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Ainda há esperança. Nem tudo está perdido

Artigo de Roberto Rotter*

Qual seria a reação normal quando ultimamente tudo leva a descrença, pessoas não acreditando nas instituições, ambiente político desacreditado e egoncentrista, cenário econômico de estagflação? Recentemente, tive necessidade de utilizar os serviços da Polícia Federal e da Receita Federal.

Antecipadamente, sabedores da precariedade do atendimento do serviço público, da pouca vontade de alguns servidores exercerem seu papel, respeitando o cidadão contribuinte, instalações precárias, assimilando que perderia mais tempo do que o necessário, informei-me pela internet dos horários de funcionamento e eventual agendamento. Na Receita Federal, de Porto Alegre, instalações amplas, limpas, organizadas, climatizada, desde a entrada pessoal solícito, educado, me orientaram para onde deveria me dirigir.

Poltronas à disposição, funcionários dispostos a atender com rapidez, me direcionaram ao atendente, que, prontamente, verificou o que necessitava, solicitou que aguardasse, e, em menos de 5 minutos estava eu do lado de fora do prédio, plenamente satisfeito com o serviço e atendimento e minha solicitação atendida.

Nessa semana, por motivo de viagem, precisava revalidar meu passaporte. Fiz o devido agendamento pelo site da Policia Federal, que orientava inclusive, antecedência de 10 minutos sobre o horário agendado. No dia previsto, meu nome constava da lista da recepcionista, que eficientemente conferiu minha documentação, orientando-me sobre o local para reconfirmar minha presença. A funcionária, sorrindo (coisa, convenhamos, difícil de se encontrar em se tratando de serviço público), conferiu meu nome da lista solicitando que aguardasse a chamada.

Não mais que três minutos se passaram, (note que cheguei 10 minutos antes do horário agendado) outro funcionário me recebeu, fez perguntas de praxe, reconferiu a documentação, fez o atendimento focado (não se deteve com papos de colegas, nem teve sua atenção desviada por outro assunto).

Antes do meu horário real do agendamento, já estava com tudo pronto, e, não estive sozinho; a área de passaportes estava movimentada, claro, talvez nem tanto como nos anos anteriores com época de dólar baixo, mas de qualquer forma, com movimento organizado. Sou sim critico do nosso sistema, da forma como somos, contribuintes e cidadãos tratados, muitas vezes, com pouco caso.

Estamos perdendo senso de civilidade, de compartilhar, de unirmos em prol do mesmo objetivo – desenvolvimento, educação, segurança, saúde – as principais mazelas que temos vivenciado – ultimamente a corrupção tomou conta – ou quem sabe, ela sempre existiu e agora veio à tona , incrédulos, não sabemos o que fazer. Mas as instituições e seus servidores que mantêm conduta, presteza, seriedade, devem ser enaltecidos, elogiados – o que deveria ser obrigação, passou a ser qualidade.

*Roberto Rotter é administrador e Diretor executivo da Rede Plaza

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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