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Alexandre Solleiro reposiciona BHG no mercado

O executivo Alexandre Solleiro passou sua infância em Portugal acompanhando o negócio de sua família literalmente dentro de um hotel. Com isto, criou paixão pelo setor e resolveu seguir carreira, atuando em vários países do mundo por grandes redes internacionais como a AccorHotels e a Tivoli.

Com a expertise e vivência profissional, aceitou o desafio em agosto de 2015 de assumir o comando da BHG – Brazil Hospitality Group. E colocou três metas no início de sua gestão: Reforçar significativamente o nível de expertise e performance das equipes, dotar a rede hoteleira de um sistema de distribuição e de gestão de última geração, e investir no reposicionamento e modernização das unidades hoteleiras.

Com estas medidas que estão sendo concluídas, Solleiro espera ganhar bastante eficiência e manter a BHG robusta nesse momento mais delicado da economia, mas uma coisa é certa: o mercado do Rio de Janeiro, em particular, tem uma perspectiva bastante difícil e de retomada mais lenta, devido ao considerável excesso de capacidade instalada nos últimos anos. Confira a entrevista exclusiva com o CEO da BHG, Alexandre Solleiro.

Revista Hotéis — Como e quando você entrou para a hotelaria? Foi uma necessidade ou uma oportunidade?

Alexandre Solleiro — A minha família era hoteleira, em Portugal, e a minha infância foi passada em hotéis. Ainda pensei em seguir Engenharia, mas o “vírus” hoteleiro pegou mais forte.

Revista Hotéis – Qual a experiência que acumula no segmento hoteleiro e como desenvolveu sua carreira profissional?

Alexandre Solleiro — A minha carreira profissional foi sobretudo desenvolvida na Accor Hotels, no Brasil, Europa, Oriente Médio, Oceano Índico e África. Mais recentemente como CEO da Tivoli Hotels & Resorts antes de assumir a direção da BHG em Agosto de 2015.

Revista Hotéis — O que o motivou a vir para o Brasil e assumir o comando da rede BHG?

Alexandre Solleiro — A BHG é uma das empresas chave no setor hoteleiro brasileiro, com ativos excepcionais. Modernizar, consolidar, expandir e valorizar esta empresa é um projeto único e extremamente motivador.

Revista Hotéis— Quais as ações que já implantou em sua gestão e o que pretende implantar nos próximos anos?

Alexandre Solleiro — Alinhamos o plano estratégico da empresa com os acionistas e com as equipes, plano este apoiado em três pilares: Reforçar significativamente o nível de expertise e performance das equipes, dotar a rede hoteleira de um sistema de distribuição e de gestão de última geração, e investir no reposicionamento e modernização das unidades hoteleiras. Estamos já na fase de implementação de ações em todos estes vetores.

Revista Hotéis— A BHG fez recentemente grandes contratações e continua fazendo. Esta é uma característica de sua gestão, pessoas com grande expertise em pontos chaves?

Alexandre Solleiro — A qualidade de uma empresa é diretamente proporcional à qualidade das pessoas que nela trabalham. Investir em expertise, treinamento e desenvolvimento das pessoas é a garantia de maior rapidez e efetividade na concretização da estratégia, é assegurar a perenidade da empresa.

Revista Hotéis — Quantos hotéis a BHG possui no Brasil com recursos próprios e quantos administra de terceiros? Franquia é algo que pretendem implantar?

“O mercado hoteleiro do Rio de Janeiro tem uma perspectiva bem difícil”

Revista Hotéis — Como se encontra os planos de crescimento da rede BHG nos próximos anos no Brasil? Vocês pretendem também a internacionalização?

Alexandre Solleiro— Estaremos focados no Brasil, e crescer é um objetivo claro da empresa.

Revista Hotéis— A maioria das redes hoteleiras no Brasil apostam nas bandeiras econômicas para alavancar o crescimento. A Tulip Inn e a Soft Inn serão as bandeiras que comandarão o crescimento da BHG nos próximos anos. Que análise você faz a respeito do mercado econômico no Brasil?

Alexandre Solleiro — O desenvolvimento econômico e social do Brasil nos últimos anos foi acompanhado por um maior equilíbrio no desenvolvimento do setor hoteleiro, através de uma maior incidência na hotelaria econômica. Numa perspectiva de médio / longo prazo, essa tendência deverá continuar e nós iremos acompanhá-la com as nossas marcas econômicas.

Revista Hotéis— Pelo seu conhecimento internacional, a mão de obra ainda é um gargalo na hotelaria brasileira?

Alexandre Solleiro — As profissões da hotelaria e do turismo em geral, ainda não atingiram o justo reconhecimento no mercado de trabalho, comparando com os países em que este setor já é considerado fundamental e estratégico na economia. Uma política mais continuada de investimento na formação de base (escolas profissionais) e no treinamento (empresas) será certamente uma das chaves para elevar a qualificação profissional e, consequentemente, o nível de qualidade da hotelaria no Brasil.

Revista Hotéis — A atual conjuntura política e econômica atrapalha de alguma maneira o crescimento da rede BHG nos próximos anos?

Alexandre Solleiro — A atual conjuntura é desafiadora no sentido de novos investimentos, já que existe um cenário de retração no mercado. Nós estamos trabalhando internamente para termos bastante eficiência e nos mantermos como uma empresa robusta nesse momento mais delicado.

Revista Hotéis — Como você analisa o mercado hoteleiro brasileiro nos próximos anos?

Alexandre Solleiro — O mercado hoteleiro só reagirá positivamente quando a economia brasileira iniciar sua recuperação, pelo que devemos manter uma grande prudência nas nossas previsões e na gestão diária das nossas unidades. O mercado do Rio de Janeiro, em particular, tem uma perspectiva bastante difícil e de retomada mais lenta, devido ao considerável excesso de capacidade instalada nos últimos anos.

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