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11ª edição do ADIT Invest debateu horizontes para a hotelaria no Brasil

Este painel foi moderado por Roberto Rotter, Diretor executivo da Rede Plaza e teve os seguintes debatedores: Caio Calfat, Diretor da Caio Calfat Real Estate Consulting, Fernando Martinelli, Diretor no Brasil da Interval International, Eduardo Camargo, Diretor adjunto de desenvolvimento no Brasil da AccorHotels e Amilcar Mielmiczuk, Diretor de desenvolvimento da Blue Tree Hotéis. O Consultor Caio Calfat começou o debate destacando que na década de 90 os resorts viveram um grande boom no Brasil atraindo muitos investimentos, principalmente de portugueses e espanhóis. Hoje a realidade é outra e os investimentos cessaram. “Para reativar é necessário que tenha estímulos para que os resorts voltem a crescer no Brasil, como aconteceu anos anteriores. Os problemas de deslocamentos, a falta de infraestrutura e segurança são fatores que impedem o crescimento”, avaliou Calfat.

Para Martinelli os resorts nos Estados Unidos e Caribe são um modelo mobiliário com serviços e no Brasil os resorts são tratados como uma hotelaria convencional. “Por isto é grande a dificuldade de rentabilizar os investidores no Brasil em razão de sua infraestrutura de lazer que é necessária e a sazonalidade. O Brasil tem um potencial de crescimento enorme, pois o Ministério do Turismo aponta que 64 milhões de turistas estarão viajando nos próximos anos. Estamos muito aquém de nosso potencial e precisamos ser criativos para melhorar”, lembra Martinelli.

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Eduardo Camargo disse que a Accor Hotels já teve operação de resort no Brasil e considerou  como um grande aprendizado, no momento não possui nenhuma operação voltado a lazer mas analisa oportunidade. “Temos uma necessidade premente que nossos clientes possam gastar os pontos acumulados em nosso programa de fidelidade em empreendimentos de lazer, por isto, analisamos oportunidades no segmento para atender nossos clientes”, avalia Camargo.

Amilcar não acredita que empreendimentos de lazer, como os resorts, vão dar rentabilidade aos investidores como acontece no segmento de hotéis. Por isto o mercado opta pela modalidade do fraticional e ele citou muitos casos de sucesso que acontece em Caldas Novas (GO), Olímpia (SP) e Gramado (RS). O moderador Rotter lançou a pergunta sobre a legalização dos cassinos no Brasil, que pode começar a acontecer ainda esta semana, e Caio Calfat disse que é uma boa alterativa para alavancar, mas vai depender do modelo a ser adotado.

Um bom público participou deste painel
Um bom público participou deste painel

Quando o assunto tratado foi o modelo fracionado como alavancador da hotelaria no Brasil, Martinelli lembrou que alguns anos atrás houve uma especulação muito grande e isto desajustou e abalou a confiança do mercado no Brasil. “O grande problema é como este modelo de negócio é vendido e estamos sendo muito procurados por muitas construtoras e incorporadoras que tem imóveis em estoque para adaptar para o modelo fracionado e administramos”, disse Martinelli.

Como não existe um arcabouço jurídico que regulamente a venda fracionada de um imóvel, o Consultor Caio Calfat informou aos presentes que o Núcleo Turístico Imobiliário, no qual ele coordena no SECOVI/SP está com um grupo de notáveis criando um anteprojeto de lei para regulamentar o setor no Brasil. “Vamos utilizar como referência a Lei 4591/64 de incorporações imobiliárias para regulamentar as propriedades compartilhadas, levando alguns aspectos como jurídicos, organizacionais e operacionais. Acredito que no máximo daqui 45 dias este anteprojeto já esteja pronto e vamos fazer um trabalho bem forte em Brasília para aprovar. Certamente a regulamentação deste setor no Brasil será extremamente benéfico e alavancará ainda mais os investimentos, pois existem 33 projetos já lançados no mercado com R$ 2 bilhões”, assegura Calfat.

A superoferta hoteleira que está acontecendo no Brasil, como em Belo Horizonte e na cidade do Rio de Janeiro, também foi debatido. “Nós não temos como controlar o mercado de investimentos no setor, pois sempre haverá alguém investindo, assim como haverá o efeito manada. Lei da oferta e procura de hotéis é algo que o próprio mercado necessita regulamentar”, enfatizou Amilcar.

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Edgar J. Oliveira

Diretor editorial - Possui 31 anos de formação em jornalismo e já trabalhou em grandes empresas nacionais em diferentes setores da comunicação como: rádio, assessoria de imprensa, agência de publicidade e já foi Editor chefe de várias mídias como: jornal de bairro, revista voltada a construção, a telecomunicações, concessões rodoviárias, logística e atualmente na hotelaria.

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