes a reutilizarem as toalhas uma vez que não somente é uma questão de consumo de água e manutenção do meio ambiente, contudo, são poucos os hóspedes que de fato compreendem que não é apenas uma questão de economia de custos. Medidas ideais para a sustentabilidade são várias e enormes, mas as que podem ser aplicadas na prática vão desde a formação de mão de obra local até mesmo consumo consciente”, afirma.

Nogales acredita que os hotéis deverão investir em outras saídas para conseguirem atender toda a demanda de hóspedes sem que falte uma gota de água. Além disso, o consultor diz que o problema não esteja na falta de água, mas sim na falta de distribuição dela. “Havendo de fato a falta de distribuição de água, e não falta de água – haja visto que nossas represas estão cheias – os hotéis que não possuem poços artesianos podem investir neste se houver espaço, caso contrário, terão de comprar água de quem tem estes poços artesianos como as distribuidoras de água. Com relação a tecnologias para redução do consumo de água, a grande maioria dos hotéis já as possuem e vão desde menos fluxo de água nos vasos sanitários até mesmo redutores nos crivos das duchas”, pontuou.

Mario Nogales: “As medidas que podem ser aplicadas na prática vão desde a formação de mão de obra local até mesmo consumo consciente”
Mario Nogales: “As medidas que podem ser aplicadas na prática vão desde a formação de mão de obra local até mesmo consumo consciente”

Dentre as ações que o consultor acredita que sejam eficazes durante a crise de abastecimento, principalmente no estado de São Paulo, estão a diminuição do fluxo de água nas descargas dos vasos sanitários, redutor de fluxo de água para as duchas, coleta de água de chuva e seu devido tratamento para torná-la potável, tratamento dos esgotos antes de enviar ao esgoto público, utilizar os serviços de lavagem a seco que diminui em até 90% o consumo de água para esta ação, utilizar tecnologia de limpeza a seco que também diminui em até 90% o consumo de água para esta ação, não fazer troca de roupas diárias para os mesmos hóspedes, corrigir todos vazamentos e por fim, realizar manutenção preventiva no lugar de corretiva. “Eu sou partidário de que as pessoas não precisam de leis para serem éticas ou tenham moral, isto é uma questão de berço, e hotéis como meios de hospitalidade devem atender as necessidades de seus hóspedes da maneira que eles desejam, logo parte dos hóspedes o desejo e a aplicação das necessidades de economia de água”, avalia Nogales.

Investimento constante
Por conta da crise de abastecimento de água, que ocorre desde o ano passado, muitos hotéis e resorts decidiram ampliar o número de ações para minimizar o desperdício deste recurso. A Rede de Hotéis Privé, com três empreendimentos em Caldas Novas (GO), região com abundância de águas termais, decidiu investir cerca de R$ 1,5 milhão em uma nova Estação de Tratamento de Água (ETA). De acordo com o engenheiro ambiental da Rede, Glauco Tito Passarinho, após a construção desta estação, o grupo registrou uma economia de R$ 2,27 milhões. Segundo ele, o empreendimento evita o descarte da água na rede municipal de esgoto ou em qualquer corpo hídrico, minimizando o desperdício e adequando-se aos conceitos de sustentabilidade. “Desta forma, demonstramos ainda nosso respeito a esse recurso natural e garantimos às novas gerações a oportunidade de conhecer as águas termais com a mesma qualidade de hoje”, afirma.

Atualmente, o complexo hoteleiro do grupo conta com cerca de 3.080 m³ de volume de água circulando por dia, o que equivale a cerca de 3,08 milhões de litros de água, sendo que 45% deste volume passa pela estação de tratamento e é reaproveitado no próprio complexo. De acordo com Passarinho, após a instalação desta estação de tratamento, a rede deixou de gastar cerca de 504 mil m³ de água em 2014.

Para se ter uma ideia do consumo de um dos empreendimentos do Grupo Privé, citamos o exemplo do Privé Riviera Park Hotel, situado em Caldas Novas (GO): O consumo mensal de água deste hotel gira em torno de 27.500m³, proveniente de água tratada, água de poço termal e água da concessionária DAMAE. Por mais que o empreendimento esteja localizado no centro oeste brasileiro, local que não sofreu com a crise de abastecimento, o engenheiro afirma que notou redução do consumo de água neste período de crise, onde os funcionários e clientes fizeram o uso sustentável de água e energia elétrica.

A estação de tratamento de água do complexo hoteleiro realiza o reaproveitamento da água de suas piscinas. Logo após o tratamento, a água passa por um teste de qualidade em um laboratório independente e credenciado junto ao órgão ambiental do Estado de Goiás, onde são feitos testes físico/químico/bacteriológico. A estação de tratamento funciona 20 horas por dia e tem capacidade para tratar 100m³/hora de água, o que acaba resultando em um reaproveitamento de 60 milhões de litros d’água por mês, representando uma economia de R$ 64.260 ao mês, e, de acordo com Passarinho, o investimento da estação será amortizado em menos de dois anos.

O engenheiro acredita que além de promover o reaproveitamento da água, é importante que seja feito um trabalho de conscientização ambiental com os hóspedes, funcionários e comunidade local. “Além de respeitar o meio ambiente e também trazer dividendos, a sustentabilidade tem a capacidade de mudar de forma positiva a imagem da empresa junto aos consumidores. As vantagens das práticas sustentáveis estão em melhoria na imagem da empresa junto aos consumidores e comunidade em geral. A economia, com redução dos custos de produção. Isto é obtido, por exemplo, por meio da reciclagem, reutilização da água e medidas de economia de energia elétrica. Em relação ao estímulo do governo para investir em ações sustentáveis, ainda não buscamos diretamente alguma linha de financiamento para investimentos, apesar de termos conhecimento da existência destes recursos na esfera federal para este fim. O que já percebemos foi o efeito positivo das campanhas que promovem o consumo consciente visando gerar economia de água e energia elétrica. Os clientes com certeza irão cobrar cada vez mais das empresas ações de sustentabilidade”, frisa.

O Grupo Privé (GO) investiu cerca de R$ 1,5 milhão em sua própria ETA – Estação de Tratamento de Água
O Grupo Privé (GO) investiu cerca de R$ 1,5 milhão em sua própria ETA – Estação de Tratamento de Água

A Rede de Hotéis está investindo aproximadamente R$ 120 mil com novas estratégias, para que os 45% de água reaproveitada atualmente deem um salto para 100% de reaproveitamento até o segundo trimestre deste ano.

Banheiros econômicos
Uma das expectativas que os hóspedes mais têm no momento de fazer uma reserva num hotel é encontrar um bom chuveiro. Mas em tempos de crise hídrica, é aí que mora o perigo. Muitos hóspedes acabam demorando além da conta durante uma ducha para desfrutar de um banho revigorante e prazeroso. Por conta disso, os hotéis, além de tentarem conscientizar os hóspedes a reduzirem o tempo no banho, necessitam adotar soluções técnicas que garantem economia de água.

Pensando em reduzir os custos com desperdício de recursos hídricos, a rede BHG – Brazil Hospitality Group investiu cerca de R$ 500 mil em algumas soluções como retrofit de chuveiros e torneiras, instalação de redutores de vazão, lavagem inteligente de enxovais, programa para eliminar vazamentos, campanhas de conscientização, entre outras.

De acordo com Eder Pereira, Gerente patrimonial da BHG, em um dos hotéis da rede, o Marina Palace, situado na capital fluminense, os banheiros do empreendimento já contam com chuveiros e torneiras que propiciam a diminuição da vazão da água. “O material utilizado gera uma economia de 35 litros por minuto para 9,5 litros por minuto e isso não afeta a qualidade do banho. Podemos garantir o conforto para todos os hóspedes. Além disso as descargas de válvula de parede dos banheiros foram substituídas pelas de caixa acoplada. Essas descargas de fluxo duplo têm dois botões, para resíduo líquido ou sólido, e gastam três ou seis litros de água por descarga. Uma válvula comum gasta, no mínimo, três vezes mais: 18 litros. A troca de todos esses itens por modelos econômicos que regulam a vazão da água para padrões internacionais são investimentos simples, que tem payback rápido e refletem diretamente em um consumo de água mais responsável”, afirma.

Segundo Nilton Camilo, superintendente regional da BHG em São Paulo, processos de troca de toalhas e roupas de cama nos apartamentos se tornaram menos frequentes. “Antes, tudo era trocado diariamente, mesmo que não houvesse necessidade. Hoje, para que isso aconteça é preciso que o hóspede siga algumas regras simples. Essa foi uma das formas que priorizamos para controlar o desperdício de água na lavanderia”.

Com essas medidas, a rede notou uma redução de consumo em torno de 5% a 10%. Agora, a BHG está estudando a hipótese de adaptar estações de tratamento de efluentes e reuso de água da chuva para o maiores hotéis da rede.

As novas suítes do hotel Marina Palace (RJ) contam com banheiros modernos que visam a economia de água
As novas suítes do hotel Marina Palace (RJ) contam com banheiros modernos que visam a economia de água

Da chuva ao sabonete
Localizada em Bombinhas, município litorâneo de Santa Catarina, a Pousada Dom Capudi não apenas tem uma lista de atitudes que visam a sustentabilidade local, como também segue um modelo de gestão voltado ao turismo sustentável. Este padrão tem como base indicadores da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15401:2006, que estabelece os requisitos de sustentabilidade para os meios de hospedagem nas dimensões da sustentabilidade ambiental, sociocultural e econômica.

Algumas ações já realizadas pelo empreendimento, que não foi atingido pela crise hídrica atual, são a captação de água da chuva, que é usada para regar os jardins e lavar os panos de limpeza; o aproveitamento de energia solar para aquecimento de água, a permeabilidade do solo, uso de poucas calçadas e mais gramado, separação do lixo, compostagem com as cascas de frutas para funcionarem como adubo orgânico para horta e jardim; produtos de limpeza biodegradável, dentre outras. Uma solução recente foi a implantação de sabonete líquido para banho e mãos, evitando as sobras de sabonetes em barras e geração de embalagens.
De acordo com a proprietária da pousada, Roseli Capudi,  o modelo de gestão seguido proporciona uma base estável, coerente e consistente para o alcance do desempenho sustentável dos empreendimentos, bem como a sua manutenção e qualidade dos serviços. “O sistema seguido é parecido com as normas ISO, mas para os meios de hospedagem com foco sustentável. Por causa de nossas políticas de sustentabilidade, somos convidados para ministrar palestras em associações, escolas, entidades fora da cidade. Isso contribui para fortalecer o empreendimento e multiplicar as boas práticas. É preciso que os empreendimentos turísticos deem atenção às práticas sustentáveis, de forma a contribuir para o equilíbrio do planeta e ganhar, assim, respeito de seus hóspedes, que estão cada vez mais exigentes e conscientes. O retorno é sempre compensador”, afirma Roseli.

A Pousada Dom Capudi (SC) prioriza e explora a manutenção dos recursos naturais de seu entorno
A Pousada Dom Capudi (SC) prioriza e explora a manutenção dos recursos naturais de seu entorno

Segundo ela, não há incentivo à prática sustentável no município por parte do governo, tendo em vista que, às vezes, o custo para a implantação de sistemas que visam a sustentabilidade são caros. “O retorno vem com o tempo. Incentivamos pequenos gestos de conscientização, que são ações que todos deveriam fazer no cotidiano. Uma empresa, seja ela do ramo em que atuar, deve se envolver com a comunidade, contribuir com o desenvolvimento do seu entorno”, pontuou a empresária.

Roseli Capudi - “É preciso que os empreendimentos turísticos deem atenção às práticas sustentáveis, de forma a contribuir para o equilíbrio do planeta”
Roseli Capudi – “É preciso que os empreendimentos turísticos deem atenção às práticas sustentáveis, de forma a contribuir para o equilíbrio do planeta”

Gestão da Sustentabilidade
Listado entre um dos dez hotéis que possuem certificação ambiental da ABNT, o Vitória Hotel Concept Campinas, localizado em Campinas (SP), está investindo constantemente em ações de sustentabilidade. O hotel recebeu a certificação da norma ABNT NBR 15.401:2006 Meios de Hospedagem – Sistema de gestão da Sustentabilidade. Dentre as ações do empreendimento ganham destaque os sensores de presença nos corredores; adesão de produtos orgânicos e naturais; chave-cartão de controle de energia; programa de reuso de roupas; uso de produtos de limpeza e amenities biodegradáveis; temporizador em todas as torneiras de uso comum; lâmpadas LED nos estacionamentos; utilização de refrigeração à base de água nas câmaras frias; e gestão responsável de resíduos perigosos.

De acordo com a engenheira ambiental do Grupo Vitória Hotéis, Letícia Mancini, o hotel está investindo desde 2012 na implantação da norma de sustentabilidade ABNT NBR 15401, a qual é específica para meios de hospedagem. “Essa norma abrange os três itens da sustentabilidade: ambiental, sociocultural e econômico, se preocupando em levantar e controlar os impactos nessas esferas. Especificamente em relação ao consumo de água, foram realizados treinamentos para conscientização dos colaboradores, pois acreditamos que tudo começa através da mudança de atitude das pessoas, além de disponibilização de encartes nas Uh´s incentivando os hóspedes a colaborarem com a economia de água e reuso de enxoval. Além disso, colocação de redutores de vazão e torneiras temporizadas, reuso de água para lavagem do chão, tudo controlado através de gestão de indicadores e metas para redução de consumo. No ano de 2014, conseguiu-se uma redução de 3% no consumo de água do empreendimento”, comentou.
Na visão da engenheira, essas medidas de redução de consumo são essenciais em tempos de crise hídrica. “Diante do atual cenário, acredito que todas as empresas devam ter a responsabilidade de se preocuparem com a situação e adotarem medidas de uso racional do recurso hídrico. Trabalhamos com a melhoria contínua de nossas ações, buscando sempre atingir esse objetivo. Acredito que investir em medidas sustentáveis traz benefício tanto para o empreendimento como para a comunidade em geral. Além do benefício econômico, estimulamos nossos colaboradores a agirem da mesma forma em suas casas, criando uma corrente de conscientização. Na minha opinião ninguém está preparado para viver sem água, um bem que sempre tivemos em abundância. Mas estamos preparados para conscientizar e minimizar esse problema iminente através das ações diversas, como as que implantamos no hotel”.

Letícia Mancini - “Acreditamos que tudo começa através da mudança de atitude das pessoas”
Letícia Mancini – “Acreditamos que tudo começa através da mudança de atitude das pessoas”

Planejamento que fez a diferença
Antes mesmo de ser concebido, o Hotel Spaventura Ecolodge, situado em Ibiúna (SP), serra de Paranapiacaba, já caminhava para ser 100% sustentável. De acordo com Arthur Medeiros, diretor da Haber Hotelaria, empresa responsável pela administração do empreendimento, antes do início da construção do hotel, os empresários ficaram observando durante um ano o clima, vegetação, solo, relevo e ciclos naturais do local para entender como poderia ser construída uma edificação inteligente e sustentável.

Após terem concebido todas essas informações, nasceu o Hotel Spaventura, com um conceito de sustentabilidade bem amplo. “Estamos localizados no alto da Serra de Paranapiacaba, um local com muitas nascentes e altíssimos índices de chuva. Nossa primeira preocupação foi evitar a contaminação da água por esgoto doméstico, já que rio abaixo se encontram inúmeras famílias de agricultores orgânicos. Construímos então sistemas biológicos que tratam a água com a ajuda de microrganismos e plantas, além de produzir gás. São fáceis e baratos de construir”, comentou.

O hotel Spaventura (SP) possui um poço semi-artesiano para utilizar nos meses de estiagem
O hotel Spaventura (SP) possui um poço semi-artesiano para utilizar nos meses de estiagem

De acordo com Medeiros, já na concepção do projeto do empreendimento, foi pensado na captação e reaproveitamento da água da chuva. Para isso foram instaladas calhas em todos os telhados dos chalés, e a água então foi direcionada para cisternas. Depois ela passa por um grande filtro de areia e é então bombeada para as caixas d’água. Antes de ser consumida, a água passa por um processo de ozonização, para garantir a sua potabilidade.

O custo para a implantação do sistema de captação de água da chuva foi de aproximadamente R$ 5 mil/uh. Os itens mais caros na implementação do sistema foram as sisternas e o sistema de ozônio. Atualmente o empreendimento utiliza em média 80% da água proveniente do sistema de captação de água da chuva, além disso, o hotel mantém um poço semi-artesiano para utilizar nos meses de estiagem.

De acordo com Medeiros, dentre as principais medidas para economia de recursos hídricos estão a instalação de chuveiros com baixa vasão, que consomem três vezes menos água, além das descargas econômicas. “Mas a maior economia deve vir da parte agrícola, já que esta é responsável por 70% do consumo da água. Na fazenda Morros Verdes, o cultivo de frutas e hortaliças é feito com cobertura de palha no solo, o que garante maior umidade e menor evaporação da água do solo. A irrigação é feita preferencialmente com gotejamento, reduzindo a quantidade de água utilizada. Todos nós seremos atingidos pela crise hídrica, que na verdade é o reflexo das mudanças climáticas que já estão ocorrendo. Para se proteger dos efeitos climáticos extremos que virão, temos que criar uma infraestrutura capaz de aproveitar ao máximo os recursos disponíveis (água, sol, vento) da forma mais integrada com o ambiente. Construções de baixo impacto foram planejadas, aproveitando a água da chuva, a energia solar, utilizando materiais com baixo impacto ambiental. Além disso, o Spaventura se preocupou em recuperar o ambiente degradado através do plantio de árvores nativas. As ávores possuem papel fundamental na manutenção da qualidade e da quantidade de água disponível. Acreditamos que hoje, a sustentabilidade não é opção, e sim o único caminho a ser adotado. Não dá para conceber a ideia de implantar um hotel que não seja inteligente no consumo de recursos naturais. Como apresentamos a um hóspede, um hotel que é perdulário no consumo de água, desatento no uso de energia elétrica e pouco preocupado no destino de seu esgoto? Essa irresponsabilidade é inaceitável nos dias de hoje”, frisou.

Arthur Medeiros - “Como apresentamos a um hóspede, um hotel que é perdulário no consumo de água? Essa irresponsabilidade é inaceitável”
Arthur Medeiros – “Como apresentamos a um hóspede, um hotel que é perdulário no consumo de água? Essa irresponsabilidade é inaceitável”

Arquitetura verde
Com um projeto arquitetônico desenvolvido pela GCP Arquitetos, o hotel Nau Royal, localizado na Praia de Camburi, em São Sebastião (SP), conta com 15 suítes e possui soluções eco eficientes na área de economia de recursos naturais.  De acordo com o proprietário do hotel, Roberto Ibrahim, a ideia de investir em soluções sustentáveis no empreendimento vieram desde o início de sua concepção. O empreendimento não conta com o abastecimento de água pela Sabesp, assim como outros estabelecimentos da Praia de Camburi, por conta disso, o hotel possui poços artesianos para o abastecimento. “Neste projeto, foi contemplada a captação de água das chuvas e o reuso de águas cinzas.

Foram investidos três vezes mais em tubulações do que o normal, para separar as águas e reutilizá-las. Também investimos em economizadores e arejadores em todos os pontos, e o reuso das águas para rega de jardim e lavagem de áreas comuns. Na minha opinião, a importância de se investir em medidas sustentáveis está para as futuras gerações e manutenção do equilíbrio da Terra, mas não temos incentivos do governo e nem redução de impostos”, comentou.
Como parte das ações sustentáveis do projeto arquitetônico, com o objetivo de demandar menos ar condicionado, ventiladores e iluminação artificial, a construção foi orientada de modo a aproveitar de maneira coerente o sol e a corrente de vento. De acordo com Alessandra Araújo, Diretora executiva e responsável pelas ações de sustentabilidade da GCP Arquitetos, “A prática da arquitetura responsável é realizada através de entendimentos holísticos e de equipes multidisciplinares orientadas pelo objetivo de criar projetos eficientes no uso dos recursos naturais e na promoção do bem-estar”, afirma.

Durante a construção foram utilizadas tintas com base de terra ou água, as quais causam menor impacto ambiental. Além disso, o hotel conta com iluminação predominantemente composta por lâmpadas LED e o aquecimento da água é solar.

Com construção ecológica, o hotel Nau Royal (SP) aposta em iluminação artificial e reuso da água
Com construção ecológica, o hotel Nau Royal (SP) aposta em iluminação artificial e reuso da água

Leis e Certificações Ambientais
A preocupação com o meio ambiente é importante e louvável, mas para colocá-la em prática é necessário mais do que boa vontade. Ter conhecimento de determinadas medidas e normas específicas é fundamental para que a sustentabilidade aconteça, de fato. As Certificações Ambientais visam orientar o consumidor a optar por produtos que respeitam a natureza e contribuem para o desenvolvimento social e econômico, já que seguem um padrão pré-estabelecido por entidades competentes.
Uma das certificações mais confiáveis são da ABNT e as Internacionais, que possuem um conjunto de medidas para este fim.

Partindo do princípio de que a certificação é fundamental para o bem do empreendimento e de seu entorno, foi criado em Belo Horizonte, capital mineira, o “Selo BH Sustentável”, uma certificação de desempenho para incentivar a redução do consumo de água, de energia, de emissões de gases de efeito estufa e para a gestão dos resíduos sólidos (redução e reciclagem). Os empreendimentos com o selo chegam a reduzir o consumo de água em até 30%; de energia elétrica em 25% e em 70% dos resíduos sólidos passíveis de reciclagem ou compostagem.

Esta certificação visa o alcance dos resultados de eficiência estabelecidos, que são monitorados com uma periodicidade de dois anos, intervalo estabelecido para a realização das auditorias de conformidade e de performance. A primeira auditoria – a de conformidade – ocorre após aprovação da proposta e busca a verificação da implantação das medidas de eficiência sugeridas pelo empreendedor. Em seguida, quando é feita auditoria de performance, é realizada a avaliação do atendimento aos índices de eficiência estabelecidos para cada dimensão (água, energia, resíduos e Gases de efeito estufa). Essas auditorias são realizadas por instituição externa e não oneram o empreendedor, já que são custeadas pela Prefeitura de Belo Horizonte.

Sugere-se que os hotéis, como líderes de um segmento importante da sociedade, devam assumir compromissos com sua região, com gestão e tecnologia. É o que afirma o engenheiro Gerson Sampaio, que acredita na execução de projetos que busquem a obtenção do Certificado Ambiental. “O mercado excluirá aqueles que não o fizerem.  Ações pontuais ajudam no local, mas não resolvem, como o aumento do volume de reservatórios, contratação de carros-pipas, uso de poços artesianos, e a utilização de pratos, copos e talheres descartáveis, transferindo o problema para outros”, declarou o engenheiro.

Segundo ele, o uso de máquinas eficientes, redução da pressão e aeradores em torneiras e vasos, podem ser complementados com captação de água das chuvas, hoje com tecnologias de baixo custo, reaproveitamento de águas usadas, e Estações de tratamento de esgotos. Porém, nenhum prejuízo é maior do que o hóspede perdido por falha de energia e água, pois cada hóspede perdido tem imensa repercussão pelas informações negativas ao mercado. “Na área de legislação, devemos preparar os laudos e o Prontuário de Instalações, que é uma pasta contendo projeto Civil, Estrutural, Elétrico, Hidráulico e Gás, Incêndio e Pânico. Todos os hóspedes e funcionários devem ter acesso aos dados do edifício, pois a qualquer momento podem ocorrer acidentes e incêndios, e a segurança de todos dependerá de ações eficazes”, explica. A norma de desempenho de edificações NBR 15575 estabelece parâmetros, objetivos e quantitativos que podem ser medidos. De acordo com o engenheiro, somente com medições especializadas é possível saber o nível de sustentabilidade e conforto do edifício.

Quanto ao reuso da água, Sampaio diz que esta medida é um conjunto de investimentos, podendo chegar a 70% do consumo. “Neste conjunto é necessário o LTVP – Laudo Técnico de Vistoria Predial, assinado por profissional de Engenharia, avaliando o estado do prédio e as alternativas de mudanças nas instalações. Note-se que na área de segurança, esta Vistoria, pela sua importância, já é lei em muitas cidades, estabelecendo prazos máximos de cinco anos. Catástrofes recentes (Rio, Santa Maria, São Paulo, etc.) teriam sido evitadas com esta análise”, declarou.

Gerson Sampaio - “Na área de legislação, devemos preparar os laudos e o Prontuário de Instalações, que é uma pasta contendo projeto Civil, Estrutural, Elétrico, Hidráulico e Gás, Incêndio e Pânico”
Gerson Sampaio – “Na área de legislação, devemos preparar os laudos e o Prontuário de Instalações, que é uma pasta contendo projeto Civil, Estrutural, Elétrico, Hidráulico e Gás, Incêndio e Pânico”

Economia na lavanderia
Um dos maiores gargalos d’água em um hotel é o setor de lavanderia. Apesar das soluções já citadas que ajudam na economia, como o uso da mesma toalha por mais de um dia, por exemplo, e a opção de terceirizar o serviço, o enxoval quando mantido e lavado no empreendimento é sempre um motivo de preocupação em relação ao grande consumo de água. Para contribuir com a economia dos hotéis nesta área, a Electrolux Profissional oferece alguns produtos que utilizam menos ou pouca quantidade de água na hora da lavagem de enxovais e roupas.

A empresa tem soluções para lavanderias com funcionalidades inteligentes que asseguram o uso consciente dos recursos naturais com o menor impacto ao meio ambiente. São máquinas e equipamentos dimensionados para baixo consumo de energia, água e químicos, além de reduzidas taxas de emissão de CO2. Todas as fábricas da Electrolux são certificadas com a ISO 14001.

Para cargas parciais, que são uma constante no dia a dia das lavanderias, a economia de água é obtida graças ao dispositivo “Automatic Saving”, presente em suas lavadoras. O recurso, “AS”, faz a medição da carga exata carregada na lavadora e preenche o cesto com água proporcional. Ou seja, se uma lavadora com capacidade para 28 kg for carregada com 14kg de roupa, a quantidade de água utilizada será a requerida para 14kg e não para 28 kg de roupa. Assim, com o AS e meia carga, ela é de nada menos que 42%.

Em uma lavanderia onde mais de 50% do total da energia utilizada é consumida pelas secadoras, é preciso otimizar ao máximo o uso deste equipamento. Pensando nisso, a Electrolux criou uma outra funcionalidade exclusiva chamada “Auto Stop”, que a partir de sensores inteligentes interrompe o processo de secagem quando a carga está completamente seca, sem interferência do operador durante o processo. Segundo a empresa, este recurso é válido para grandes volumes de toalhas de banho que são diariamente processados nas lavanderias de hotéis, motéis e resorts em geral, já que além de economizar energia e aumentar a produtividade, também pode estender a vida útil e garantir a melhor qualidade do enxoval por mais tempo.

Patricia Trindade, Gerente nacional de vendas da Divisão de Lavanderia Profissional da Electrolux, afirma que são funções que permitem realizar um processo “perfeito e sem desperdícios. Uma lavanderia profissional precisa ser competitiva. E contar com soluções, máquinas e equipamentos que garantam economia de água e energia é fundamental, especialmente em momentos de crise como este, em que só se fala em poupar esses recursos. Nossos equipamentos apresentam economia de até 50% no consumo de água e de 18 a 24% no consumo de energia (gás, eletricidade ou vapor)”, explica.

De acordo com a gerente da empresa, a Electrolux presta uma consultoria a quem está interessado em adquirir as máquinas e equipamentos para lavanderia, o que vai além da venda em si. A necessidade do cliente é estudada, é montado um layout do espaço a ser ocupado pelo produto, além de serem realizados treinamentos, suporte técnico, entre outros serviços.

Lado a lado: água e energia
Com o intuito de conservar os recursos naturais, a empresa W-Energy, que atua no segmento energético e de gestão sustentável há mais de 10 anos, apresenta soluções e tecnologias importadas da Alemanha – país que investe fortemente neste quesito -, em busca da redução dos gastos e a conscientização das pessoas. Segundo o diretor de relacionamento e negócios, Wagner Cunha Carvalho, a empresa foi criada com foco principal de preservar o meio ambiente e viabilizar negócios.

De acordo com Carvalho, a W-Energy buscou estabelecer técnicas de gerenciamento de energia elétrica e tecnologias avançadas para redução do consumo de água, combinando suas competências com as de parceiros líderes em seus segmentos de atuação e uma equipe de profissionais para conquistar métodos sustentáveis e, assim, ajudar os clientes e o meio ambiente. “Sem uma alteração do comportamento, a água potável chegará a ser um recurso disputado e até mesmo raro daqui alguns anos”, comenta.

No País, mais de 80 empresas, entre hospitais, indústrias, edifícios comerciais, universidades, Shoppings Center, academias, restaurantes e companhias, aderiram ao projeto da empresa que, em alguns casos, trouxe uma economia de mais de 60% somente na conta de água. Para chegar aos resultados, foi utilizado uma série de procedimentos, como, por exemplo, a colocação de pequenos dispositivos acoplados às saídas de água e sanitários, que poupam cerca de 10 litros de água por minuto em relação as torneiras comuns. A empresa faz uma verdadeira varredura em canos no subsolo, em busca de possíveis defeitos invisíveis que podem gerar um alto custo no caso de vazamento. Há também um suporte virtual, do qual é feito o registro do nível de consumo via internet e em qualquer dispositivo móvel, possibilitando visualizar se há novos vazamentos ou gastos desnecessários, o que traz um controle total sobre o uso de água no local determinado.

Como exemplos, a W-Energy implantou o projeto em unidades da Fundação do ABC (FUABC), como os hospitais de São Bernardo dos Campos, que já atingiram 40% de economia na conta de água. Em números absolutos, a conta já diminuiu R$ 80 mil/mês. No Hospital Bertioga, no litoral de São Paulo, o gasto em julho de 2013 era de R$ 9.240, enquanto em fevereiro deste ano passou a R$ 4.904. Outros clientes atendidos são: a companhia Comgás, a Universidade Mackenzie, os edifícios New Work e Itália, os hospitais Leforte, São Camilo, Irmã Dulce, Enkyo e Mãe de Deus (Porto Alegre), os grupos AMIL (Rio de Janeiro), IBOPE e Itambé, além das empresas Toyota, Schneider Electric, Grupo Votorantim, AACD, Onofre e Shopping Center 3.

No geral, os equipamentos da W-Energy visam economizar até 40% de água através da implantação de tecnologias economizadoras em todos os pontos de consumo. Através da celebração de contratos de parceria e alianças internacionais, a W Energy realiza 100% dos investimentos necessários oferecendo aos seus clientes equipamentos tecnológicos. A empresa é responsável por todas as etapas do processo diagnóstico, medição, projeto, implantação, monitoramento, manutenção preventiva e corretiva, garantindo assim a entrega do potencial máximo de economia da edificação.


Algumas ações para minimizar o desperdício de água:
•Inserir placas informativas para diminuir o consumo de água em banhos e torneiras
•Invista em reúso de água. Toda água oriunda dos boxes dos banheiros, pias, e a última etapa da lavagem de roupas da lavanderia pode ser destinada a uma estação de tratamento e após tratada, a água retorna a uma caixa d’ água especial e desce para uso somente nos vasos sanitários de todo o hotel, a partir daí para o esgoto
•Colocar mensagens junto às as toalhas (banheiro) informando o hóspede que caso ele concorde utilizar a toalha mais de uma vez, que essa seja pendurada no rack de toalhas, caso não que deixa as toalhas sobre a pia
•Instalação de sensores nas torneiras somente ativadas quando a mão está abaixo delas
•Acompanhar todas as contas de água, assim como, a manutenção preventiva de todas as tubulações do hotel. Tais ações poderão evitar danos maiores
•Separação de roupa de acordo com a sujidade: roupas semi-limpas gastam menos água e produtos que as mais sujas. Isso permite aumento na vida útil da roupa
•Otimizar o uso de água nas torneiras de pias e verificar se estão corretamente fechadas, em caso de vazamento acionar a Manutenção
•Evitar banhos longos e atenção ao fecho completo das torneiras e chuveiros após o banho
•Aplicação de redutores de vasão e arejadores de torneira
•Revisão dos procedimentos de abertura e limpeza dos quartos
•Promover a reutilização de amenities
•Desligar sauna e jacuzzi que não estejam em utilização
•Efetuar descarga do sanitário somente se estiver sujo, assim como substituir as válvulas de descarga por caixas acopladas
•Reduzir e alternar os dias para rega de plantas e limpeza de áreas públicas
•Não molhar o piso laminado de madeira. Somente usar o pano úmido

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